Colunista bom sempre traz informação de qualidade e, não raro, um furo de reportagem. É o que Janio de Freitas traz hoje em sua coluna na Folha de S. Paulo, onde revela a prisão de um líder da Al Qaeda em São Paulo.
Destaco do texto, que publico na íntegra, o trecho onde o colunista diz o seguinte: "A escolha de São Paulo pela Al Qaeda parece decorrer, ao menos em parte, da conjunção de neutralidade simpática do governo brasileiro ante os países islâmicos".
Eu diria que há bem mais que neutralidade simpática do governo brasileiro, não só ante os países islâmicos no geral, mas também com países com uma participação ativa no estímulo ao terror internacional, como é o caso do estranho namoro da nossa diplomacia com o Irã.
Existe mesmo uma simpatia extremada e que se espalha pela rede política e de informação oficiosa e oficial do governo petista. Não é de hoje a simpatia da esquerda com países islâmicos onde, ironicamente, esta própria esquerda não teria vez. Já teriam sido presos ou mortos há muito tempo. O Irã é um país onde indiscutivelmente não existe ditabranda. A ironia cresce quando a gente vê até mulheres de esquerda na defesa de regimes em que a mulher não tem direito algum. É triste. Usam a democracia ocidental para defender um regime onde elas mal poderiam sair de casa.
No episódio da visita do presidente iraniano ao Brasil, por exemplo, a rede governista na internet produziu um grande material defendendo Mahmoud Ahminejad, um racista à frente de uma autocracia antidemocrática.
Bem, o resultado desse caldo de cultura já está se vendo. Como lembra Janio de Freitas, na região de Fóz do Iguaçu, área das três fronteiras no Sul do país, a presença de militãncia islâmica já parece ser forte. E agora surge isso em São Paulo.
Pode ser o perigo do terror internacional se instalando no Brasil.
O texto do colunista da Folha está abaixo.
......................
POR José Pires
Destaco do texto, que publico na íntegra, o trecho onde o colunista diz o seguinte: "A escolha de São Paulo pela Al Qaeda parece decorrer, ao menos em parte, da conjunção de neutralidade simpática do governo brasileiro ante os países islâmicos".
Eu diria que há bem mais que neutralidade simpática do governo brasileiro, não só ante os países islâmicos no geral, mas também com países com uma participação ativa no estímulo ao terror internacional, como é o caso do estranho namoro da nossa diplomacia com o Irã.
Existe mesmo uma simpatia extremada e que se espalha pela rede política e de informação oficiosa e oficial do governo petista. Não é de hoje a simpatia da esquerda com países islâmicos onde, ironicamente, esta própria esquerda não teria vez. Já teriam sido presos ou mortos há muito tempo. O Irã é um país onde indiscutivelmente não existe ditabranda. A ironia cresce quando a gente vê até mulheres de esquerda na defesa de regimes em que a mulher não tem direito algum. É triste. Usam a democracia ocidental para defender um regime onde elas mal poderiam sair de casa.
No episódio da visita do presidente iraniano ao Brasil, por exemplo, a rede governista na internet produziu um grande material defendendo Mahmoud Ahminejad, um racista à frente de uma autocracia antidemocrática.
Bem, o resultado desse caldo de cultura já está se vendo. Como lembra Janio de Freitas, na região de Fóz do Iguaçu, área das três fronteiras no Sul do país, a presença de militãncia islâmica já parece ser forte. E agora surge isso em São Paulo.
Pode ser o perigo do terror internacional se instalando no Brasil.
O texto do colunista da Folha está abaixo.
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POR José Pires
Al Qaeda no Brasil
Janio de Freitas, Folha de S. Paulo
ESTÁ PRESO no Brasil, sob sigilo rigoroso, um integrante da alta hierarquia da Al Qaeda.
A prisão foi feita pela Polícia Federal em São Paulo, onde o terrorista estava fixado e em operações de âmbito internacional. Não consta, porém, que desenvolvesse alguma atividade relacionada a ações de terror no Brasil.
