segunda-feira, 31 de maio de 2010

Campanha de Dilma tem vaga

Está pintando vaga de tesoureiro na campanha de Dilma Roussef. No começo dessa tarde a candidata do Lula disse que a coordenação da campanha está "avaliando” a permanência do tesoureiro José Filippi Júnior.

Essa conversa de “avaliação” é lorota da Dilma. Filippi já está fora. A menos que os petistas queiram carregar até a eleição um tesoureiro de campanha condenado pela Justiça a devolver mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos.

Esta é a quantia que Filippi, que também é ex-prefeito de Diadema, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a devolver aos cofres da prefeitura da sua cidade.

O dinheiro foi pago ao escritório de Luiz Eduardo Greenhalgh, conhecido ex-deputado do PT que já teve seu nome ligado a casos suspeitos do partido, a começar pelo famoso Caso Lubeca, de 1989, escandaloso esquema de corrupção na prefeitura de São Paulo.

Greenhalgh era o vice da prefeita Luiz Erundina, eleita pelo PT, e também secretário de Negócios Jurídicos da prefeitura. Com o escândalo de corrupção, acabou sendo demitido por Erundina da secretaria.

No caso que deve derrubar o tesoureiro de Dilma, o escritório de Greenhalgh foi contratado pela prefeitura de Diadema sem licitação e ganhou R$ 2,1 milhões para defender apenas duas causas. Segundo a Promotoria, a prefeitura tinha 51 procuradores para fazer o mesmo tipo de serviço.

O cargo de tesoureiro da campanha de Dilma está num rodízio danado. Primeiro caiu João Vaccari Neto, suspeito de desvio milionário na Banccop, a Cooperativa de Habitação dos Bancários de São Paulo. Agora é Fillippi que despenca exatamente do lugar que Vaccari perdeu com a descoberta do escândalo da Bancoop.

Vaccari continua sendo tesoureiro do PT. O rigor moral no partido pode ser bem menor do que numa campanha, afinal tudo não passa de um jogo de aparências.
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POR José Pires

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