quinta-feira, 20 de agosto de 2020

A prisão de Steve Bannon e suas fortes relações entre a direita brasileira

Steve Bannon foi preso e indiciado nesta quinta-feira nos Estados Unidos. O ex-conselheiro de Donald Trump na Casa Branca foi preso sob a acusação de que ele e outras três pessoas enganaram doadores de uma campanha de arrecadação de fundos para a construção de um muro na fronteira do México. A campanha, de nome "We Build The Wall” (Nós Construímos o Muro), levantou mais de 25 milhões de dólares.

 

A prisão é um golpe duro na tentativa de reeleição de Donald Trump. Bannon foi chefe da sua primeira campanha, onde começou esta onda mundial de fake news que depois invadiu também a política brasileira, resultando na eleição de Jair Bolsonaro, que por sinal teve uma ligação pessoal com o ex-conselheiro de Trump, que agora está preso.

 

Bannon foi recebido por Bolsonaro com honras na embaixada do Brasil em Washington, logo depois de ele assumir a presidência da República. O jantar oferecido pelo governo brasileiro em março do ano passado teve também a presença do escritor Olavo de Carvalho, que sentou ao lado direito de Bolsonaro. Bannon sentou do lado esquerdo. Não se sabe com exatidão como se dá a relação de Olavo com o marqueteiro americano, mas pelo que se observa do comportamento e do que escreve atualmente o guru de Bolsonaro, ele segue o padrão de comunicação de Bannon.

 

O ex-conselheiro de Trump tem também uma relação especial com o deputado Eduardo Bolsonaro. Foi a convite de Bannon que o filho de Bolsonaro assumiu o posto de representante na América do Sul do “The Movement”, grupo de direita de grande influência nos Estados Unidos. A aproximação entre o direitista americano, Bolsonaro e o filho se deu por intermédio do assessor de Bolsonaro para relações internacionais, Filipe Martins, discípulo de Olavo de Carvalho.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires‌


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