domingo, 8 de outubro de 2017

Dilma Rousseff e Sergio Cabral em parceria para encobrir o jogo sujo

A prisão de Carlos Arthur Nuzman, na manhã de quinta-feira, só aconteceu por causa da delação de Eric Maleson, ex-dirigente desportivo que foi presidente da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBVG). Maleson fez a delação à autoridades da França, de onde vem a descoberta dos crimes do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016.

Maleson deu entrevista à ESPN logo depois da prisão de Nuzman e contou que a prisão poderia ter ocorrido muito antes, se não tivesse havido um acobertamento de autoridades brasileiras. Ele disse que há quatro anos deu um depoimento parecido à Polícia Federal, no Rio de Janeiro, quando foi iniciada a “Operação Cabo de Guerra”. Mas “por ordens de Brasília”, segundo ele, as investigações foram encerradas. Dilma Rousseff era presidente da República e Sergio Cabral governava o Rio de Janeiro. E nos bastidores (ou nem tanto) quem mandava de verdade era o ex-presidente Lula.

O contato com as autoridades francesas ocorreu depois que Maleson percebeu que aqui no Brasil nada seria feito em relação à corrupção no COB. Nuzman é apontado como o intermediário do pagamento de propina de US$ 2 milhões para Papa Diack, feito por meio do empresário Arthur Soares, o "Rei Arthur", que está foragido. A revista Piauí publicou recentemente um perfil de Soares, ou Rei Arthur, relatando que ele vivia em um exílio de luxo em Miami. O empresário está com Cabral desde sua primeira eleição como governador, em 2006. Fez fortuna em contratos de terceirização com o governo carioca. Conforme o site O Antagonista publicou em novembro do ano passado, ele faturava R$ 1,7 bilhão por ano.

A escandalosa corrupção na escolha do Rio como cidade sede da Olimpíada está fazendo muito mal para a imagem do Brasil. E este é um problema que poderia ter sido evitado se Dilma não tivesse acobertado Nuzman, em parceria com Sérgio Cabral. É claro que havia também este petista que está em tudo que não presta, o ex-presidente Lula, que tinha com o então governador do Rio uma aliança preferencial. É óbvio que também sobre isso o chefão petista vai dizer que de nada sabia. Mas está muito bem registrada sua insistência para a escolha do Rio como cidade sede. Agora começam a ser revelados os acertos criminosos dessa jogada, que foi um dos lances da reeleição de Dilma.
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POR José Pires

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