quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Um pelo outro
Como era previsível, foi demitido o ministro da tapioca. Está bem, está bem, pediu demissão o ministro da tapioca; no Brasil ministro nunca é mandado embora mesmo quando o som do pé na bunda em Brasília é escutado no país todo. No entanto, a demissão de Orlando Silva só vai fazer bem para a história da música popular brasileira. Um só Orlando Silva já está de bom tamanho para o Brasil. E o pequeno político estava fazendo um mal danado para a a glória conquistada pelo cantor das multidões.
Para a ética e o bom desempenho do ministério sua saída tem pouco significado, já que o ministério continua entre camaradas.
Mas, ao menos vai acabar aquela confusão da gente buscar no Google o cantor das mutidões e encontrar o ministro das corrupções. Estava até chato ver enlameado este nome tão ilustre da nossa cultura, mas tudo indica que esta dano será sanado. Sem poder, o pequeno Orlando Silva será jogado de vez para a faixa do baixo clero político de onde nunca deveria ter saído.
Para a ética e o bom desempenho do ministério sua saída tem pouco significado, já que o ministério continua entre camaradas.
Mas, ao menos vai acabar aquela confusão da gente buscar no Google o cantor das mutidões e encontrar o ministro das corrupções. Estava até chato ver enlameado este nome tão ilustre da nossa cultura, mas tudo indica que esta dano será sanado. Sem poder, o pequeno Orlando Silva será jogado de vez para a faixa do baixo clero político de onde nunca deveria ter saído.
Orlando Silva, o pequeno, foi-se ontem, mas há nove dias eu já revelava aqui no blog que seu futuro era muito previsível e de indestrutível ele não tinha nada. Veja ao lado o, modestamente, profético cartum.
Mas, volto a dizer, com essa demissão só ganha mesmo a MPB. O ministério do Esporte continua com o partido que vem armando o esquema de corrupção desde o início do governo Lula. É o notório PCdoB, ou PCdaB, nome muito mais apropriado para uma militância que vive de boquinhas. Nomeado no lugar do camarada, o comunista Aldo Rebelo é uma das figuras centrais do PCdoB.
Há muitos anos ele detém muito poder no partido e é também um dos políticos mais experientes do país. Duvido que se faça algo no PCdoB ou em nome do PCdoB que Rebelo não saiba. É impossível que ele desconheça as maracutaias praticadas por seu camarada Orlando Silva e as variadas ONGs dependuradas no seu partido.
Se nada fez até agora contra a corrupção como líder do PCdoB e nem como representante de seu eleitorado, Aldo Rebelo é conivente. Pode ser também coisa pior.
O deputado Rebelo só muda de campo. Ajudava no jogo bruto dos ruralistas para desmontar regras de defesa do meio ambiente e agora vai reforçar o time dos cartolas. É uma mudança de campo, mas seu passe continua servindo ao mesmo tipo de interesse que destrói há tanto tempo este país.
Sua nomeação mostra que, como sempre, mudam o ministro mas não mexem no jogo. O que é também usual neste governo. E o jogo que rola no ministério dos Esportes é de deixar envergonhado até juiz ladrão.
Bem, pelo menos foi salva a honorabilidade do nome Orlando Silva. Para a memória brasileira não deixa de ser um bom acontecimento.
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POR José Pires
Mas, volto a dizer, com essa demissão só ganha mesmo a MPB. O ministério do Esporte continua com o partido que vem armando o esquema de corrupção desde o início do governo Lula. É o notório PCdoB, ou PCdaB, nome muito mais apropriado para uma militância que vive de boquinhas. Nomeado no lugar do camarada, o comunista Aldo Rebelo é uma das figuras centrais do PCdoB.
Há muitos anos ele detém muito poder no partido e é também um dos políticos mais experientes do país. Duvido que se faça algo no PCdoB ou em nome do PCdoB que Rebelo não saiba. É impossível que ele desconheça as maracutaias praticadas por seu camarada Orlando Silva e as variadas ONGs dependuradas no seu partido.
Se nada fez até agora contra a corrupção como líder do PCdoB e nem como representante de seu eleitorado, Aldo Rebelo é conivente. Pode ser também coisa pior.
O deputado Rebelo só muda de campo. Ajudava no jogo bruto dos ruralistas para desmontar regras de defesa do meio ambiente e agora vai reforçar o time dos cartolas. É uma mudança de campo, mas seu passe continua servindo ao mesmo tipo de interesse que destrói há tanto tempo este país.
Sua nomeação mostra que, como sempre, mudam o ministro mas não mexem no jogo. O que é também usual neste governo. E o jogo que rola no ministério dos Esportes é de deixar envergonhado até juiz ladrão.
Bem, pelo menos foi salva a honorabilidade do nome Orlando Silva. Para a memória brasileira não deixa de ser um bom acontecimento.
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POR José Pires
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Uma contribuição aos comunistas
Muito bem, companheiros! Para concluir o debate deixo à disposição do partido minha sugestão de logomarca para esta nova situação revolucionária que se apresenta. Não é uma proposta de mudança de objetivos. Ao contrário, a logomarca visa abarcar a contínua ampliação da estratégica colocação da nossa militância em postos de alargamento dos horizontes do socialismo.
O nome do partido continua o mesmo e a sigla histórica permanece. É o PCdoB de sempre. A nova logomarca (PCdaB, com o significado de Partido Comunista da Boquinha) deve servir apenas como uma marca de fantasia, para estabelecermos força na área do marketing, uma das invenções mais maléficas do capitalismo, mas que, no entanto, é preciso dominar até a derrocada final do capital e a instalação do proletariado no poder.
Está aí minha proposta ao partido, uma logomarca que ofereço totalmente gratuita, sem a necessidade de sequer uma tapioca. É minha contribuição voluntária ao comunismo.
