Ciro Gomes, que andou sumido por uns tempos, devia estar na expectativa do impacto de uma entrevista dada ao jornal El País, na qual cobra responsabilidades do presidente Jair Bolsonaro e faz críticas ao PT, exigindo sensatez do partido do Lula. A entrevista foi publicada nesta segunda-feira na edição brasileira do jornal, mas deu chabu em razão do clima de violência no Ceará. Entre o dia em que Ciro deu a entrevista e sua publicação aconteceram os ataques de bandidos ligados à facções criminosas, que inclusive obrigou o governo estadual a pedir socorro ao ministro Sérgio Moro.
Fica difícil para Ciro apontar o dedo para qualquer político hoje em dia, seja do governo ou da oposição, sem antes se posicionar sobre os acontecimentos violentos em seu estado, onde seu grupo político detém o poder há mais de 30 anos e reelegeu o governador e elegeu dois senadores, entre eles seu irmão.
Claro que antes da publicação da entrevista os jornalistas de El País procuraram o político cearense para que ele falasse sobre a explosão de violência, mas Ciro disse que preferia aguardar alguns dias para poder falar sobre o assunto. É um sinal muito sério do quanto é braba a situação no Ceará: fez até o Ciro Gomes adquirir ponderação.
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POR José Pires
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