Marina Silva é nova do lado de cá do poder, pois saiu do PT há pouco e parece ter deixado lá seu coração. Não duvido que volte ao lar um dia, até para viver de forma prática o simbolismo do filho pródigo, no caso uma "filha pródiga", o que dá um tom contemporâneo ao misticismo de que ela tanto gosta.
Esta condição delicada, de estar de um lado em que o crescimento eleitoral exigiria rigor crítico, auto-confiança e ousadia, sendo ao mesmo tempo responsável por uma parcela imensa de responsabilidade nos erros e na má condução de políticas públicas e em decisões de governo na área ambiental, parece que deixou Marina entortada. Foi o que impediu o florescimento de uma candidatura que tinha um espaço imenso para crescer.
Mas para isso ela teria de mirar no Lula que compara lavouras de soja à um "cerradinho", quando firma sua posição de que se dane o "cerradinho". Mas acontece que vibra em seu coração o Lula amoroso, compreensível e também didádico, que até deu a ela importantes lições sobre o meio ambiente, quando numa reunião entre os dois disse o seguinte: “Marina, essa coisa de meio ambiente é igual a um exame de próstata: não dá para ficar virgem toda a vida. Uma hora eles vão ter que enfiar o dedo no c... da gente. Então, companheira, se é para enfiar, é melhor que enfiem logo”.
O cara é de uma delicadeza, não? Porém, não é só Marina que se confunde com Lula. Esta confusão em relação ao verdadeiro caráter do nosso presidente, que obscurece para muitos o patife que ele é de fato, acomete até políticos com longa carreira na oposição, como já ocorreu com José Serra, que quase virou um Zé. Mas, pelo visto, depois da agressão à sua filha o tucano acordou.
Mas voltemos à Marina, nossa amazônida compadecida. Hoje ela lamenta na imprensa que a eleição está virando um "vale-tudo". Ela diz isso sobre a troca de acusações dos últimos dias entre partidários de Serra e de Dilma.
Ah, a doce e pacífica Marina. Certamente quando era ministra de Lula acompanhava pouco os passos de seu governo, concentrada que estava em defender a perereca de que Lula tanto fala. Não estava atenta aos ataques diários à oposição, ao uso da máquina pública, a agressão ao aparato jurídico... bem, mesmo o mensalão Marina acha que foi coisa de "meia dúzia". Nossa Osmarina parece uma Carolina.
Então ficamos assim. Serra e o pessoal em torno dele tem seus sigilos fiscais violados de forma criminosa, agressão que atinge até sua filha, e quando ele reage ao abuso, nossa equilibrada Marina vê um "vale-tudo" de campanha.
Seria muito que tivéssemos uma candidatura verde, alguém com competência para trazer para o cotidiano político a questão do meio ambiente, o mais importante tema da atualidade porque estamos todos em risco em razão dos desatinos com o planeta. Seria excelente ter esta discussão como um ítem essencial desta eleição, tarefa que Marina chamou para si e não teve competência para desempenhar.
Precisamos muito de políticos verdes, mas de laranjas não carecemos, não. Isso já existe demais na política brasileira.
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POR José Pires
Esta condição delicada, de estar de um lado em que o crescimento eleitoral exigiria rigor crítico, auto-confiança e ousadia, sendo ao mesmo tempo responsável por uma parcela imensa de responsabilidade nos erros e na má condução de políticas públicas e em decisões de governo na área ambiental, parece que deixou Marina entortada. Foi o que impediu o florescimento de uma candidatura que tinha um espaço imenso para crescer.
Mas para isso ela teria de mirar no Lula que compara lavouras de soja à um "cerradinho", quando firma sua posição de que se dane o "cerradinho". Mas acontece que vibra em seu coração o Lula amoroso, compreensível e também didádico, que até deu a ela importantes lições sobre o meio ambiente, quando numa reunião entre os dois disse o seguinte: “Marina, essa coisa de meio ambiente é igual a um exame de próstata: não dá para ficar virgem toda a vida. Uma hora eles vão ter que enfiar o dedo no c... da gente. Então, companheira, se é para enfiar, é melhor que enfiem logo”.
O cara é de uma delicadeza, não? Porém, não é só Marina que se confunde com Lula. Esta confusão em relação ao verdadeiro caráter do nosso presidente, que obscurece para muitos o patife que ele é de fato, acomete até políticos com longa carreira na oposição, como já ocorreu com José Serra, que quase virou um Zé. Mas, pelo visto, depois da agressão à sua filha o tucano acordou.
Mas voltemos à Marina, nossa amazônida compadecida. Hoje ela lamenta na imprensa que a eleição está virando um "vale-tudo". Ela diz isso sobre a troca de acusações dos últimos dias entre partidários de Serra e de Dilma.
Ah, a doce e pacífica Marina. Certamente quando era ministra de Lula acompanhava pouco os passos de seu governo, concentrada que estava em defender a perereca de que Lula tanto fala. Não estava atenta aos ataques diários à oposição, ao uso da máquina pública, a agressão ao aparato jurídico... bem, mesmo o mensalão Marina acha que foi coisa de "meia dúzia". Nossa Osmarina parece uma Carolina.
Então ficamos assim. Serra e o pessoal em torno dele tem seus sigilos fiscais violados de forma criminosa, agressão que atinge até sua filha, e quando ele reage ao abuso, nossa equilibrada Marina vê um "vale-tudo" de campanha.
Seria muito que tivéssemos uma candidatura verde, alguém com competência para trazer para o cotidiano político a questão do meio ambiente, o mais importante tema da atualidade porque estamos todos em risco em razão dos desatinos com o planeta. Seria excelente ter esta discussão como um ítem essencial desta eleição, tarefa que Marina chamou para si e não teve competência para desempenhar.
Precisamos muito de políticos verdes, mas de laranjas não carecemos, não. Isso já existe demais na política brasileira.
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POR José Pires
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