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POR José Pires
terça-feira, 25 de outubro de 2011
O perigoso partido comunista que virou piada
A revista Época dessa semana veio com uma capa boa sobre o envolvimento do PCdoB com a corrupção. Está na imagem acima. O logotipo ao lado (do PcdaB) não é da revista; é uma criação minha sobre um post que publiquei em fevereiro deste ano, quando disse que em vez de PCdoB uma sigla muito melhor seria PCdaB, já que este é o Partido Comunista da Boquinha.
Pelo país afora o PCdoB vive dependurado em variadas bocas em cargos públicos onde quer que eles estejam, independente da cor partidária do prefeito ou do governador. Tampouco estão preocupados com padrões de honestidade. O importante é alojar a militância. Com as descobertas dos esquemas no ministério do esporte ficou escancarada nacionalmente a razão do apego dos comunistas da boquinha a qualquer cargo, mas isso não é novidade para quem acompanha a política nos municípios brasileiros. É difícil encontrar uma cidade onde o PCdoB não tenha sua boquinha. Onde tem o partido, os comunistas arrumam logo uma boquinha.
A capa da Época é uma boa surpresa. Hoje em dia o jornalismo tem sido feito sem criatividade e sem originalidade, de tal forma que muitas vezes é difícil até diferenciar as publicações. Os sites seguem a mesma linha de mesmice. A capa é boa também pelo uso do humor, com um acerto no uso da sigla dos militantes que só pensam em encher o bolso. É uma capa gráfica, trabalhada tecnicamente com cores chapadas. Parece pouco, mas é de se dar vivas quando o pessoal não abusa dos relevos, sombras, brilhos, aquela lambança amadorística que se faz em artes gráficas com computador.
O logotipo do PCdaB é minha contribuição a este partido de história lamentável, independente dessa corrupção que surge agora. Veja ao lado a figurinha que publiquei no início deste ano sugerindo a mudança de da sigla para "PCdaB".
Já surgem matérias na imprensa sobre o desconforto de antigos militantes com o que o PCdoB vem fazendo. Demorou bastante. Nem era preciso aparecer os esquemas do ministério do Esporte para alguém sentir vergonha de ter estado próximo deste partido. Desinformação não poder ser. Então foi conivência forçada por alguma oportunidade política.
Vi pelo menos um militante histórico alegar que essas notícias mancham a história do partido. E não foi só num texto que vi também a referência ao PCdoB como um partido que se comportou com "heroísmo" em nossa história.
Bem, é indiscutível que o partido teve muita gente morta pela ditadura militar, em casos que exigiriam um esclarecimento rigoroso se não tivessem acontecido num país como o nosso. Mas acho difícil que possa haver um resgate com seriedade da nossa história depois da avidez de boa parte dos esquerdistas pelas polpudas e na maior parte injustas indenizações em dinheiro.
Partido que hoje é da boquinha
foi de um stalinismo tão feroz que
até trocou a China pela Albânia
Não vejo heroísmo algum nesse partido. Ao contrário, quando na década de 70 se buscava conquistar a democracia no Brasil pela via da legalidade, o PCdoB estava na luta armada na Amazônia, com a conhecida guerrilha do Araguaia. Foi uma ação que acabou sendo providencial para as justificativas do fechamento do regime e da repressão até sobre quem nada tinha a ver com o comunismo e nem com a luta armada.
Foram cometidas atrocidades no Araguaia, disso não dá para ter dúvidas. Deveriam ser encaminhadas investigações sérias sobre este assunto. Até os militares deveriam ter esse interesse, pois se era certo o combate à luta armada promovida pelo PCdoB no Araguaia, os abusos que lá ocorreram mancham a história do Exército Brasileiro.
Mas sempre é bom lembrar e deixar firmado em nossa História que aquela guerrilha, tanto quanto todas as outras que ocorreram em nosso país, não estavam sendo feita em defesa da democracia no país. A ação armada no Araguaia podia até ser contra a ditadura militar, mas o objetivo do PCdoB era o de implantar uma ditadura militar no Brasil.
Naquele tempo o partido se guiava pelo maoísmo, o que prometia medidas duras caso obtivessem sucesso. O número de mortos pelo regime chinês chega a 65 milhões, inclusive com milhões morrendo de fome em razão de políticas econômicas absurdas impostas sem a possibilidade de discussão alguma. E era esta a ideologia que seria aplicada aqui com o sucesso da guerrilha dos comunistas.
No mesmo período da luta armada no Araguaia, o PCdoB também já discutia o rompimento com a China. O partido começava a achar brando demais o regime comunista chinês. Bandeavam-se então para o regime comunista da Albânia, o "farol do socialismo", conforme propagandeava sua militância no Brasil. A ligação com o regime comunista da Albânia era basicamente pela ligação férrea com o stalinismo. Até 1981 o líder albanês Enver Hoxha ainda estava ordenando a execução de dirigentes do partido. Quando o regime acabou em 1992 a Albânia era o país mais pobre da Europa.
Quando os militares brasileiros caíram em cima dos guerrilheiros do partido embrenhados na Amazônia foi para a Albânia que correu o dirigente máximo do partido, João Amazonas. Se o nosso passado recente tem que ser discutido, as responsabilidades históricas dos comunistas também devem ser colocadas de forma clara e verdadeira nesse debate. Existem inclusive posições muito bem fundamentadas de gente que acusa a direção de então do PCdoB de ter abandonado sua militância nas selvas.
O Partido Comunista da Boquinha já foi muito perigoso. Sua origem vem de um fato muito importante na história mundial e que marcou bastante a esquerda: a denúncia dos crimes de Stálin, feita por Nikita Kruschev. Mesmo com os próprios dirigentes soviéticos assumindo a denúncia do caráter criminoso do regime presidido por Stálin, isso não foi aceito pelos comunistas que formaram o PCdoB. O PCdoB nasceu de uma cisão provocada por esta discussão. De um lado ficaram os comunistas que formaram o PCB e do outro o pessoal do PCdoB. E até hoje o partido tem Stálin como um grande estadista. Os fatos indicam também que parecem ter uma queda também por Al Capone.
