Francis Ford Coppola filmou o livro e fez de Kurtz um enlouquecido coronel do exército norte-americano, um renegado que exerce uma insana ditadura pessoal em uma região do Camboja. O cineasta transportou a história para a sordidez da guerra que envolveu norte-americanos e vietcongs entre 1964 e 1975. Funciona bem. Mas a geografia do centro da África me parece melhor para caracterizar nossos medos internos.
No filme de Coppola, Marlow torna-se o capitão Willard, na interpretação de um Martin Sheen ainda jovem. No trajeto que faz até a região dominada por Kurz, em missão oficial do exército dos Estados Unidos para matá-lo, Willard vai se encontrando com os traços da sua civilização sobre a região. Não falta nem Rolling Stones. É a mão do cineasta sobre o original de Conrad e também a parte mais forte do filme.
É nessa parte que Coppola cria uma das personagens mais fascinantes do cinema, numa interpretação absolutamente fascinante de Robert Duvall. De chapéu texano e cercado de um aparato mortífero, Duvall faz o comandante de um corpo de cavalaria que destrói com potentes helicópteros uma aldeia vietnamita para poder surfar em uma praia. Duvall está soberbo no papel.
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POR José Pires
No filme de Coppola, Marlow torna-se o capitão Willard, na interpretação de um Martin Sheen ainda jovem. No trajeto que faz até a região dominada por Kurz, em missão oficial do exército dos Estados Unidos para matá-lo, Willard vai se encontrando com os traços da sua civilização sobre a região. Não falta nem Rolling Stones. É a mão do cineasta sobre o original de Conrad e também a parte mais forte do filme.
É nessa parte que Coppola cria uma das personagens mais fascinantes do cinema, numa interpretação absolutamente fascinante de Robert Duvall. De chapéu texano e cercado de um aparato mortífero, Duvall faz o comandante de um corpo de cavalaria que destrói com potentes helicópteros uma aldeia vietnamita para poder surfar em uma praia. Duvall está soberbo no papel.
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