sexta-feira, 5 de julho de 2013

O companheiro do falido

Com a falência, Eike Batista passou a ser severamente criticado e até gozado nos útimos dias. Não são poucas as acusações. Ele é condenado até por afetar a credibilidade brasileira na atração de investimentos externos.

De fato, como empresário Eike (tratado assim, nesta falsa intimidade da vassalagem costumeira de parte da imprensa aos ricos e poderosos) merece muitas críticas, mas não devemos esquecer uma figura essencial na impressionante ascenção do empresário aos píncaros do sucesso, de onde agora desaba. Apesar de graúdo em dinheiro, no aspecto político ele é peixe pequeno no desastre que parece atingir o país iludido na sedução do desenvolvimento bancado pela grana fácil do pré-sal.

Nas empreitadas ilusórias do tipo em que Eike esteve metido sempre transita um "sócio", que no jorro de lorotas econômicas e sociais ganhou até agora enormidades em apoios políticos e votos e talvez até em espécie, já que não acredito que político algum faça milionários da noite para o dia apenas por ter bom coração.

Agora que a crise mostra que não é de marolinha, quem tem que ser cobrado é o "sócio", que está na chefia já na terceira etapa de um projeto que faz o Brasil perder toda vez que eles ganham. O "sócio" e seus companheiros é que devem pagar pelos poços agora secos de esperança e espalhados pelo país afora.
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Por José Pires

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