quarta-feira, 7 de julho de 2010

O mensalão também teve assinatura renegada

Esta relação ética entre pensamento e ação parece difícil para o PT. Os Ticos e Tecos éticos brigam o tempo todo. Daí acontecem esses absurdos de não só assinarem documentos sem ler, como acreditarem que essa justificativa serve para isentá-los de responsabilidade. E eles têm feito isso durante esses anos todos. Estão aí as Lubecas, padrinhos, incorporações de empresas, aloprados, mensalões e tantas outros fatos que ocorreram juntinho deles, alguns ao lado do presidente, para depois algum dirigente ou o próprio presidente da República dizer que não viu nada.

O deputado José Genoíno, que foi presidente do PT à época do mensalão, é um exemplo vivo (diria até muito vivo) dessas contradições. Na década de 70, Genoíno era do PCdoB e participava da guerrilha do Araguaia, movimento armado que pretendia implantar no Brasil uma ditadura comunista copiada do maoísmo chinês. Depois de preso, o líder petista aparentemente converteu-se à democracia representativa, elegendo-se deputado.

No entanto, no primeiro mandato de Lula, ele e seu partido foram flagrados à frente de um esquema de compra de votos no Congresso que tinha por meta perenizar o PT no poder. Era o mensalão. A guerrilha do Araguaia tinha também como meta a instalação pela força das armas de um poder perene e incontestável.

Voltando ao mensalão, neste esquema de destruição do processo democrático teve também documento com assinatura que foi depois renegada. Foi o empréstimo de 2 milhões e 400 mil reais feito por Marcos Valério ao PT.

Era a época da chegada do partido ao poder, com Genoíno no cargo mais alto do PT. E ele disse que assinou sem ter lido um documento de tamanha importância.
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POR José Pires

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