O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, é filiado ao PT. É evidente que o ministro não precisa sair por aí exibindo sua carteirinha de filiação para que fique clara sua identificação com o partido. Desde 2003, quando foi nomeado por Lula, Amorim tem revelado um ponto de vista situado muito mais na área de interesses do PT que do Itamaraty.
Mas a coisa está ficando cada vez mais grave. O PT tem muito de dengue: se a pessoa não se cura no primeiro contágio, depois vem a hemorragia. Amorim começou a confundir a própria retórica petista com os valores que regem as relações internacionais.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, com quem o chefão de Amorim pretende ter um olho no olho este mês, falou ontem no primeiro dia da Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Foi o único chefe de Estado a comparecer à reunião e em seu discurso mostrou que não está muito propenso ao diálogo. Todos acham que o Irã quer a bomba atômica. E Ahmadinejad não faz muita questão de convencer ninguém do contrário. Ele atacou os norte-americanos e acabou sendo boicotado por diplomatas da França, Estados Unidos e Reino Unido.
No entanto, apesar do que disse e da péssima repercussão de sua fala junto aos outros países, Ahmadinejad foi defendido por Amorim. Claro que isso não é novidade, o governo Lula tem uma suspeita relação com Ahmadinejad, com um calor que vai bem além das relações comuns entre dois países. Os afagos do governo petista em Ahmadinejad avançam até no processo eleitoral iraniano e mesmo quando o presidente irnaniano prende e arrebenta a oposição iraniana que não aceita a "derrota de seu time", como disse Lula sobre os protestos políticos no Irã.
Que coisa. É imensa a capacidade de trabalho desse nosso ministro Amorim: cuida até das relações externas do Irã. Vejam fala dele, explicando o discurso do presidente do Irã: "O que o presidente Ahmadinejad disse é retórica. Fez o discurso com a visão de mundo dele. E o que interessa não é o que ele vai dizer, e sim como ele vai responder à Agência de Internacional de Energia Atômica (AIEA). E temos tido indicação de que eles estão dispostos a avançar".
Bem, só faltou ele falar que Ahmadinejad é um bravateiro igual ao Lula quando era da oposição, mas que no final é mesmo só lorota. Assim como não houve nenhuma explosão depois de Lula subir ao poder, Ahmadinejad também não fará nada disso que todos temem. O negócio dos dois é só enriquecer. Ahmadinejad, o urânio. E Lula, seus companheiros. Mas não tem bomba não, companheiro Obama.
O PT contagiou de vez o nosso ministro das Relações Exteriores. Como seu partido se fortaleceu e ganhou o poder desfazendo compromissos, traindo sua história e construindo discursos que abandonou na prática, Amorim deve pensar que não seria nada mal um mundo que até tivesse Hitleres ou Ahmadinejads, mas que isso ficasse só "na retórica". Imaginem quantas Segundas Guerras Mundiais não teríamos evitado, companheiros. Sem citar os Holocaustos, é claro, mas desse papo o Ahmadinejad não gosta.
A ONU que se cuide. Já sabemos até onde vai essa conversa. Aqui deu até em mensalão para criar uma unanimidade no debate.
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POR José Pires
Mas a coisa está ficando cada vez mais grave. O PT tem muito de dengue: se a pessoa não se cura no primeiro contágio, depois vem a hemorragia. Amorim começou a confundir a própria retórica petista com os valores que regem as relações internacionais.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, com quem o chefão de Amorim pretende ter um olho no olho este mês, falou ontem no primeiro dia da Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Foi o único chefe de Estado a comparecer à reunião e em seu discurso mostrou que não está muito propenso ao diálogo. Todos acham que o Irã quer a bomba atômica. E Ahmadinejad não faz muita questão de convencer ninguém do contrário. Ele atacou os norte-americanos e acabou sendo boicotado por diplomatas da França, Estados Unidos e Reino Unido.
No entanto, apesar do que disse e da péssima repercussão de sua fala junto aos outros países, Ahmadinejad foi defendido por Amorim. Claro que isso não é novidade, o governo Lula tem uma suspeita relação com Ahmadinejad, com um calor que vai bem além das relações comuns entre dois países. Os afagos do governo petista em Ahmadinejad avançam até no processo eleitoral iraniano e mesmo quando o presidente irnaniano prende e arrebenta a oposição iraniana que não aceita a "derrota de seu time", como disse Lula sobre os protestos políticos no Irã.
Que coisa. É imensa a capacidade de trabalho desse nosso ministro Amorim: cuida até das relações externas do Irã. Vejam fala dele, explicando o discurso do presidente do Irã: "O que o presidente Ahmadinejad disse é retórica. Fez o discurso com a visão de mundo dele. E o que interessa não é o que ele vai dizer, e sim como ele vai responder à Agência de Internacional de Energia Atômica (AIEA). E temos tido indicação de que eles estão dispostos a avançar".
Bem, só faltou ele falar que Ahmadinejad é um bravateiro igual ao Lula quando era da oposição, mas que no final é mesmo só lorota. Assim como não houve nenhuma explosão depois de Lula subir ao poder, Ahmadinejad também não fará nada disso que todos temem. O negócio dos dois é só enriquecer. Ahmadinejad, o urânio. E Lula, seus companheiros. Mas não tem bomba não, companheiro Obama.
O PT contagiou de vez o nosso ministro das Relações Exteriores. Como seu partido se fortaleceu e ganhou o poder desfazendo compromissos, traindo sua história e construindo discursos que abandonou na prática, Amorim deve pensar que não seria nada mal um mundo que até tivesse Hitleres ou Ahmadinejads, mas que isso ficasse só "na retórica". Imaginem quantas Segundas Guerras Mundiais não teríamos evitado, companheiros. Sem citar os Holocaustos, é claro, mas desse papo o Ahmadinejad não gosta.
A ONU que se cuide. Já sabemos até onde vai essa conversa. Aqui deu até em mensalão para criar uma unanimidade no debate.
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POR José Pires
É isso ai, concordo em gênero, número e DNA. no momento Marinei total!
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