Tucano é mesmo um bicho esquisito. De salto alto é mais estranho ainda. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, por exemplo só dá para ser visto de baixo pra cima, de tão alto é o sapato em que se empoleirou.
“Temos a convicção de que podemos ganhar a eleição com Aécio Neves ou com José Serra”, foi o que ele disse. Bem, então é só encomendar o terno da posse, sendo que a nós, eleitores, cabe apenas dar uma passada em Brasília no dia para aplaudir o eleito, José Serra ou Aécio Neves, tanto faz.
Ah, o tempo... bem, que viveu sabe que ele, na verdade, nada ensina. O que o tempo faz é tirar de foco as questões, dando a impressão de que elas foram resolvidas ou compreendidas.
A última vez que vi tucano de salto tão alto foi na eleição paulistana de 1985, quando Fernando Henrique Cardoso sentou-se na cadeira do prefeito — fácil então, já que o prefeito em exercício, em mandato-tampão, era Mário Covas. A história todo mundo sabe: quem tomou posse foi seu adversário Jânio Quadros, não sem antes desinfetar a cadeira onde FHC havia colocado suas nádegas de favorito.
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POR José Pires
“Temos a convicção de que podemos ganhar a eleição com Aécio Neves ou com José Serra”, foi o que ele disse. Bem, então é só encomendar o terno da posse, sendo que a nós, eleitores, cabe apenas dar uma passada em Brasília no dia para aplaudir o eleito, José Serra ou Aécio Neves, tanto faz.
Ah, o tempo... bem, que viveu sabe que ele, na verdade, nada ensina. O que o tempo faz é tirar de foco as questões, dando a impressão de que elas foram resolvidas ou compreendidas.
A última vez que vi tucano de salto tão alto foi na eleição paulistana de 1985, quando Fernando Henrique Cardoso sentou-se na cadeira do prefeito — fácil então, já que o prefeito em exercício, em mandato-tampão, era Mário Covas. A história todo mundo sabe: quem tomou posse foi seu adversário Jânio Quadros, não sem antes desinfetar a cadeira onde FHC havia colocado suas nádegas de favorito.
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