sábado, 16 de novembro de 2013

Fuga fora do plano

É evidente que o plano do PT em relação aos condenados do mensalão é que cada um respeitasse a decretação da prisão pelo STF e fosse pra cadeia na esperança do assunto sair do noticiário para não ser lembrado durante a campanha eleitoral. Nem é um plano de grande elaboração. Não existia nenhuma outra possibilidade para enfrentar o problema, a não ser a opção desastrosa de uma fuga. E foi exatamente isso que fez o mensaleiro Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, condenado a 12 anos e sete meses de prisão

Pizzolato fugiu para a Itália, fazendo uso de sua dupla cidadania. A fuga de um mensaleiro condenado para um país estrangeiro é uma atrapalhação e tanto para o plano petista de varrer o mensalão pra debaixo do tapete. A relação do partido com a corrupção passa a ter repercussão internacional. E não poderia ser pior o país escolhido por Pizzolato. A Itália traz de volta o assunto da guarida que o governo do PT deu ao terrorista Cesare Battisti, condenado por assassinato pela justiça italiana e protegido pelo governo Lula.

Temos então uma piada pronta, que é a troca de um Battisti por um Pizzolato. E o mensaleiro fujão faz lembrar aos petistas aquele velho ensinamento que aparece em tantas histórias de detetive: não existe plano infalível. A fuga já é notícia na imprensa italiana. Aqui, pode ser lida uma matéria do Corriere Della Sera, um dos mais importantes diários da Itália. A reportagem já tem vários comentários de leitores indignados, com ataques ao nosso país e fazendo referência ao caso Battisti. Esta é a imagem que o PT dá ao Brasil no exterior.
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Por José Pires

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