Novamente Dilma encarna a omissão quanto a temas que seu partido pretende executar. O documento que ela parece ter assinado sem ler contêm propostas polêmicas e anti-democráticas. O controle da mídia os petistas já tentaram colocar em prática. Recuaram por enquanto, mas não abandonaram a idéia. É uma questão de oportunidade que, felizmente, por enquanto não existe.
A facilitação de invasão de terras também é parte do ideário e tem sido colocada em prática mais como recurso político e, por muitas vezes, eleitoral. A bem da verdade, a tática tem pouco servido para a reforma agrária e muito menos como indutora de igualdade social e produção agrícola equilibrada, seja ambientalmente ou no aspecto comercial. E, ademais, sendo governo, por que o PT não avança com isso de forma oficial?
O que ocorre é que o MST age em conformidade com os interesses eleitorais petistas até em eleições estaduais e já houve situação que o recurso da invasão já serviu até em eleição municipal.
Noutro ponto, a questão do aborto, a posição do partido é muito bem conhecida. O apoio ao aborto serve em boa parte para contentar setores da militância feminina. Além disso, Dilma também já defendeu a descriminação do aborto em entrevista à revista Marie Claire, em 2007, revelação levantada também pelo blogueiro da Veja (Pô, não tem jeito do PT fazer alguma coisa que esse cara não possa escarafunchar).
Nem vou entrar no mérito das posições do partido ou da candidata. Essas contradições são antigas, pois o PT é composto por pessoas com evidentes dificuldades com a inter-relação entre suas idéias e a prática política. Eu sou da opinião de que um homem (mulher também, Dilma!) deve lutar com clareza pelo que pensa, mas como é que Dilma poderia saber em 2007, quando colocou de forma verdadeira sua posição frente ao aborto, que um dia o Lula iria ordenar que ela fosse candidata a presidente da República?
O PT é um partido com um histórico cheio de complicações com essa coisa simples de honrar o escrito. Até hoje os petistas se explicam sobre a acusação de não terem assinado a Constituição de 88. Teve dirigente que até procurou oficializar a versão de que essa acusação seria maldade de adversários, buscando comprovar que assinaram o documento maior brasileiro.
Se foi coisa ou não de adversário não é a questão essencial nesta discussão. No caso dos dois programas — um radical outro remendado para aparentar sensatez — apresentados pelo PT ao TSE, não há dúvida: ou Dilma mente ou assina as coisas sem ler.
O que existe de fato nesta questão tão simples está baseado numa palavra também simples: confiança. E isso o PT e Dilma não sustentam em ocasião alguma. Entre outras coisas, Dilma já mentiu sobre seu doutorado, por exemplo. Apresentava-se como doutora sem nunca ter concluído doutorado algum. Alguém acha isso pouco? Pois se aceitarmos como exceção a mentira de Dilma sobre seu doutorado, abriríamos espaço para uma quebra de confiança em todo o contrato social que garante questões vitais.
Um doutorado universitário está estabelecido em bases de credibilidade (e esforço, Dilma, também muito esforço) que no final sustentam praticamente todas as nossas relações sociais. Nossa capacitação tecnológica, científica e cultural nasce daí. Vamos imaginar que em vez de mentir sobre um doutorado na área das humanas, Dilma pendurasse um doutorado falso de medicina e começasse a clinicar. Ela seria presa, é claro.
A facilitação de invasão de terras também é parte do ideário e tem sido colocada em prática mais como recurso político e, por muitas vezes, eleitoral. A bem da verdade, a tática tem pouco servido para a reforma agrária e muito menos como indutora de igualdade social e produção agrícola equilibrada, seja ambientalmente ou no aspecto comercial. E, ademais, sendo governo, por que o PT não avança com isso de forma oficial?
O que ocorre é que o MST age em conformidade com os interesses eleitorais petistas até em eleições estaduais e já houve situação que o recurso da invasão já serviu até em eleição municipal.
Noutro ponto, a questão do aborto, a posição do partido é muito bem conhecida. O apoio ao aborto serve em boa parte para contentar setores da militância feminina. Além disso, Dilma também já defendeu a descriminação do aborto em entrevista à revista Marie Claire, em 2007, revelação levantada também pelo blogueiro da Veja (Pô, não tem jeito do PT fazer alguma coisa que esse cara não possa escarafunchar).
Nem vou entrar no mérito das posições do partido ou da candidata. Essas contradições são antigas, pois o PT é composto por pessoas com evidentes dificuldades com a inter-relação entre suas idéias e a prática política. Eu sou da opinião de que um homem (mulher também, Dilma!) deve lutar com clareza pelo que pensa, mas como é que Dilma poderia saber em 2007, quando colocou de forma verdadeira sua posição frente ao aborto, que um dia o Lula iria ordenar que ela fosse candidata a presidente da República?
O PT é um partido com um histórico cheio de complicações com essa coisa simples de honrar o escrito. Até hoje os petistas se explicam sobre a acusação de não terem assinado a Constituição de 88. Teve dirigente que até procurou oficializar a versão de que essa acusação seria maldade de adversários, buscando comprovar que assinaram o documento maior brasileiro.
Se foi coisa ou não de adversário não é a questão essencial nesta discussão. No caso dos dois programas — um radical outro remendado para aparentar sensatez — apresentados pelo PT ao TSE, não há dúvida: ou Dilma mente ou assina as coisas sem ler.
O que existe de fato nesta questão tão simples está baseado numa palavra também simples: confiança. E isso o PT e Dilma não sustentam em ocasião alguma. Entre outras coisas, Dilma já mentiu sobre seu doutorado, por exemplo. Apresentava-se como doutora sem nunca ter concluído doutorado algum. Alguém acha isso pouco? Pois se aceitarmos como exceção a mentira de Dilma sobre seu doutorado, abriríamos espaço para uma quebra de confiança em todo o contrato social que garante questões vitais.
Um doutorado universitário está estabelecido em bases de credibilidade (e esforço, Dilma, também muito esforço) que no final sustentam praticamente todas as nossas relações sociais. Nossa capacitação tecnológica, científica e cultural nasce daí. Vamos imaginar que em vez de mentir sobre um doutorado na área das humanas, Dilma pendurasse um doutorado falso de medicina e começasse a clinicar. Ela seria presa, é claro.
E um economista (área do doutorado fictício de Dilma) mal capacitado pode também causar estragos sérios para o país, Já vimos isso muitas vezes. E pensem em engenheiros fazendo pontes sem a capacidade técnica fornecida por um doutorado.
Podemos também imaginar algo pior: um cientista juntando peças de plutônio em um laboratório, tendo atrás de si, pendurado na parede, um diploma falso. Bum!
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POR José Pires
Podemos também imaginar algo pior: um cientista juntando peças de plutônio em um laboratório, tendo atrás de si, pendurado na parede, um diploma falso. Bum!
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POR José Pires
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