sábado, 17 de março de 2018

Os robôs da discórdia nas redes sociais

Para não se deixar levar por ímpetos demolidores nos debates nas redes sociais cabe prestar bastante atenção aos instrumentos que vêm sendo usados hoje em dia por partidos e grupos, como forma de estimular as emoções mais baixas das pessoas. Esses partidos e grupos não respeitam nada, nem dramáticos acontecimentos, como a morte da vereadora, no Rio de Janeiro.

Nesses poucos dias de discussão em torno do assassinato de Marielle Franco, em uma pesquisa, a Fundação Getúlio Vargas identificou exatos 1.833 robôs tuitando sobre o acontecimento. Se foram identificados quase dois mil robôs passando por gente envolvida no calor dos debates, imagine a quantidade que deve ter escapado da investigação da FGV. E tem também os robôs atuando de forma disfarçada no Facebook e áreas de comentários de blogs e sites.

Podemos somar também a esses instrumentos eletrônicos as pessoas de carne e osso que já viraram robôs a serviço de grupos e partidos, inconscientemente ou engajados como militantes, que estão o tempo todo atiçando a discórdia e criando brigas, atacando os outros sem se ater ao tema discutido, estimulando o desentendimento e dificultando o bom aproveitamento do debate democrático. Hoje em dia é preciso tomar muito cuidado para não ficar alinhado como se fosse um robô, nessas tropas de choque que tomam assuntos importantes para usar em favor de interesses sujos.
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POR José Pires

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