Os marqueteiros falam tanto em simbologia na cabeça dos políticos que eles andam pegando o jeito: suas madrugadas andam ativas. Foi também na calada da noite que a Assembléia Legislativa do Paraná aprovou um plano de aposentadoria para os deputados estaduais.
O projeto entrou para ser votado próximo das duas da manha, sem nenhuma identificação e teve apenas seis votos contrários, dos deputados Tadeu Veneri (PT), Luciana Rafagnin (PT), Rosane Ferreira (PV), Marcelo Rangel (PPS), Douglas Fabrício (PPS) e Beti Pavin (PMDB). O deputado Professor Luizão (PT), sabe-se lá com que intenção, absteve-se na votação.
No site da Assembléia Legislativa do Paraná, lê-se “A Casa dos Paranaenses”. Parece uma casa mais fechada, daquelas com luz vermelha na porta. Durante muito tempo a ONG Transparência Brasil teve a maior dificuldade com o legislativo paranaense, que não disponibiliza dados de seus gastos na internet.
O plano de aposentadoria já tem uma verba de R$ 16 milhões incluído no orçamento da Casa para 2009. Para requerer a aposentadoria o deputado contribui por mínimo 60 meses, o que dá cinco anos e meio. A aposentadoria é de 85% do salário do parlamentar, o hoje fica em R$ 10,6 mil. A mamata é boa. Já pensou como seria bom gozar de aposentadoria com menos de seis anos de contribuição?
Entre os parlamentares da casa está Stephanes Júnior, filho ainda novo (43 anos) do ministro Reinhold Stephanes, hoje na Agricultura do governo Lula, mas que já foi ministro do Trabalho e Previdência Social de Collor de Mello e ministro da Previdência de Fernando Henrique Cardoso. É um daqueles privatistas que não largam a teta do Estado: está com o Poder desde a ditadura militar de 64.
Reinhold Stephanes fez carreira defendendo o corte de direitos dos trabalhadores e fazendo estes mesmos cortes sempre que possível. Seria interessante perguntar ao ministro qual o milagre financeiro que tornará possível pagar a aposentadoria de seu herdeiro com tão pouco tempo de contribuição.
Para não sermos injustos, vamos publicar também os nomes dos deputados favoráveis à aposentadoria, pelo menos para que eles fiquem lembrados na internet. Veja abaixo, os deputados paranaenses que foram a favor da mamata.
Ademar Traiano (PSDB); Alexandre Curi (PMDB); Alisson Wamdscheer (PPS); Antonio Annibelli (PMDB); Antonio Belinati (PP); Artagão Júnior (PMDB); Augustinho Zucchi (PDT); Caíto Quintana (PMDB); Carlos Simôes (PMDB); Chico Noroeste (PR); Cida Borghetti (PP); Cleiton Kielse (PMDB); Dobrandino da Silva (PMDB); Dr. Batista (PMN); Duílio Genari (PP); Durval Amaral (DEM); Edgar Bueno (PDT); Edson Strapasson (PMDB); Élio Ruschi (DEM); Elton Welter (DEM); Fábio Camargo (PTB); Felipe Lucas (PPS); Francisco Buhrer (PSDB); Geraldo Cartário (PDT); Jocelito Canto (PTB); Luiz Accorsi (PSDB); Luiz Carlos Martins (PDT); Luiz Cláudio Romanelli (PDT); Luiz Eduardo Cheida (PMDB); Luiz Fernandes Litro (PSDB); Luiz Nishimori (PSDB); Mauro Moraes (PMDB); Miltinho Puppio (PMDB); Jonas Guimarães (PMDB); Nelson Justus (DEM); Nereu Moura (PMDB); Ney Leprevost (PP); Osmar Bertoldi (DEM); Pastor Edson Paczyk (PRB); Pedro Ivo (PT); Péricles de Melo (PT); Plauto Miró (DEM); Reni Pereira (PSB); Ribas Carli Filho (PSB); Stephanes Júnior (PMDB); Teruo Kato (PMDB); Valdir Rossoni (PSDB); Waldyr Pugliesi (PMDB)
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POR José Pires
O projeto entrou para ser votado próximo das duas da manha, sem nenhuma identificação e teve apenas seis votos contrários, dos deputados Tadeu Veneri (PT), Luciana Rafagnin (PT), Rosane Ferreira (PV), Marcelo Rangel (PPS), Douglas Fabrício (PPS) e Beti Pavin (PMDB). O deputado Professor Luizão (PT), sabe-se lá com que intenção, absteve-se na votação.
