O sucesso de público do filme sobre a investigação da Operação Lava Jato serve como indicativo do apoio da população ao combate à imensa corrupção instalada no Brasil pelo governo do PT. “Polícia Federal - A lei é para todos” teve a melhor estreia do ano em bilheteria, alcançando um público de 470 mil pessoas. É o terceiro filme nacional a superar a marca de 1 milhão de espectadores em 2017. Como comparação de popularidade, dá para fazer também uma relação deste filme com outra obra de teor político, inspirada no líder do esquema de poder que deu origem à roubalheira descoberta pela Lava Jato.
Baseado na vida do ex-presidente Lula, “Lula, o filho do Brasil” estreou em janeiro de 2010. Foi a obra de produção mais cara da história do cinema nacional, com gastos em torno de R$ 40 milhões e teve todo o suporte da máquina de comunicação do governo Lula, que na época era muito forte. Era claramente uma peça de propaganda da construção do mito Lula e teve todo o jeito de ter sido planejado como marketing para a eleição da sucessora do então presidente, Dilma Rousseff. A produção foi de Luiz Carlos Barreto, o conhecido "Barretão", magnata do cinema que fez fortuna com financiamentos públicos, desde a Embrafilme, no tempo da ditadura militar. Entre os patrocinadores da história filmada da vida de Lula estão as empreiteiras Odebrecht, Camargo Corrêa e OAS, depois investigadas pela operação da Polícia Federal e do Ministério Público.
Apesar da expectativa criada por vasta propaganda e triste cumplicidade da imprensa com uma história falseada mitificando Lula mesmo já tendo havido o escândalo de corrupção do mensalão, o filme foi um dos maiores fracassos de bilheteria e também de crítica. Depois da estreia parte dos jornalistas tomou vergonha, cumprindo então com a obrigação de apontar aos leitores as graves distorções da obra. “Lula, o filho do Brasil” não serve hoje nem como referência histórica, seja como cinema ou no aspecto da biografia de um líder político.
O filme sobre o chefão petista já era muito ruim quando foi lançado e com o tempo teve sua reputação piorada, a partir da trajetória do próprio Lula, que como disse seu ex-ministro Antonio Palocci e o Brasil inteiro já sabia, “sucumbiu ao pior da política”. Do ponto de vista da realidade, esta fraude cinematográfica sofreu também o efeito do exemplar trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal e de juízes decentes como Sergio Moro, que por sua vez serviram como inspiração para o aclamado “Polícia Federal - A lei é para todos”, este sim o verdadeiro filme sobre a vida e a obra de Lula.
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POR José Pires
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