E agora? Uma revista, a Carta Capital dessa semana, garante que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, já está quase fora do cargo. A outra, a Veja de outubro do ano passado, afirma que Meirelles ficou ainda mais firme para passar 2009 enfrentando a crise.
O editor de Carta Capital, Mino Carta, já alertou em seu blog que a demissão não é pra já. Ele até faz a ressalva de que a revista talvez tenha induzido a esse erro de avaliação por causa do título da reportagem de capa. Ele diz que é coisa para “dois ou três meses, quem sabe mais”. Mas é notícia para este ano? A pergunta é minha. Esperemos, portanto, para saber qual das duas capas acertou.
Porém, mais dois ou três meses de Meirelles não é dose muito forte para a doença da economia brasileira? Pensem bem: é tempo demais para ele deixar de fazer o que deve ser feito, coisa, aliás que ele faz, ou melhor, deixa de fazer há mais de seis anos.
Ontem o BC diminuiu os juros em um ponto percentual, que vai de 13,75% para 12,75% ano. Como dizem por aí: demorou... O desemprego aumenta e a produção industrial cai: nem é preciso olhar para a Bolsa, a de valores, para ver que a situação é terrivelmente difícil. Em dezembro o país perdeu quase 700 mil posto de trabalho formal, número corresponde a mais que o dobro da média registrada para o mês e o pior dos últimos dez anos.
O governo Lula não aproveitou o período de bonança da economia internacional para cuidar da infra-estrutura ou de qualquer outro aspecto da governabilidade, além de se embolar na lorota da “marolinha”. Agora com o maremoto é preciso acelerar. Mas como um governo que mal cuida das questões administrativas básicas do país pode fazer isso? Talvez o Lula tenha uma resposta e também é provável que logo arrume um tempo para se ocupar disso. No momento ele está ocupado com a eleição de Sarney para presidente do Senado.
Se fosse para agir como os petistas faziam na oposição, diria que não é problema meu. Mas é de todos nós. E um problemão. Depois de perder tanto tempo, como é que o BC vai fazer agora? Redução semanal de juros? Ou vai rebaixar os juros dia sim, dia não. Para que os juros cheguem em um nível razoável, estas receitas prováveis nem podem ser tomadas como piada. Piada é uma economia onde se reduz os juros para... R$ 12,75%.
O problema é que só daqui a 45 dias tem nova reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom. E o país aguenta, agora sem trema, até lá? Analistas econômicos e lideranças empresariais, como o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmam que é muito tempo. E dá até para sentir um certo desespero na fala de muitos deles.
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POR José Pires
Ontem o BC diminuiu os juros em um ponto percentual, que vai de 13,75% para 12,75% ano. Como dizem por aí: demorou... O desemprego aumenta e a produção industrial cai: nem é preciso olhar para a Bolsa, a de valores, para ver que a situação é terrivelmente difícil. Em dezembro o país perdeu quase 700 mil posto de trabalho formal, número corresponde a mais que o dobro da média registrada para o mês e o pior dos últimos dez anos.
O governo Lula não aproveitou o período de bonança da economia internacional para cuidar da infra-estrutura ou de qualquer outro aspecto da governabilidade, além de se embolar na lorota da “marolinha”. Agora com o maremoto é preciso acelerar. Mas como um governo que mal cuida das questões administrativas básicas do país pode fazer isso? Talvez o Lula tenha uma resposta e também é provável que logo arrume um tempo para se ocupar disso. No momento ele está ocupado com a eleição de Sarney para presidente do Senado.
Se fosse para agir como os petistas faziam na oposição, diria que não é problema meu. Mas é de todos nós. E um problemão. Depois de perder tanto tempo, como é que o BC vai fazer agora? Redução semanal de juros? Ou vai rebaixar os juros dia sim, dia não. Para que os juros cheguem em um nível razoável, estas receitas prováveis nem podem ser tomadas como piada. Piada é uma economia onde se reduz os juros para... R$ 12,75%.
O problema é que só daqui a 45 dias tem nova reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom. E o país aguenta, agora sem trema, até lá? Analistas econômicos e lideranças empresariais, como o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmam que é muito tempo. E dá até para sentir um certo desespero na fala de muitos deles.
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POR José Pires
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