quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Triste fim do PT na cidade em que o partido do Lula nasceu

O PT pressiona Jilmar Tatto, seu candidato à prefeitura de São Paulo que já foi abandonado por personalidades de esquerda ligadas ao partido e lideranças petistas. Segundo a Folha de S. Paulo, Lula e Gilberto Carvalho admitem a possibilidade de retirar a candidatura de Tatto em favor de Guilherme Boulos. O jornal afirma que o PT já impôs prazo até outubro para que o candidato petista atinja dois dígitos nas pesquisas, uma posição que com este clima fica ainda mais difícil de alcançar.

Esta condição precária do PT em São Paulo não é muito diferente do que acontece em outras capitais e nas grandes cidades do país. Aquele partido vigoroso de outrora esfarelou-se por completo em todo o território nacional, como pode-se observar por esta pindaíba em que ele ficou na cidade em que foi criado e onde Lula firmou a base de sua carreira política e do crescimento partidário que levou o partido a ocupar por quatro vezes a Presidência da República.

É injusto colocar em Jilmar Tatto a culpa exclusiva por uma candidatura que não decola, como muitos petistas já estão fazendo. A falência petista vem das dificuldades criadas pela desonestidade de Lula e de muitos de seus companheiros, que fizeram o PT virar um partido que ninguém sabe mais o que representa de fato. Em São Paulo, na eleição passada, já havia acontecido o desastre eleitoral, com a derrota na tentativa de reeleição de Fernando Haddad para prefeito. Ele perdeu no primeiro turno.

Depois, o próprio Haddad como marionete política de Lula foi para o segundo turno na eleição presidencial, quando ficou demonstrado o absoluto isolamento do PT, que não conseguiu formar alianças nem contra Jair Bolsonaro, o candidato mais horroroso que já apareceu em eleições presidenciais neste país. A origem deste desastre tem um nome: Lula.

O líder corrupto da esquerda só não está preso porque foi derrubada no STF a prisão em segunda instância, a partir de acordos obscuros que são mantidos até hoje e que coloca os petistas ao lado das forças mais nefastas da política brasileira, juntando-se a salafrários que também temem ir para a cadeia e que jogam pesado para que o país volte aos tempos da impunidade para quem tem poder político e pode pagar advogados de escritórios milionários. Vale tudo para livrar Lula, mesmo ficar ao lado de Bolsonaro contra a Lava Jato. O PT abriu mão de qualquer diferencial em matéria de partido, alinhando-se com figuras que se lixam para o interesse público.

Até mesmo o crime organizado parece fazer parte desse plano para bandido não ter medo de ser feliz. E criminosos já colhem benefícios do sistema criado para fazer a justiça andar para trás. A imagem do PT ficou abalada com a obrigação de colar-se aos problemas de Lula e houve também um pesado desgaste por causa da roubalheira instalada nos governos petistas, além de que pesam a incompetência demonstrada no governo federal e a traição às bandeiras históricas que fizeram o partido crescer. O fiasco político em São Paulo é um retrato do que os petistas enfrentarão sucessivamente, a cada eleição.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires‌


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