Foi pelo blog de Ricardo Noblat que a história de Paula Oliveira chegou primeiro ao Brasil. O pai de Paula é conhecido do jornalista e passou-lhe a notícia em primeira mão. A agressão aconteceu na noite de domingo, dia 8, e na quarta-feira seguinte, dia 11, às 15h52m, Noblat dava a notícia, publicando inclusive as fotos com as marcas feitas no corpo de Paula.
Pois à noite já era noticiado na internet o anúncio do governo brasileiro de que poderia levar o caso ao Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas. Lula e sua equipe transformavam então um caso obscuro numa discussão internacional sobre a política imigratória da Suiça, praticamente acusando os suíços de intolerância.
Nesta mesma noite, claro, o presidente da República também falava sobre o assunto. “Eu acho que nós não podemos aceitar e não podemos ficar calados diante de tamanha violência contra uma brasileira no exterior”, disse Lula, que, como sempre estava viajando, fazendo política. Desta vez estava em Recife. Falou outras coisas também, sempre em um tom acusativo.
É notório que a leitura dá até azia em Lula, mas custava buscar se informar melhor antes de se pronunciar — se é que isso seja assunto para o presidente da República — sobre algo de tamanha importância? Se tivesse o interesse, Lula poderia saber que no mesmo dia da alegada agressão os suíços haviam votado em um plebiscito para decidir sobre o acordo livre de trabalhadores na União Européia. Por 59,6% dos votos, o acordo foi confirmado.
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POR José Pires
Pois à noite já era noticiado na internet o anúncio do governo brasileiro de que poderia levar o caso ao Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas. Lula e sua equipe transformavam então um caso obscuro numa discussão internacional sobre a política imigratória da Suiça, praticamente acusando os suíços de intolerância.
Nesta mesma noite, claro, o presidente da República também falava sobre o assunto. “Eu acho que nós não podemos aceitar e não podemos ficar calados diante de tamanha violência contra uma brasileira no exterior”, disse Lula, que, como sempre estava viajando, fazendo política. Desta vez estava em Recife. Falou outras coisas também, sempre em um tom acusativo.
É notório que a leitura dá até azia em Lula, mas custava buscar se informar melhor antes de se pronunciar — se é que isso seja assunto para o presidente da República — sobre algo de tamanha importância? Se tivesse o interesse, Lula poderia saber que no mesmo dia da alegada agressão os suíços haviam votado em um plebiscito para decidir sobre o acordo livre de trabalhadores na União Européia. Por 59,6% dos votos, o acordo foi confirmado.
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