A importância do preso se revela no grau de sua responsabilidade operacional: o setor de comunicações internacionais da Al Qaeda. Tal atividade sugere provável relação entre recentes êxitos do FBI e a prisão aparentemente anterior feita em São Paulo. Há cinco dias, o FBI prendeu por antecipação os incumbidos de vários atentados iminentes nos Estados Unidos, inclusive em Nova York.
A cautela para preservação do sigilo fez a Polícia Federal atribuir a prisão, até mesmo para efeito interno, a investigações sobre células de neonazistas. Só o governo dos Estados Unidos tem informações do ocorrido em São Paulo, mesmo porque o FBI e o grupo americano antiterrorismo têm agentes no Brasil em ação conjunta com a Polícia Federal.
A escolha de São Paulo pela Al Qaeda parece decorrer, ao menos em parte, da conjunção de neutralidade simpática do governo brasileiro ante os países islâmicos e de inexistir, aqui, obsessão (e motivos para tê-la) antiterrorista. São Paulo, por sua vez, como a máfia, a camorra e coirmãs têm demonstrado, proporciona as condições populacionais e urbanísticas para desaparecer-se no gigantismo geral. O que, já nos anos 60-70, fizera os movimentos de luta armada a escolherem para seu campo de ação preferencial.
Por menos que a atividade do agora preso tivesse a ver com o Brasil, do ponto de vista brasileiro há um aspecto grave na constatação de sua presença aqui. Só Foz do Iguaçu, por estar na chamada Tríplice Fronteira, era vagamente citada como possível local de apoiadores de movimentos islâmicos. Com a presença ativa de um integrante da Al Qaeda em São Paulo, o Brasil entra no mapa das fixações internacionais do antiterrorismo. E nisso só há inconvenientes.
A prisão foi feita pela Polícia Federal em São Paulo, onde o terrorista estava fixado e em operações de âmbito internacional. Não consta, porém, que desenvolvesse alguma atividade relacionada a ações de terror no Brasil.
A importância do preso se revela no grau de sua responsabilidade operacional: o setor de comunicações internacionais da Al Qaeda. Tal atividade sugere provável relação entre recentes êxitos do FBI e a prisão aparentemente anterior feita em São Paulo. Há cinco dias, o FBI prendeu por antecipação os incumbidos de vários atentados iminentes nos Estados Unidos, inclusive em Nova York.
A cautela para preservação do sigilo fez a Polícia Federal atribuir a prisão, até mesmo para efeito interno, a investigações sobre células de neonazistas. Só o governo dos Estados Unidos tem informações do ocorrido em São Paulo, mesmo porque o FBI e o grupo americano antiterrorismo têm agentes no Brasil em ação conjunta com a Polícia Federal.
A escolha de São Paulo pela Al Qaeda parece decorrer, ao menos em parte, da conjunção de neutralidade simpática do governo brasileiro ante os países islâmicos e de inexistir, aqui, obsessão (e motivos para tê-la) antiterrorista. São Paulo, por sua vez, como a máfia, a camorra e coirmãs têm demonstrado, proporciona as condições populacionais e urbanísticas para desaparecer-se no gigantismo geral. O que, já nos anos 60-70, fizera os movimentos de luta armada a escolherem para seu campo de ação preferencial.
Por menos que a atividade do agora preso tivesse a ver com o Brasil, do ponto de vista brasileiro há um aspecto grave na constatação de sua presença aqui. Só Foz do Iguaçu, por estar na chamada Tríplice Fronteira, era vagamente citada como possível local de apoiadores de movimentos islâmicos. Com a presença ativa de um integrante da Al Qaeda em São Paulo, o Brasil entra no mapa das fixações internacionais do antiterrorismo. E nisso só há inconvenientes.
http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/noticias-do-site/criminal/26-05-09-2013-investigacao-nao-comprovou-que-preso-em-sp-e-membro-da-al-qaeda
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