No site da Assembléia Legislativa do Paraná, lê-se “A Casa dos Paranaenses”. Parece uma casa mais fechada, daquelas com luz vermelha na porta. Durante muito tempo a ONG Transparência Brasil teve a maior dificuldade com o legislativo paranaense, que não disponibiliza dados de seus gastos na internet.
O plano de aposentadoria já tem uma verba de R$ 16 milhões incluído no orçamento da Casa para 2009. Para requerer a aposentadoria o deputado contribui por mínimo 60 meses, o que dá cinco anos e meio. A aposentadoria é de 85% do salário do parlamentar, o hoje fica em R$ 10,6 mil. A mamata é boa. Já pensou como seria bom gozar de aposentadoria com menos de seis anos de contribuição?
Entre os parlamentares da casa está Stephanes Júnior, filho ainda novo (43 anos) do ministro Reinhold Stephanes, hoje na Agricultura do governo Lula, mas que já foi ministro do Trabalho e Previdência Social de Collor de Mello e ministro da Previdência de Fernando Henrique Cardoso. É um daqueles privatistas que não largam a teta do Estado: está com o Poder desde a ditadura militar de 64.
Reinhold Stephanes fez carreira defendendo o corte de direitos dos trabalhadores e fazendo estes mesmos cortes sempre que possível. Seria interessante perguntar ao ministro qual o milagre financeiro que tornará possível pagar a aposentadoria de seu herdeiro com tão pouco tempo de contribuição.
Para não sermos injustos, vamos publicar também os nomes dos deputados favoráveis à aposentadoria, pelo menos para que eles fiquem lembrados na internet. Veja abaixo, os deputados paranaenses que foram a favor da mamata.
Ademar Traiano (PSDB); Alexandre Curi (PMDB); Alisson Wamdscheer (PPS); Antonio Annibelli (PMDB); Antonio Belinati (PP); Artagão Júnior (PMDB); Augustinho Zucchi (PDT); Caíto Quintana (PMDB); Carlos Simôes (PMDB); Chico Noroeste (PR); Cida Borghetti (PP); Cleiton Kielse (PMDB); Dobrandino da Silva (PMDB); Dr. Batista (PMN); Duílio Genari (PP); Durval Amaral (DEM); Edgar Bueno (PDT); Edson Strapasson (PMDB); Élio Ruschi (DEM); Elton Welter (DEM); Fábio Camargo (PTB); Felipe Lucas (PPS); Francisco Buhrer (PSDB); Geraldo Cartário (PDT); Jocelito Canto (PTB); Luiz Accorsi (PSDB); Luiz Carlos Martins (PDT); Luiz Cláudio Romanelli (PDT); Luiz Eduardo Cheida (PMDB); Luiz Fernandes Litro (PSDB); Luiz Nishimori (PSDB); Mauro Moraes (PMDB); Miltinho Puppio (PMDB); Jonas Guimarães (PMDB); Nelson Justus (DEM); Nereu Moura (PMDB); Ney Leprevost (PP); Osmar Bertoldi (DEM); Pastor Edson Paczyk (PRB); Pedro Ivo (PT); Péricles de Melo (PT); Plauto Miró (DEM); Reni Pereira (PSB); Ribas Carli Filho (PSB); Stephanes Júnior (PMDB); Teruo Kato (PMDB); Valdir Rossoni (PSDB); Waldyr Pugliesi (PMDB)
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POR José Pires
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