É menos perigoso agora que estes comunistas estejam mais preocupados em lutar por boquinhas. Mas sempre é bom ter a consciência de que se não tivessem sido impedidos de tomar o poder no passado teriam feito um mal para o Brasil em nada comparável com o que foi provocado pela ditadura militar. São larápios, mas sempre perigosos. E já que estamos numa época em que se fala bastante em faxina, já passou da hora desse partido ser mandado para o lixo da história.
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POR José Pires
Pelo país afora o PCdoB vive dependurado em variadas bocas em cargos públicos onde quer que eles estejam, independente da cor partidária do prefeito ou do governador. Tampouco estão preocupados com padrões de honestidade. O importante é alojar a militância. Com as descobertas dos esquemas no ministério do esporte ficou escancarada nacionalmente a razão do apego dos comunistas da boquinha a qualquer cargo, mas isso não é novidade para quem acompanha a política nos municípios brasileiros. É difícil encontrar uma cidade onde o PCdoB não tenha sua boquinha. Onde tem o partido, os comunistas arrumam logo uma boquinha.
A capa da Época é uma boa surpresa. Hoje em dia o jornalismo tem sido feito sem criatividade e sem originalidade, de tal forma que muitas vezes é difícil até diferenciar as publicações. Os sites seguem a mesma linha de mesmice. A capa é boa também pelo uso do humor, com um acerto no uso da sigla dos militantes que só pensam em encher o bolso. É uma capa gráfica, trabalhada tecnicamente com cores chapadas. Parece pouco, mas é de se dar vivas quando o pessoal não abusa dos relevos, sombras, brilhos, aquela lambança amadorística que se faz em artes gráficas com computador.
O logotipo do PCdaB é minha contribuição a este partido de história lamentável, independente dessa corrupção que surge agora. Veja ao lado a figurinha que publiquei no início deste ano sugerindo a mudança de da sigla para "PCdaB".
Já surgem matérias na imprensa sobre o desconforto de antigos militantes com o que o PCdoB vem fazendo. Demorou bastante. Nem era preciso aparecer os esquemas do ministério do Esporte para alguém sentir vergonha de ter estado próximo deste partido. Desinformação não poder ser. Então foi conivência forçada por alguma oportunidade política.
Vi pelo menos um militante histórico alegar que essas notícias mancham a história do partido. E não foi só num texto que vi também a referência ao PCdoB como um partido que se comportou com "heroísmo" em nossa história.
Bem, é indiscutível que o partido teve muita gente morta pela ditadura militar, em casos que exigiriam um esclarecimento rigoroso se não tivessem acontecido num país como o nosso. Mas acho difícil que possa haver um resgate com seriedade da nossa história depois da avidez de boa parte dos esquerdistas pelas polpudas e na maior parte injustas indenizações em dinheiro.
Partido que hoje é da boquinha
foi de um stalinismo tão feroz que
até trocou a China pela Albânia
Não vejo heroísmo algum nesse partido. Ao contrário, quando na década de 70 se buscava conquistar a democracia no Brasil pela via da legalidade, o PCdoB estava na luta armada na Amazônia, com a conhecida guerrilha do Araguaia. Foi uma ação que acabou sendo providencial para as justificativas do fechamento do regime e da repressão até sobre quem nada tinha a ver com o comunismo e nem com a luta armada.
Foram cometidas atrocidades no Araguaia, disso não dá para ter dúvidas. Deveriam ser encaminhadas investigações sérias sobre este assunto. Até os militares deveriam ter esse interesse, pois se era certo o combate à luta armada promovida pelo PCdoB no Araguaia, os abusos que lá ocorreram mancham a história do Exército Brasileiro.
Mas sempre é bom lembrar e deixar firmado em nossa História que aquela guerrilha, tanto quanto todas as outras que ocorreram em nosso país, não estavam sendo feita em defesa da democracia no país. A ação armada no Araguaia podia até ser contra a ditadura militar, mas o objetivo do PCdoB era o de implantar uma ditadura militar no Brasil.
Naquele tempo o partido se guiava pelo maoísmo, o que prometia medidas duras caso obtivessem sucesso. O número de mortos pelo regime chinês chega a 65 milhões, inclusive com milhões morrendo de fome em razão de políticas econômicas absurdas impostas sem a possibilidade de discussão alguma. E era esta a ideologia que seria aplicada aqui com o sucesso da guerrilha dos comunistas.
No mesmo período da luta armada no Araguaia, o PCdoB também já discutia o rompimento com a China. O partido começava a achar brando demais o regime comunista chinês. Bandeavam-se então para o regime comunista da Albânia, o "farol do socialismo", conforme propagandeava sua militância no Brasil. A ligação com o regime comunista da Albânia era basicamente pela ligação férrea com o stalinismo. Até 1981 o líder albanês Enver Hoxha ainda estava ordenando a execução de dirigentes do partido. Quando o regime acabou em 1992 a Albânia era o país mais pobre da Europa.
Quando os militares brasileiros caíram em cima dos guerrilheiros do partido embrenhados na Amazônia foi para a Albânia que correu o dirigente máximo do partido, João Amazonas. Se o nosso passado recente tem que ser discutido, as responsabilidades históricas dos comunistas também devem ser colocadas de forma clara e verdadeira nesse debate. Existem inclusive posições muito bem fundamentadas de gente que acusa a direção de então do PCdoB de ter abandonado sua militância nas selvas.
O Partido Comunista da Boquinha já foi muito perigoso. Sua origem vem de um fato muito importante na história mundial e que marcou bastante a esquerda: a denúncia dos crimes de Stálin, feita por Nikita Kruschev. Mesmo com os próprios dirigentes soviéticos assumindo a denúncia do caráter criminoso do regime presidido por Stálin, isso não foi aceito pelos comunistas que formaram o PCdoB. O PCdoB nasceu de uma cisão provocada por esta discussão. De um lado ficaram os comunistas que formaram o PCB e do outro o pessoal do PCdoB. E até hoje o partido tem Stálin como um grande estadista. Os fatos indicam também que parecem ter uma queda também por Al Capone.
