Sejamos francos: se o ministro Marco Aurélio Mello fizesse em uma empresa comercial algo parecido com a soltura do narcotraficante André do Rap, à essa hora ele já estaria demitido.
Com toda vênia, para Sua Excelência levar um pé na bunda bastaria a ordem de mandar soltar este chefe do PCC, sem que a empresa precisasse levar em consideração a porção de coincidências muito suspeitas que envolvem sua decisão, como, por exemplo, o fato do pedido para dar liberdade ao perigoso bandido ter sido feito pelo escritório de um ex-assessor de seu gabinete no STF.
Por atitudes muito menos danosas teve gente que arruinou-se profissionalmente, às vezes por uma mera bobagem escrita nas redes sociais ou por ter sido filmado fazendo alguma grosseria, o que já aconteceu inclusive com altos funcionários de grandes corporações.
Entre os mortais comuns, que labutam abaixo da casta inatingível do STF, a demissão ocorreria apenas por uma decisão como esta, que embora a falta de provas não permita dizer que foi criminosa nada impede de classificar como estúpida e grosseira.
Sem a proteção da toga que não honra, um motivo para a demissão de Marco Aurélio seria inclusive o dano causado à imagem dessa hipotética empresa, desgaste muito grave que, aliás, atinge a imagem do STF, onde nada deverá ser feito como punição ao ministro.
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POR José Pires
Qualquer coisa que não seja extermínio de pobres e pretos ganha relevância e notoriedadade. Pois mimi não é intelectualidade. Hipocrisia e sofisma e bomba atômica foram feitas para serem usadas.
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