quinta-feira, 24 de setembro de 2020

A família Bolsonaro e seu tremendo gosto por dinheiro vivo

Nesta quinta-feira o Estadão traz mais um fato sobre a obsessiva fixação da família Bolsonaro com dinheiro vivo. Os parentes de Jair Bolsonaro e ele próprio não acreditam nas facilidades da tecnologia e dos serviços bancários para os negócios. Devem ter um bom gasto extra com malas. Ou as malas serão de brinde?

 

Mas vamos a mais uma notícia sobre o modelo de negócios dos Bolsonaro, que desta vez atinge o próprio presidente da República, em um estranho negócio cruzado que envolve a compra de um imóvel dele por um funcionário fantasma do antigo gabinete de deputado estadual do atual senador Flávio Bolsonaro.

 

O negócio envolve também a segunda mulher de Bolsonaro — um conservador muito peculiar: teve três mulheres. Ela foi candidata a deputada federal na eleição passada usando o sobrenome do ex-marido, mas teve apenas 3806 votos e não se elegeu. Os vendedores do imóvel foram Bolsonaro, então deputado federal, junto com Ana Cristina Siqueira Valle, sua segunda ex-mulher. O coronel da reserva Guilherme dos Santos Hudson, comprou um terreno dos dois em 2008 por R$ 38 mil, o que equivaleria hoje em dia a R$ 71 mil.

 

Tudo foi pago em dinheiro vivo, que torna o negócio ainda mais suspeito. O coronel da reserva é apontado pelo Ministério Público como funcionário “fantasma” de Flávio Bolsonaro, dando continuidade a outra complicação muito grave criada pela família Bolsonaro, que é o sério desgaste da imagem das Forças Armadas, principalmente do Exército Brasileiro.

 

O que dá para pensar de um deputado federal e sua ex-mulher fazendo um negócio imobiliário, com o recebimento de um pacotaço de dinheiro de um coronel da reserva? A transação é ainda mais questionável porque foi feita com um funcionário nomeado do gabinete político do filho do presidente.

 

Já temos militares envolvidos com a incompetência e má-fé desde governo, em políticas públicas lamentáveis, como vem havendo na condução deste governo na pandemia e no meio ambiente. E os Bolsonaro também comprometem oficiais da reserva em seus suspeitos negócios.

 

Logo que ganhou a eleição, Bolsonaro dizia que iria fazer um desmonte no Brasil. Pois esta ação vem sendo cumprida no estrago considerável causado na imagem das Forças Armadas, com uma tremenda perda do respeito que os militares tinham antes de se comprometerem demais com este governo.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires‌


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