É menos perigoso agora que estes comunistas estejam mais preocupados em lutar por boquinhas. Mas sempre é bom ter a consciência de que se não tivessem sido impedidos de tomar o poder no passado teriam feito um mal para o Brasil em nada comparável com o que foi provocado pela ditadura militar. São larápios, mas sempre perigosos. E já que estamos numa época em que se fala bastante em faxina, já passou da hora desse partido ser mandado para o lixo da história.
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POR José Pires
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
A promessa de boa gestão ficou lá atrás nos palanques
Leio por aí que a presidente Dilma Rousseff determinou uma “auditoria informal” no ministério do Esporte onde labuta o outro Orlando Silva, não o da música, mas o notório ministro da tapioca e, vê-se agora, de tantas mumunhas que até é chamado de “bandido” por um militante de seu partido, o também notório PCdoB.
Não vale a pena se estender sobre o significado de “auditoria informal”. Talvez seja uma liberdade no traje dos auditores, que seriam autorizados a fuçar nos arquivos do ministério em trajes esportivos, talvez até com uma ou outra camiseta da Seleção Brasileira, como se fosse um churrasco de fim-de-semana. Auditoria com adjetivo é novidade.
Mas espera aí, o ministério é só do Orlando Silva (ou do PCdoB, naquele estilo de “cota intransferível” de que são feitos os governos) ou é também da presidência da República?
A Folha de S. Paulo informa que Dilma mandou a Controladoria-Geral da União fazer uma varredura nas ações e contratos da pasta que foram alvo de denúncias. Pois isso mostra que o governo não tem controle algum do que se passa nos ministérios, até porque nenhuma das denúncias se refere a contratos de tostões. São sempre milhões e bota milhão nisso.
Dilma não sabe o que se passa no ministério do Esporte em contratos importantíssimos, alguns até de interesse internacional? Se precisa fazer uma auditoria quando a imprensa revela irregularidades é sinal de que não acompanha o que acontece por lá.
A situação é ainda mais estranha pelo fato de estarmos falando de alguém (Dilma e não o homônimo do cantor das multidões) com fama construída de grande gestora e que veio do gabinete da Casa-Civil.
Basta passar no site da Casa Civil para ver, na definição da competência da Pasta, que tem algo muito errado nessa conversa de uma auditoria feita às pressas pela Controladoria-Geral da União.
Todo texto sobre a competência do órgão trata do controle dos negócios públicos, mas o sétimo item é bem específico. Está lá: “VII - avaliação da ação governamental e do resultado da gestão dos administradores, no âmbito dos órgãos integrantes da Presidência da República e Vice-Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial”.
Neste caso especificamente temos não só a fama de gestora de Dilma, que foi material de propaganda na campanha eleitoral e nos dois anos anteriores à eleição, quando o então presidente Lula andou pelo país todo com ela dizendo que nisso a pupila era o máximo, mas também a qualidade que tentam colar á imagem da atual ocupante da Casa Civil, a paranaense Gleisi Hoffmann.
Esta é a história que venderam. Gestão, nos palanques eleitorais se falava muito disso. Mas o que se vê é que nenhuma das duas (uma que já esteve na Casa Civil e foi para a presidência da República, outra que afirma ter feito uma revolução administrativa em Itaipu) possui o senso de organização suficiente para acompanhar de perto este e aquele ministério e também aquele outro — ou pelo menos ter o controle dos assuntos de maior importância ou de maior custo para os cofres públicos.
Dá a impressão de que em administração as duas seguem o método Edison Lobão, o nosso ministro da Energia que está lá na moita, só gastando. Logo mais pode aparecer, para surpresa das nossas gestoras, alguma coisa do lado do nosso ministro atômico. Na época em que nomeado por Lula para um ministério que cuida de assuntos dos quais ele não entende nada, Lobão argumentou com os jornalistas que isso não era problema: ele já estava se ambientando nesse negócio de energia pelos jornais.
Tanto Dilma quando Gleisi Hoffmann, cada uma em sua área de responsabilidade, só ficam sabendo pela imprensa dos desarranjos feitos pelo PCdoB na pasta do Esporte. E todo dia aparece uma maracutaia nova.
Os trambiques encontrados no Ministério do Esporte mostram que apesar de intituladas de sapiências em gestão pelos companheiros, Dilma e Gleisi não cuidam nem do básico em administração, que é conferir as notas fiscais.
.......................
POR José Pires
Não vale a pena se estender sobre o significado de “auditoria informal”. Talvez seja uma liberdade no traje dos auditores, que seriam autorizados a fuçar nos arquivos do ministério em trajes esportivos, talvez até com uma ou outra camiseta da Seleção Brasileira, como se fosse um churrasco de fim-de-semana. Auditoria com adjetivo é novidade.
Mas espera aí, o ministério é só do Orlando Silva (ou do PCdoB, naquele estilo de “cota intransferível” de que são feitos os governos) ou é também da presidência da República?
A Folha de S. Paulo informa que Dilma mandou a Controladoria-Geral da União fazer uma varredura nas ações e contratos da pasta que foram alvo de denúncias. Pois isso mostra que o governo não tem controle algum do que se passa nos ministérios, até porque nenhuma das denúncias se refere a contratos de tostões. São sempre milhões e bota milhão nisso.
Dilma não sabe o que se passa no ministério do Esporte em contratos importantíssimos, alguns até de interesse internacional? Se precisa fazer uma auditoria quando a imprensa revela irregularidades é sinal de que não acompanha o que acontece por lá.
A situação é ainda mais estranha pelo fato de estarmos falando de alguém (Dilma e não o homônimo do cantor das multidões) com fama construída de grande gestora e que veio do gabinete da Casa-Civil.
Basta passar no site da Casa Civil para ver, na definição da competência da Pasta, que tem algo muito errado nessa conversa de uma auditoria feita às pressas pela Controladoria-Geral da União.
Todo texto sobre a competência do órgão trata do controle dos negócios públicos, mas o sétimo item é bem específico. Está lá: “VII - avaliação da ação governamental e do resultado da gestão dos administradores, no âmbito dos órgãos integrantes da Presidência da República e Vice-Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial”.
