Outro político que apareceu para faturar com o enrosco em que o Bolsonaro se meteu foi o deputado Jean Wyllys. Não me lembrava dele, mas ele também nunca fez algo que mereça estar na memória.
Wyllys ganhou fama quando levou o prêmio de 1 milhão de reais no Big Brother Brasil. Naquele programa, o agora deputado se destacou usando sua condição homossexual. Os outros não tinha esse diferencial e foram dançando a cada programa, até o final em que Wyllys faturou o grande prêmio.
Não vou entrar no mérito sobre as atitudes do deputado no BBB e nem vou discutir o que aquilo significou para os direitos civis, mas o fato é que nada disso faria elevar o programa BBB do nível cultural de sarjeta em que ele sempre esteve. Aliás, uma sarjeta altamente lucrativa.
Jean Wyllys virou deputado só por conta do critério de proporcionalidade dos votos. Ele é deputado foi eleito pelo Psol do Rio de Janeiro, onde a sigla está nas mãos de Chico Alencar, que teve uma grande votação para deputado federal que acabou levando também Wyllys para a Câmara.
Alencar é um desse caciques de extrema-esquerda que tem o controle de um partideco, com isso conseguindo bastante um espaço praticamente exclusivo para trabalhar sua imagem. Em cada estado o Psol tem um dono. No Rio, o partido teve como atividades marcantes recentes a participação na campanha para que o italiano Cesare Battisti fique livre no Brasil e a manifestação contra Barack Obama, quando teve militantes presos.
A candidatura de Wyllys no Psol nasceu do mesmo jeito de tantas outras nos vários partidos picaretas que temos. O Psol segue seu rumo sem organicidade alguma, em linha parecida com a desses outros partidos. Daí a força de seus caciques de extrema-esquerda. Wyllys nunca teve vida partidária. Virou candidato a partir de um convite da ex-senadora Heloísa Helena, que tentou ser eleita por Alagoas. Ele até tem a chance de fazer algo que preste na Câmara, mas sua entrada na política não tem diferença com a de um Tiririca.
O que o Psol viu em Wyllys foi naturalmente a possibilidade do partido ter lucros eleitorais com sua fama, mas nem isso acabou acontecendo. Não dá para dizer nem que a votação de Jean Wyllys seja representativa de qualquer grupo social, nem sequer dos homossexuais. Sua pequena votação (foi o último entre os deputados eleitos pelo Rio, com 13.018 votos) seria pouco representativa até em colégios eleitorais menores que o do Rio, o terceiro colégio eleitoral do país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.
No entanto, ele tenta fixar em seu mandato um tom de luta pelos direitos dos homossexuais. Um pouco antes da treta entre Bolsonaro e Preta Gil vi o deputado Wyllys numa notícia em que ele se dizia ameaçado por causa de sua militância homossexual. Até me interessei pelo assunto, mas o que ele apresentava como provas eram e-mails com palavras ofensivas contra ele. Ora, como quem exerce uma atividade pública está sempre sujeito a isso, o deputado deveria ter buscado esclarecer o assunto de maneira discreta antes de vir a público dando esse tom de conspiração contra os direitos civis. Mas dessa forma mais equilibrada o deputado certamente não sairia na imprensa.
Com o caso Bolsonaro, seus quinze minutos de fama ganharam um bom acréscimo. Agora, na polêmica em torno do deputado Bolsonaro ele tem conquistado um espaço bom na cobertura caótica que a imprensa tem feito. Deu inclusive uma entrevista no programa em que Marcelo Tass apresentou aos telespectadores a filha gay (torço para que nenhum de seus repórteres enfie o microfone na cara da moça na saída de uma festa para fazer perguntas constrangedoras).
Todo mundo fatura com o cerco a Bolsonaro. E como o deputado é uma figura das mais execráveis, quase ninguém percebe que com a sua desgraça a liberdade de expressão pode também sofrer lamentáveis avarias.
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POR José Pires
Wyllys ganhou fama quando levou o prêmio de 1 milhão de reais no Big Brother Brasil. Naquele programa, o agora deputado se destacou usando sua condição homossexual. Os outros não tinha esse diferencial e foram dançando a cada programa, até o final em que Wyllys faturou o grande prêmio.
Não vou entrar no mérito sobre as atitudes do deputado no BBB e nem vou discutir o que aquilo significou para os direitos civis, mas o fato é que nada disso faria elevar o programa BBB do nível cultural de sarjeta em que ele sempre esteve. Aliás, uma sarjeta altamente lucrativa.
Jean Wyllys virou deputado só por conta do critério de proporcionalidade dos votos. Ele é deputado foi eleito pelo Psol do Rio de Janeiro, onde a sigla está nas mãos de Chico Alencar, que teve uma grande votação para deputado federal que acabou levando também Wyllys para a Câmara.
Alencar é um desse caciques de extrema-esquerda que tem o controle de um partideco, com isso conseguindo bastante um espaço praticamente exclusivo para trabalhar sua imagem. Em cada estado o Psol tem um dono. No Rio, o partido teve como atividades marcantes recentes a participação na campanha para que o italiano Cesare Battisti fique livre no Brasil e a manifestação contra Barack Obama, quando teve militantes presos.
A candidatura de Wyllys no Psol nasceu do mesmo jeito de tantas outras nos vários partidos picaretas que temos. O Psol segue seu rumo sem organicidade alguma, em linha parecida com a desses outros partidos. Daí a força de seus caciques de extrema-esquerda. Wyllys nunca teve vida partidária. Virou candidato a partir de um convite da ex-senadora Heloísa Helena, que tentou ser eleita por Alagoas. Ele até tem a chance de fazer algo que preste na Câmara, mas sua entrada na política não tem diferença com a de um Tiririca.
O que o Psol viu em Wyllys foi naturalmente a possibilidade do partido ter lucros eleitorais com sua fama, mas nem isso acabou acontecendo. Não dá para dizer nem que a votação de Jean Wyllys seja representativa de qualquer grupo social, nem sequer dos homossexuais. Sua pequena votação (foi o último entre os deputados eleitos pelo Rio, com 13.018 votos) seria pouco representativa até em colégios eleitorais menores que o do Rio, o terceiro colégio eleitoral do país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.
No entanto, ele tenta fixar em seu mandato um tom de luta pelos direitos dos homossexuais. Um pouco antes da treta entre Bolsonaro e Preta Gil vi o deputado Wyllys numa notícia em que ele se dizia ameaçado por causa de sua militância homossexual. Até me interessei pelo assunto, mas o que ele apresentava como provas eram e-mails com palavras ofensivas contra ele. Ora, como quem exerce uma atividade pública está sempre sujeito a isso, o deputado deveria ter buscado esclarecer o assunto de maneira discreta antes de vir a público dando esse tom de conspiração contra os direitos civis. Mas dessa forma mais equilibrada o deputado certamente não sairia na imprensa.
Com o caso Bolsonaro, seus quinze minutos de fama ganharam um bom acréscimo. Agora, na polêmica em torno do deputado Bolsonaro ele tem conquistado um espaço bom na cobertura caótica que a imprensa tem feito. Deu inclusive uma entrevista no programa em que Marcelo Tass apresentou aos telespectadores a filha gay (torço para que nenhum de seus repórteres enfie o microfone na cara da moça na saída de uma festa para fazer perguntas constrangedoras).
Todo mundo fatura com o cerco a Bolsonaro. E como o deputado é uma figura das mais execráveis, quase ninguém percebe que com a sua desgraça a liberdade de expressão pode também sofrer lamentáveis avarias.
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POR José Pires
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