Com a aproximação dos Jogos Olímpicos está cada vez mais claro o grande erro que foi a escolha do Rio de Janeiro para sede do evento internacional. Bem, não faltaram avisos de que o Brasil não tinha capacidade para sediar uma competição de tal dimensão, que em todos os países em que ocorreu anteriormente deixou um legado pesado de gastos financeiros e de dificuldade para o uso posterior das instalações exigidas para os jogos e a acomodação dos atletas. A insistência de trazer os jogos para o Brasil, decisão que ocorreu em 2009, foi do então presidente Lula, que governava com uma euforia insensata. Como tentou fazer com a Copa do Mundo, o chefão petista tinha planos de projetar internacionalmente sua imagem com as Olimpíadas. A Copa, como vimos, acabou no fragoroso 7 a 1. Essas Olimpíadas podem ter um placar ainda pior.
Na época da opção pelo Rio já se sabia de muita coisa que desaconselhava a decisão, mas outros problemas apareceram depois, como a crise econômica, escândalos de corrupção, crise política, epidemia do vírus da zika, além da falência estrutural do Rio de Janeiro, que teve nos últimos dias uma demonstração trágica na queda da ciclovia, com duas mortes. A 100 dias de seu início, os Jogos Olímpicos só têm prejudicado a imagem do Brasil no exterior, chamando ainda mais a atenção aos graves problemas nacionais. Nesta quarta-feira o jornal britânico The Guardian traz uma reportagem dizendo que o país abrirá os jogos parecendo mais uma “república de bananas do que uma economia emergente moderna a ponto de assumir seu lugar entre as principais do mundo".
O tom não é diferente da cobertura de outras publicações do exterior, mas o fato do The Guardian fazer esta avaliação tem um significado mais forte da desastrosa situação do governo do PT. O The Guardian tem uma orientação editorial de esquerda e foi até agora uma das publicações que davam sustentação no exterior ao fraudulento projeto petista. Até pela afinidade ideológica, eles foram enganados com relativa facilidade por lideranças petistas, mas estão se recuperando do engodo com matérias reveladoras do estrago feito em nosso país. A mesma reação vem ocorrendo com outras publicações esquerdistas influentes, como o também britânico The Independent e os franceses Libération e Le Monde. Acabou para o PT também entre os estrangeiros.
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POR José Pires