Neste caso especificamente temos não só a fama de gestora de Dilma, que foi material de propaganda na campanha eleitoral e nos dois anos anteriores à eleição, quando o então presidente Lula andou pelo país todo com ela dizendo que nisso a pupila era o máximo, mas também a qualidade que tentam colar á imagem da atual ocupante da Casa Civil, a paranaense Gleisi Hoffmann.
Esta é a história que venderam. Gestão, nos palanques eleitorais se falava muito disso. Mas o que se vê é que nenhuma das duas (uma que já esteve na Casa Civil e foi para a presidência da República, outra que afirma ter feito uma revolução administrativa em Itaipu) possui o senso de organização suficiente para acompanhar de perto este e aquele ministério e também aquele outro — ou pelo menos ter o controle dos assuntos de maior importância ou de maior custo para os cofres públicos.
Dá a impressão de que em administração as duas seguem o método Edison Lobão, o nosso ministro da Energia que está lá na moita, só gastando. Logo mais pode aparecer, para surpresa das nossas gestoras, alguma coisa do lado do nosso ministro atômico. Na época em que nomeado por Lula para um ministério que cuida de assuntos dos quais ele não entende nada, Lobão argumentou com os jornalistas que isso não era problema: ele já estava se ambientando nesse negócio de energia pelos jornais.
Tanto Dilma quando Gleisi Hoffmann, cada uma em sua área de responsabilidade, só ficam sabendo pela imprensa dos desarranjos feitos pelo PCdoB na pasta do Esporte. E todo dia aparece uma maracutaia nova.
Os trambiques encontrados no Ministério do Esporte mostram que apesar de intituladas de sapiências em gestão pelos companheiros, Dilma e Gleisi não cuidam nem do básico em administração, que é conferir as notas fiscais.
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POR José Pires
Descuidando do dinheiro público
Escrevi sobre as denúncias da imprensa em junho de 2009. Desde lá, qualquer gestor sério ficaria de olho nos negócios dessa ONG com o governo, mas não é o que fez Dilma. Até eu, que não tenho outra responsabilidade neste assunto que trazer para os leitores alguma informação, sou acossado pela militância comunista desde então.
A militância do PCdoB é aguerrida neste negócio de denúncia de corrupção. São contra. No post em que falo dessa ONG com o estranho nome de "Pra Frente Brasil" e que é recordista em ganhar dinheiro sempre está pingando um comentário anônimo me xingando.
Por causa de palavrões tive que cortar quase todas. Como pode ser visto aqui ficou apenas uma delas para mostrar como é o nível da militância.
É claro que se eu fosse um grande gestor teria de justificar a fama mandando vir para a minha mesa tudo que se refere aos, digamos assim, trabalhos dessa ONG. Faria questão de conferir a nota fiscal de cada tapioca.
Mas não é o que faz a "gestora" Dilma. E digo isso não para cumprir minha obrigação de falar mal do governo (qualquer governo, viu colegas?). São fatos. Essa mesma Pra Frente Brasil de nome tão estranho também está envolvida nas inúmeras denúncias de corrupção que aparecem novamente e não é só a Veja que diz isso.
O próprio ministro Orlando Silva foi obrigado a concordar que tem caroço nesse angu. Ou melhor, caroço na tapioca. No último domingo ele disse que vai “examinar mais uma vez os relatórios” feitos pela Pra Frente Brasil. Ele acha que podem haver “falhas” (nossa! Como se gastam aspas com este governo), mas garantiu que vai "investigar, apurar e checar todos os dados". E disse mais: "Os responsáveis serão punidos". Foi no Fantástico que o ministro disse tudo isso. E será mesmo fantástico se ocorre alguma punição.
A ONG ligada ao PCdoB foi a que mais ganhou dinheiro do Ministério do Esporte. Levou cerca de R$ 28 milhões em seis anos. A denúncia da revista Veja informa que o esquema de irregularidades no ministério teria desviado mais de R$ 40 milhões em oito anos.
Bem, se Dilma não acompanha passo-a-passo os negócios de seu governo com uma ONG que leva R$ 28 milhões, então o que é que ela acompanha?
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POR José Pires
A militância do PCdoB é aguerrida neste negócio de denúncia de corrupção. São contra. No post em que falo dessa ONG com o estranho nome de "Pra Frente Brasil" e que é recordista em ganhar dinheiro sempre está pingando um comentário anônimo me xingando.
Por causa de palavrões tive que cortar quase todas. Como pode ser visto aqui ficou apenas uma delas para mostrar como é o nível da militância.
É claro que se eu fosse um grande gestor teria de justificar a fama mandando vir para a minha mesa tudo que se refere aos, digamos assim, trabalhos dessa ONG. Faria questão de conferir a nota fiscal de cada tapioca.
Mas não é o que faz a "gestora" Dilma. E digo isso não para cumprir minha obrigação de falar mal do governo (qualquer governo, viu colegas?). São fatos. Essa mesma Pra Frente Brasil de nome tão estranho também está envolvida nas inúmeras denúncias de corrupção que aparecem novamente e não é só a Veja que diz isso.
O próprio ministro Orlando Silva foi obrigado a concordar que tem caroço nesse angu. Ou melhor, caroço na tapioca. No último domingo ele disse que vai “examinar mais uma vez os relatórios” feitos pela Pra Frente Brasil. Ele acha que podem haver “falhas” (nossa! Como se gastam aspas com este governo), mas garantiu que vai "investigar, apurar e checar todos os dados". E disse mais: "Os responsáveis serão punidos". Foi no Fantástico que o ministro disse tudo isso. E será mesmo fantástico se ocorre alguma punição.
A ONG ligada ao PCdoB foi a que mais ganhou dinheiro do Ministério do Esporte. Levou cerca de R$ 28 milhões em seis anos. A denúncia da revista Veja informa que o esquema de irregularidades no ministério teria desviado mais de R$ 40 milhões em oito anos.
