Mas o macaco velho foi pego com a mão na cumbuca. Foram dois vazamentos de conversas telefônicas entre Sarney e um de seus filhos gravados em escuta da Polícia Federal. Um mostra que ele conseguiu informações sigilosas sobre uma investigação sigilosa sobre negócios suspeitos de sua família. A informação teria sido passada pela Agência Brasileira de Inteligência, a notória Abin.
A outra escuta vazada reforça algo já bem conhecido: os meios de comunicação em mãos de políticos, especialmente o rádio e a televisão, são nada mais que instrumentos para a perpetuação de oligarquias locais. É assim em muitas cidades e isso só vai ser resolvido quando a solução sair das mãos dos políticos.
Mas é o caso de engolirmos uns salgadinhos chips às avessas. Em um país com funcionamento mínimo das instituições as duas gravações levariam a um processo de cassação de Sarney e a instalação de um processo de mudança total na concessão de rádio e televisão, mas acontece que num país assim Sarney não existiria e tampouco sua família teria a concessão da TV Globo no estado do Maranhão, além de rádios e o jornal diário da capital.
Então nada vai acontecer? Também não podemos pensar assim, senão só nos restaria tentar convencer a ministra Dilma Roussef (ou aquele outro revolucionário, o José Dirceu) a largar esse negócio de candidatura à presidência para montarmos uma célula revolucionária armada. As denúncias sobre Sarney acabam, no mínimo, armando um cenário menos tranquilo para essa gente. E também vai colocando sua vitória no Senado em seu devido nível, o da sarjeta mais suja, ao lado de aliados como Renan Calheiros.
A coisa anda, aos poucos como é usual no Brasil, mas pelo menos não estamos indo para trás. Não levou nem uma semana para o senador do Maranhão eleito pelo Amapá ser reconduzido à sua verdadeira condição de cacique político provinciano. Não pode mais falar como estadista, como já vinha tentando fazer na condição de presidente do Senado.
É chato para Sarney, homem de enormes pretensões, inclusive no plano literário — tão tolo em sua vaidade que até está fazendo um memorial sobre ele mesmo em São Luís —, saber que o objeto mais marcante da família ainda é a escrivaninha onde a filha Roseana e o marido Murad guardavam R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo. Será que vão exibir a gaveta no memorial dele?
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POR José Pires
A outra escuta vazada reforça algo já bem conhecido: os meios de comunicação em mãos de políticos, especialmente o rádio e a televisão, são nada mais que instrumentos para a perpetuação de oligarquias locais. É assim em muitas cidades e isso só vai ser resolvido quando a solução sair das mãos dos políticos.
Mas é o caso de engolirmos uns salgadinhos chips às avessas. Em um país com funcionamento mínimo das instituições as duas gravações levariam a um processo de cassação de Sarney e a instalação de um processo de mudança total na concessão de rádio e televisão, mas acontece que num país assim Sarney não existiria e tampouco sua família teria a concessão da TV Globo no estado do Maranhão, além de rádios e o jornal diário da capital.
Então nada vai acontecer? Também não podemos pensar assim, senão só nos restaria tentar convencer a ministra Dilma Roussef (ou aquele outro revolucionário, o José Dirceu) a largar esse negócio de candidatura à presidência para montarmos uma célula revolucionária armada. As denúncias sobre Sarney acabam, no mínimo, armando um cenário menos tranquilo para essa gente. E também vai colocando sua vitória no Senado em seu devido nível, o da sarjeta mais suja, ao lado de aliados como Renan Calheiros.
A coisa anda, aos poucos como é usual no Brasil, mas pelo menos não estamos indo para trás. Não levou nem uma semana para o senador do Maranhão eleito pelo Amapá ser reconduzido à sua verdadeira condição de cacique político provinciano. Não pode mais falar como estadista, como já vinha tentando fazer na condição de presidente do Senado.
É chato para Sarney, homem de enormes pretensões, inclusive no plano literário — tão tolo em sua vaidade que até está fazendo um memorial sobre ele mesmo em São Luís —, saber que o objeto mais marcante da família ainda é a escrivaninha onde a filha Roseana e o marido Murad guardavam R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo. Será que vão exibir a gaveta no memorial dele?
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POR José Pires
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