Uma manifestação de protesto contra o caos aéreo reuniu 6 mil pessoas ontem em São Paulo. Gritos de “Fora Lula” marcaram o ato realizado também para lembrar as vítimas do acidente no aeroporto de Congonhas no último dia 17, que provocou a morte de 199 pessoas.
O movimento é organizado por pelo menos oito entidades, dentre as quais o Cria Brasil (Cidadão Responsável, Informado e Atuante).
Márcio Neubaer, um dos líderes do Cria Brasil, afirmou que a intenção do movimento é mobilizar a sociedade em defesa de seus direitos.
Falando à “Agência Estado”, Neubaer disse que o ato de ontem terá continuidade nos próximos dias. “Esta é apenas uma centelha, é um começo”, disse.
Alguns grupos de participantes também defenderam o fechamento definitivo e imediato do aeroporto de Congonhas e a criação de um parque no local.
Os manifestantes se encontraram no Parque do Ibirapuera e depois se dirigiram ao aeroporto em passeata, onde foi realizado um ato ecumênico. Os gritos de “Fora Lula” começaram aos poucos e foram aumentando ao longo da caminhada. Durante o percurso tornaram-se uma palavra de ordem dos manifestantes. Ao final dos discursos que eram feitos em um caminhão de som que ia à frente da manifestação, a multidão também gritava “Fora Lula”.
Durante a passeata, um orador anunciado como parente de uma das vítimas do acidente, falou sobre a necessidade de o brasileiro exigir por parte das autoridades, um país “sem corrupção, sem mensalão”.
No chamado “mensalão”, autoridades do governo Lula foram acusadas de subornar parlamentares para terem o domínio político das votações no Congresso Nacional. O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra 40 pessoas envolvidas com o esquema do “mensalão”. O procurador enquandrou a alta cúpula do PT, José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e Sílvio Pereira como envolvidos no crime de formação de quadrilha. Na época em que foi denunciado o "mensalão", José Dirceu era ministro-chefe da Casa Civil do Governo Lula.
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POR José Pires
OAB Paraná ingressa com ação contra aposentadoria dos deputados estaduais
ResponderExcluirA OAB Paraná decidiu entrar com Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a lei que cria o fundo de previdência dos deputados estaduais, avaliando todos os aspectos inconstitucionais do texto. A diretoria da Ordem e uma comissão de juristas detectaram vários pontos que contrariam a estrutura previdenciária e o regime de aposentarias vigentes.
A OAB Paraná se mobilizou contra a medida logo após a aprovação da aposentadoria pela Assembléia Legislativa. Entre os indícios de inconstitucionalidade da lei está o fato de delegar para uma resolução posterior a tarefa de disciplinar o sistema de custeio e benefícios, quando isso deveria estar expresso no texto. “Essa é exatamente a espinha dorsal de um plano de previdência. A lei aprovada não diz qual será o valor investido pela Assembléia e qual será a contrapartida dos deputados, o que torna o plano absolutamente obscuro e nebuloso”, disse o presidente da OAB Paraná, Alberto de Paula Machado.
Além dos aspectos legais e jurídicos, a lei aprovada confronta com princípios éticos e morais. “O próprio legislador está estabelecendo uma regra diferenciada daquela prevista para todos os trabalhadores. Por que os deputados têm esse privilégio?”, questiona o presidente da OAB. Para Alberto de Paula Machado, o fundo de previdência dos deputados paranaenses afronta o princípio da moralidade. Ele explica que, ao contestar a atitude dos deputados, a Ordem expõe a indignação que toma conta de toda a sociedade.