Bem, se Dilma não acompanha passo-a-passo os negócios de seu governo com uma ONG que leva R$ 28 milhões, então o que é que ela acompanha?
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POR José Pires
Kadhafi acabou sem ter pra onde correr
Kadhafi foi morto e seus filhos capturados. O ex-ditador terminou daquele jeito que pudemos ver em imagens na internet. Percebo em alguns blogs uma estranha indignação com as cenas, alguns falam até em "linchamento", mas sinceramente não é o que aquelas imagens mostram. Podemos até saber mais para diante que fizeram barbaridades, mas nas cenas que foram divulgadas não dá para perceber linchamento algum. O que se vê é Kadhafi muito ferido sendo levado em meio à turba que, cá pra nós, até se comporta com certa ordem, levando em conta que aquilo é uma guerra civil.
Num caso assim é besteira colocar ideologia no primeiro plano. Até se for o caso de agir por ideologia, essa é uma circunstância que exige atenção mais aos fatos. E o que se vê nas imagens é um Kadhafi que parece muito ferido, mas que está sendo conduzido sem violência aparente para algum lugar.
Menos hipocrisia, meus senhores. Em muitos bairros brasileiros, inclusive de grandes cidades, Kadhafi seria morto à pauladas apenas pela suspeita do roubo de um par de tênis. E também é praticamente impossível que seja feito com o ex-ditador algo pior do que ele fez com vários opositores de seu governo.
É claro que não estou propondo que relação alguma seja no olho por olho e dente por dente. Mas é tolice ou má-fé esperar que no meio de uma guerra civil seja obedecida qualquer outra regra que não seja a de eliminar o inimigo. E não se pode esquecer que foi o próprio Kadhafi quem criou durante 40 anos as condições desumanas da sua própria morte. É uma situação que provavelmente seria vista com pragmatismo até pelo espírito elevado como o de um John Doone, que escreveu aquele maravilhoso poema em que diz que "a morte de qualquer homem me diminui"
É sempre bom desconfiar de qualquer analista político que venha com sentimentalismo na análise de fatos como os que ocorrem na Líbia ou evoque códigos internacionais de relação entre Estados ou respeito aos direitos humanos onde os comportamentos são tribais.
Isso tem sido feito bastante em certos blogs e alguns sites, à esquerda e à direita. É interessante ver como um caso como este acaba juntando lados políticos que no Brasil se pegam ferozmente em outras questões. E o alvo não é outro que não Barack Obama, que fez o prodígio de juntar direita e esquerda no Brasil.
À direita a desventura de Kadhafi é usada para atacar Obama e buscar favorecer o partido Republicano, pois o Brasil tem até malucos, alguns malucos até muito bem capacitados, que torcem pelo partido de Bush, Reagan e Nixon. E à esquerda Kadhafi serve também para requentar conceitos de Guerra Fria, mesmo que hoje em dia falte o lado comunista para dar base a este estranho pensamento.
A queda de Kadhafi criou uma incoerência (mais uma, eu sei) no pensamento de esquerda no Brasil. As insurreições populares lá por aqueles lados são sempre vistas como um avanço no mínimo democrático, mudanças que alguns até reputam como um rumo revolucionário para o mundo. Foi assim no Egito, onde teve gente que viu até um avanço para os direitos das mulheres. Isso até aquela jornalista americana ser estuprada pela multidão de "revolucionários".
Tem gente que vê nesses acontecimentos até uma derrocada do capitalismo, o que é um monumental exagero. Para derrubar o capitalismo em muitos países do Oriente Médio e África primeiro seria preciso implantá-lo.
Mas sobre a Líbia a visão é outra e ela não permite ver em suas brigas internas que acabaram por derrubar o regime nada que não seja só do interesse de grandes potências. É um olhar estranho: na Líbia só se vê trevas, já nos países vizinhos qualquer bando armado é um sinal de luz.
Mas, voltando ao final do regime de Kadhafi, uma olhada no mapa da Líbia que mostra por onde ele passou e onde finalmente teve seu fim, é espantoso perceber que ele não tinha para onde correr. A Argélia tem uma imensa fronteira com a Líbia, mas o ex-ditador não seria de forma alguma acolhido por lá. No vizinho Egito, então, nem pensar. É bem difícil encontrar quem acolha um homem que tem a França e (pior) os Estados Unidos como inimigos. Sempre fica na lembrança que Obama mandou pegar Bin Laden dentro de seu refúgio no Paquistão.
Nem países como o Brasil, cujo presidente dizia que Kadhafi era seu "irmão, amigo e líder". Lula disse isso na própria Líbia durante reunião da Cúpula da União Africana em julho de 2009. Pouco mais de dois anos depois Kadhafi foi morto do jeito que todos vimos.
E ninguém vai perguntar para Lula e até para Dilma Rousseff porque o governo petista não ofereceu asilo para Kadhafi, até mandando buscar de aerolula o ex-ditador caído em desgraça? Não que eu quisesse Kadhafi pegando um sol em alguma praia brasileira como faz o terrorista Battisti, mas uma pergunta dessas é o mínimo que se pede para aferir a qualidade da revolucionária diplomacia petista que tinha o ex-ditador líbio como "amigo, irmão e líder".
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POR José Pires
Num caso assim é besteira colocar ideologia no primeiro plano. Até se for o caso de agir por ideologia, essa é uma circunstância que exige atenção mais aos fatos. E o que se vê nas imagens é um Kadhafi que parece muito ferido, mas que está sendo conduzido sem violência aparente para algum lugar.
Menos hipocrisia, meus senhores. Em muitos bairros brasileiros, inclusive de grandes cidades, Kadhafi seria morto à pauladas apenas pela suspeita do roubo de um par de tênis. E também é praticamente impossível que seja feito com o ex-ditador algo pior do que ele fez com vários opositores de seu governo.
