terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Lucrando com a desgraça

E já tem gente querendo lucrar com a crise, claro. E lucrar muito. Os empresários já sentiram que com o clima de terror frente ao desemprego talvez dê para emplacar o que buscam há bastante tempo: a “flexibilização” dos direitos trabalhistas. Coloquei aspas em “flexibilização” porque não é exatamente disso que se trata. É corte de direitos mesmo.

O presidente da Vale, Roger Agnelli, até já tratou do tema com o presidente Lula. Os empresários afirmam que seria uma medida temporária, mas quem é que vai avaliar o momento certo para voltar com os direitos? Conhecendo como conhecemos esta gente, se é para repor direitos, a crise nunca há de acabar.

Caso os trabalhadores sejam obrigados a engolir mais esta, vai ser como o que acontece com qualquer produto neste país. Peguemos a gasolina como exemplo. Lembra como ela subiu junto com o preço do petróleo, que foi até 150 dólares o barril? Pois é, agora o barril está abaixo dos 50 dólares. Alguém aí ouviu falar de queda também do preço para o consumidor?

Na área trabalhista não deve ser diferente. O trato vai ser o seguinte: os direitos trabalhistas vão e quando a crise acabar eles não voltam.
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POR José Pires

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