quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sempre um Sarney no meio

Um documento da contabilidade de caixa 2 da campanha de José Roberto Arruda, que foi do DEM e hoje está sem partido e cassado do cargo de governador de Brasília, traz uma anotação escrita à mão com o nome "Sarney".

A descoberta é do jornal O Estado de S. Paulo, que informa que a lista foi esquecida cima da mesa de uma emissora de televisão em janeiro de 2007 pelo secretário Márcio Machado quando Arruda tomou posse. Machado era arrecadador do caixa 2 do ex-governador e depois foi nomeado Secretário de Obras do Distrito Federal.

Brasília tinha uma corrupção de nível bem baixo para uma capital federal. O próprio governador era quem ia pegar os pacotes de dinheiro das maracutaias. Iam buscar propina sem levar pasta para carregar e tinham que botar os maços as meias. Um desleixo total.

O jornal já submeteu as caligrafias ao perito Ricardo Molina e a conclusão é “segura”, como ele frisa na perícia técnica: o nome Sarney foi escrito de próprio punho por Arruda na planilha do caixa 2. O Sarney citado está envolvido com "200/150PG", como Arruda escreveu. Ninguém sabe ainda quanto é "200/150", mas "PG" é um código velho: o negócio foi concluído.

O duro agora é saber qual Sarney. A família é grande, com gente enfiada em tudo quanto é cargo público, com até neto nomeado pelo vovô Sarney. Essa família dá um trabalho danado. Os brasileiros tem sempre duas dúvidas importantes quando surge o nome Sarney em alguma notícia: qual é a corrupção e qual Sarney está envolvido nela.
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POR José Pires

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