É claro que não estou propondo que relação alguma seja no olho por olho e dente por dente. Mas é tolice ou má-fé esperar que no meio de uma guerra civil seja obedecida qualquer outra regra que não seja a de eliminar o inimigo. E não se pode esquecer que foi o próprio Kadhafi quem criou durante 40 anos as condições desumanas da sua própria morte. É uma situação que provavelmente seria vista com pragmatismo até pelo espírito elevado como o de um John Doone, que escreveu aquele maravilhoso poema em que diz que "a morte de qualquer homem me diminui"
É sempre bom desconfiar de qualquer analista político que venha com sentimentalismo na análise de fatos como os que ocorrem na Líbia ou evoque códigos internacionais de relação entre Estados ou respeito aos direitos humanos onde os comportamentos são tribais.
Isso tem sido feito bastante em certos blogs e alguns sites, à esquerda e à direita. É interessante ver como um caso como este acaba juntando lados políticos que no Brasil se pegam ferozmente em outras questões. E o alvo não é outro que não Barack Obama, que fez o prodígio de juntar direita e esquerda no Brasil.
À direita a desventura de Kadhafi é usada para atacar Obama e buscar favorecer o partido Republicano, pois o Brasil tem até malucos, alguns malucos até muito bem capacitados, que torcem pelo partido de Bush, Reagan e Nixon. E à esquerda Kadhafi serve também para requentar conceitos de Guerra Fria, mesmo que hoje em dia falte o lado comunista para dar base a este estranho pensamento.
A queda de Kadhafi criou uma incoerência (mais uma, eu sei) no pensamento de esquerda no Brasil. As insurreições populares lá por aqueles lados são sempre vistas como um avanço no mínimo democrático, mudanças que alguns até reputam como um rumo revolucionário para o mundo. Foi assim no Egito, onde teve gente que viu até um avanço para os direitos das mulheres. Isso até aquela jornalista americana ser estuprada pela multidão de "revolucionários".
Tem gente que vê nesses acontecimentos até uma derrocada do capitalismo, o que é um monumental exagero. Para derrubar o capitalismo em muitos países do Oriente Médio e África primeiro seria preciso implantá-lo.
Mas sobre a Líbia a visão é outra e ela não permite ver em suas brigas internas que acabaram por derrubar o regime nada que não seja só do interesse de grandes potências. É um olhar estranho: na Líbia só se vê trevas, já nos países vizinhos qualquer bando armado é um sinal de luz.
Mas, voltando ao final do regime de Kadhafi, uma olhada no mapa da Líbia que mostra por onde ele passou e onde finalmente teve seu fim, é espantoso perceber que ele não tinha para onde correr. A Argélia tem uma imensa fronteira com a Líbia, mas o ex-ditador não seria de forma alguma acolhido por lá. No vizinho Egito, então, nem pensar. É bem difícil encontrar quem acolha um homem que tem a França e (pior) os Estados Unidos como inimigos. Sempre fica na lembrança que Obama mandou pegar Bin Laden dentro de seu refúgio no Paquistão.
Nem países como o Brasil, cujo presidente dizia que Kadhafi era seu "irmão, amigo e líder". Lula disse isso na própria Líbia durante reunião da Cúpula da União Africana em julho de 2009. Pouco mais de dois anos depois Kadhafi foi morto do jeito que todos vimos.
E ninguém vai perguntar para Lula e até para Dilma Rousseff porque o governo petista não ofereceu asilo para Kadhafi, até mandando buscar de aerolula o ex-ditador caído em desgraça? Não que eu quisesse Kadhafi pegando um sol em alguma praia brasileira como faz o terrorista Battisti, mas uma pergunta dessas é o mínimo que se pede para aferir a qualidade da revolucionária diplomacia petista que tinha o ex-ditador líbio como "amigo, irmão e líder".
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POR José Pires
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
O último tiro em Kadahfi atinge a diplomacia petista
A morte de Muammar Kadhafi atinge em cheio a tal da diplomacia do PT, propagandeada por Lula de forma soberba enquanto ele foi presidente. A realpolitk atrapalhou de um jeito muito rápido os planos de Lula e seus companheiros, bem acostumados a sustentarem-se em propaganda, muita propaganda sobre teorias e intenções que por vezes demais não são colocadas em prática.
É o caso da tal diplomacia revolucionária, em que a estreita relação com Kadhafi foi por um tempo um suporte importante que dava um tom do interesse de Lula para se sobressair no plano internacional. Já escrevi bastante sobre isso aqui no blog. Lula chegou até a referir-se ao ex-ditador da Líbia como "amigo, irmão e líder", um exagero bem próprio de Lula, que quase sempre se deixa levar pelo próprio gogó.
Nem vem ao caso minha contrariedade com a alegada diplomacia revolucionária petista. Mas penso que é o caso de se cobrar coerência pelo menos nisso. Se Kadhafi não tivesse tido o azar de acontecer o levante em sua terra, que logo foi encampado pelos Estados Unidos, com a valiosa colaboração da França, é evidente que Lula já teria aproveitado há bastante tempo para dar uma passada pela Líbia, agora que está sem cadeira oficial no Palácio do Planalto. Já teria trombeteado suas bravatas ao lado do "amigo, líder e irmão".
Porém, com a desgraça de Kadhafi, Lula nunca mais deu um pio sobre os acontecimentos na Líbia. O ditador líbio enfrentou a adversidade com uma resistência admirável, isso tem que ser admitido mesmo pelos que não gostam de Kadhafi.
No entanto, enquanto ocorriam as batalhas na Líbia, não se viu uma atitude prática do governo petista para emprestar solidariedade à Kadhafi e tentar livrá-lo deste fim que não era inesperado. Bem, levando em consideração a efusividade de Lula quando Kadhafi detinha um poder que parecia inesgotável, coerência de fato exigiria que o Brasil mandasse tropas militares para ajudá-lo.
Considerando também a fervorosa emoção que os petistas tiveram com o gesto de Lula e a vibração da blogosfera petista com a tal diplomacia revolucionária, a intervenção militar na Líbia exigiria que houvesse no Brasil algo parecido com o que aconteceu na década de 30 quando os franquistas agrediram a república espanhola. Deveria ter-se formado por aqui brigadas internacionais para levar ajuda militar ao "irmão, amigo e líder" Kadhafi.
