Tem gente que apanha e não aprende. E nisso nossos acadêmicos de esquerda dão lições: de não aprender, claro. O sociólogo Francisco de Oliveira é um desses tipos.
Foi um dos fundadores do PT, depois ajudou a criar o Psol, onde hoje está após ter saído forçosamente do partido de Lula, chutado inclusive por dois maiorais petistas, o próprio Lula e José Dirceu, que então era ministro da Casa Civil e muito poderoso no governo e no partido. Depois ele seria acusado de ser chefe da quadrilha do mensalão e cassado por falta de decoro na Câmara dos Deputados. Porém, falemos de Oliveira, que continua na luta, agora no Psol. Vá entender essa gente: será que o sociólogo pensa em fazer com Heloísa Helena o que não conseguiu com Lula? Não dá para torcer por ele, claro.
De Lula, o sociólogo levou logo cedo uma patada. Lula exerceu a censura sobre seu trabalho quando impediu a publicação de um artigo em um livro editado pelo Instituto da Cidadania, onde ele, Lula, sempre foi o chefão. Era lá que antes de se eleger presidente da República ele recebia salário mensal para fazer política. Fez isso durante anos. Se o Brasil teve algum político profissional, este foi Lula. E os intelectuais de esquerda que o apoiavam não sabiam disso?
A pedido de Lula, a edição do livro seria também de Francisco de Oliveira. Os estudos saíram de um daqueles seminários progressistas que o PT fazia antes de ser poder. Já eleito presidente, Lula impediu a publicação do artigo. Com menos de seis meses de governo Lula já deixava bem claro, mesmo para aqueles que antes fecharam os olhos, sua personalidade autoritária e o desprezo pelo trabalho intelectual.
Mas Oliveira só viria a sair do PT bem mais tarde, quando o ex-ministro José Dirceu o ameaçou de processo, que veio de fato, mas por mãos outras, as de Delúbio Soares.
Um palestra na Universidade Federal do Rio de Janeiro, o sociólogo chamou o então ministro de “espertalhão” e “safado”. Isso foi em novembro de 2003. Sob pressão, Oliveira retratou-se, mas foi uma questão de tempo para que ocorressem fatos corroborando o que o levou a xingar José Dirceu. Em junho de 2005 explodiria o mensalão e em agosto de 2007 o Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia da Procuradoria Geral da República (STF) em um inquérito com palavras bem mais fortes para definir o papel de Dirceu no esquema criminoso.
Mas aí, Francisco de Oliveira já havia saído do partido de Lula. Mas aprendeu? Parece que não.
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POR José Pires
Foi um dos fundadores do PT, depois ajudou a criar o Psol, onde hoje está após ter saído forçosamente do partido de Lula, chutado inclusive por dois maiorais petistas, o próprio Lula e José Dirceu, que então era ministro da Casa Civil e muito poderoso no governo e no partido. Depois ele seria acusado de ser chefe da quadrilha do mensalão e cassado por falta de decoro na Câmara dos Deputados. Porém, falemos de Oliveira, que continua na luta, agora no Psol. Vá entender essa gente: será que o sociólogo pensa em fazer com Heloísa Helena o que não conseguiu com Lula? Não dá para torcer por ele, claro.
De Lula, o sociólogo levou logo cedo uma patada. Lula exerceu a censura sobre seu trabalho quando impediu a publicação de um artigo em um livro editado pelo Instituto da Cidadania, onde ele, Lula, sempre foi o chefão. Era lá que antes de se eleger presidente da República ele recebia salário mensal para fazer política. Fez isso durante anos. Se o Brasil teve algum político profissional, este foi Lula. E os intelectuais de esquerda que o apoiavam não sabiam disso?
A pedido de Lula, a edição do livro seria também de Francisco de Oliveira. Os estudos saíram de um daqueles seminários progressistas que o PT fazia antes de ser poder. Já eleito presidente, Lula impediu a publicação do artigo. Com menos de seis meses de governo Lula já deixava bem claro, mesmo para aqueles que antes fecharam os olhos, sua personalidade autoritária e o desprezo pelo trabalho intelectual.
Mas Oliveira só viria a sair do PT bem mais tarde, quando o ex-ministro José Dirceu o ameaçou de processo, que veio de fato, mas por mãos outras, as de Delúbio Soares.
Um palestra na Universidade Federal do Rio de Janeiro, o sociólogo chamou o então ministro de “espertalhão” e “safado”. Isso foi em novembro de 2003. Sob pressão, Oliveira retratou-se, mas foi uma questão de tempo para que ocorressem fatos corroborando o que o levou a xingar José Dirceu. Em junho de 2005 explodiria o mensalão e em agosto de 2007 o Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia da Procuradoria Geral da República (STF) em um inquérito com palavras bem mais fortes para definir o papel de Dirceu no esquema criminoso.
Mas aí, Francisco de Oliveira já havia saído do partido de Lula. Mas aprendeu? Parece que não.
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POR José Pires
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