sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Dez anos da morte de Celso Daniel

Há dez anos era encontrado o corpo de Celso Daniel, então prefeito de Santo André pelo PT, sequestrado dois dias antes. Os petistas que faziam política com ele na época e hoje estão no poder querem que o Brasil esqueça este caso. Mas a gente não esquece.

Falei sobre isso anteontem aqui no Facebook, basta descer alguns posts para ler. É um crime assombroso e entre os espantos está o esforço dos am...igos petistas de Daniel para que o caso fosse encerrado logo como um crime comum.

Parece uma coisa esquisita alguém não querer que seja esclarecida com o máximo rigor a morte de um amigo, mas foi o que se viu. Com exceção da família de Celso Daniel, todos os que tinham intimidade com ele passaram a fazer tudo para que não houvesse um aprofundamento das investigações.

É tudo muito estranho. Primeiro foi criada uma paranóia nacional pelas lideranças maiores do PT, entre eles Lula, que no ano da morte do prefeito petista seria eleito presidente da República. Assim que se soube da morte, os petistas passaram a afirmar que havia uma conspiração para matar vários políticos do PT. Mas o alarido durou pouco. Em poucos dias todos afirmavam que não havia ocorrido nada de extraordinário e que aquilo era um crime comum.

O assassinato de Daniel, que era o coordenador de campanha de Lula na época de sua morte, é cheio desses fatos estranhos, mas bastante reveladores. Um desses fatos é a gravação de telefonemas entre líderes do PT comentando as estratégias para enfrentar a situação.

Vejam um diálogo entre Gilberto Carvalho, que desde o primeiro mandato de Lula é um homem poderoso no governo do PT e que hoje é ministro da Secretaria Geral da Presidência. Ele conversa com Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, acusado de ser o mandante do crime. Sombra estava com Celso Daniel na noite do sequestro. Os bandidos levaram o prefeito e Sombra ficou ileso na cena do crime.

O diálogo entre Carvalho e o Sombra é resultado de um grampo da Polícia Federal feito a pedido do PT, mas foi descartado como prova. Foi divulgado em julho de 2005.

Carvalho: “É, eu vou agora, marcamos às três horas na casa do José Dirceu. Vamos conversar um pouco sobre a nossa tática da semana, né? Porque nós vamos ter que ir pra contra-ofensiva”.

Sombra: “Vou falar com meus advogados amanhã. A nossa idéia é colocar essa investigação sob suspeição. Arrumar um jeito de...”

Carvalho: “É, acho que é um bom caminho”.
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POR José Pires



As faxinas que nunca são feitas

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