sábado, 17 de outubro de 2009

Perdidos e achados

Parece existir uma lei sobre os acontecimentos que determina que quando algo pode piorar, geralmente piora mesmo. Costuma-se creditar este tipo de norma à tal Lei de Murphy, que serve pra tudo. Mas esta não pode ser de Murphy, pois ela é muito recente. Esta é bem brasileira. Não é só desde Cabral, como costuma repetir o nosso presidente inzoneiro. Vem de muito antes e tornou-se inclusive um fator genético, o que explica o fato dos índios brasileiros pré-descobrimento não estenderem a rede embaixo de coqueiros nem de pé de jaca, precaução que transmitiram ao brasileiro de hoje.

É uma lei praticamente infalível. A ministra Dilma Rousseff, como técnica altamente gabaritada que é, sabe muito bem disso. Ela mente sobre o doutorado que nunca teve e logo depois aparecem testemunhas que a viram se apresentar como doutora e até vídeos comprovando. Não é fácil. Com esta lei nem precisa oposição. Até tucano é obrigado a trabalhar quando o destino age de forma implacável.

Agora a lei foi baixada novamente para a candidata ungida por Lula. Pois Lina Vieira, a ex-secretária da Receita Federal, encontrou sua agenda, onde está anotado o encontro em que a ministra Dilma Rousseff pediu que ela intercedesse em sua função como chefe da Receita pelo senador José Sarney. É a revista Veja desta semana que traz a novidade.

A agenda estava perdida desde a mudança de Lina de Brasília para Natal, após a demissão do cargo. Agora já se sabe o dia do encontro (9 de outubro de 2008) e até de um detalhe interessante. A anotação feita a mão por ela sobre a reunião com Dilma: “Dar retorno à ministra sobre família Sarney”.

Isso deve ajudar bastante o pessoal do Palácio do Planalto a encontrar também entre seus documentos perdidos a comprovação desta importante reunião. Ou então esconder melhor as evidências, é claro. Sou mais por esta segunda hipótese, porque se tem lei que esta turma não gosta é esta que faz aparecer até agenda perdida.

Leia a matéria na íntegra aqui
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POR José Pires

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