É assim que se faz uma diplomacia revolucionária? No primeiro revés pratica-se um recuo covarde. A relação com o governo líbio que agora leva o último tiro foi simplesmente esquecida. Sei muito bem que o tolo cumprimento fraterno de Lula era impróprio para qualquer relação política e muito mais ainda para relações entre dois países, onde não cabe esse negócio de "irmão". Mas já que foi assim, que pelo menos a palavra fosse honrada com gestos práticos.
O último tiro em Kadhafi traz uma dose muito importante de realismo que este governo deveria aplicar em sua diplomacia. É uma questão de bom senso que um governo (que, por mais que dure, sempre será transitório) nunca encaminhe o país para desafios e responsabilidades difíceis de serem sustentadas na prática.
Os abraços e o clima de fraternidade de Lula com Kadhafi poderiam ter levado o Brasil para uma situação muito dura, se fosse mesmo conseqüente a tal diplomacia petista. Está aí um caso em que dá até alívio o fato de eles serem covardes. O que nos salva é que, como muitas coisas desse governo, os inquebrantáveis laços entre o ex-ditador líbio e Lula não eram nada sério. Ao menos do lado de Lula era só no gogó, por isso houve logo o recuo covarde e o silêncio em relação ao "amigo" que passou a ser caçado pela oposição interna com a ajuda de grandes potências.
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POR José Pires
É o caso da tal diplomacia revolucionária, em que a estreita relação com Kadhafi foi por um tempo um suporte importante que dava um tom do interesse de Lula para se sobressair no plano internacional. Já escrevi bastante sobre isso aqui no blog. Lula chegou até a referir-se ao ex-ditador da Líbia como "amigo, irmão e líder", um exagero bem próprio de Lula, que quase sempre se deixa levar pelo próprio gogó.
Nem vem ao caso minha contrariedade com a alegada diplomacia revolucionária petista. Mas penso que é o caso de se cobrar coerência pelo menos nisso. Se Kadhafi não tivesse tido o azar de acontecer o levante em sua terra, que logo foi encampado pelos Estados Unidos, com a valiosa colaboração da França, é evidente que Lula já teria aproveitado há bastante tempo para dar uma passada pela Líbia, agora que está sem cadeira oficial no Palácio do Planalto. Já teria trombeteado suas bravatas ao lado do "amigo, líder e irmão".
Porém, com a desgraça de Kadhafi, Lula nunca mais deu um pio sobre os acontecimentos na Líbia. O ditador líbio enfrentou a adversidade com uma resistência admirável, isso tem que ser admitido mesmo pelos que não gostam de Kadhafi.
No entanto, enquanto ocorriam as batalhas na Líbia, não se viu uma atitude prática do governo petista para emprestar solidariedade à Kadhafi e tentar livrá-lo deste fim que não era inesperado. Bem, levando em consideração a efusividade de Lula quando Kadhafi detinha um poder que parecia inesgotável, coerência de fato exigiria que o Brasil mandasse tropas militares para ajudá-lo.
Considerando também a fervorosa emoção que os petistas tiveram com o gesto de Lula e a vibração da blogosfera petista com a tal diplomacia revolucionária, a intervenção militar na Líbia exigiria que houvesse no Brasil algo parecido com o que aconteceu na década de 30 quando os franquistas agrediram a república espanhola. Deveria ter-se formado por aqui brigadas internacionais para levar ajuda militar ao "irmão, amigo e líder" Kadhafi.
É assim que se faz uma diplomacia revolucionária? No primeiro revés pratica-se um recuo covarde. A relação com o governo líbio que agora leva o último tiro foi simplesmente esquecida. Sei muito bem que o tolo cumprimento fraterno de Lula era impróprio para qualquer relação política e muito mais ainda para relações entre dois países, onde não cabe esse negócio de "irmão". Mas já que foi assim, que pelo menos a palavra fosse honrada com gestos práticos.
O último tiro em Kadhafi traz uma dose muito importante de realismo que este governo deveria aplicar em sua diplomacia. É uma questão de bom senso que um governo (que, por mais que dure, sempre será transitório) nunca encaminhe o país para desafios e responsabilidades difíceis de serem sustentadas na prática.
Os abraços e o clima de fraternidade de Lula com Kadhafi poderiam ter levado o Brasil para uma situação muito dura, se fosse mesmo conseqüente a tal diplomacia petista. Está aí um caso em que dá até alívio o fato de eles serem covardes. O que nos salva é que, como muitas coisas desse governo, os inquebrantáveis laços entre o ex-ditador líbio e Lula não eram nada sério. Ao menos do lado de Lula era só no gogó, por isso houve logo o recuo covarde e o silêncio em relação ao "amigo" que passou a ser caçado pela oposição interna com a ajuda de grandes potências.
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POR José Pires
Kadhafi, o amigo, irmão e líder de Lula mata e arrebenta na Líbia
As sandices que Lula quer deixar pra trás
Cadê Lula e Chávez, os amigos de Kadhafi?
Kadhafi, mais um ex-amigo dos Estados Unidos que se vai
O nome verdadeiro do "amigo, irmão e líder" de Lula
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
O injusto pé na bunda de Rafinha Bastos
A internet brasileira parece ter se especializado nesse tipo de assunto que não vai além do próprio círculo onde são gerados, numa fofocaiada que em alguns casos não tem a durabilidade de um semestre. São assuntos sem substância que, no entanto, atormentam os internautas enquanto duram. É difícil abrir um site em que a bobagem não esteja sendo publicada o tempo todo.
É o caso do caso do apresentador do CQC, Rafinha Bastos. O assunto até que vem durando e hoje veio com a informação de que o muito citado acabou sendo demitido do programa.
Fatos como este geralmente nunca são explicados direito. O interesse geral é esticar o assunto. Na mão de um bom jornalista e em um site com orientação editorial de mínima qualidade seria um assunto que não passaria de um único texto curto. Mas o caso vai se alongando sem que haja preocupação em tocar no essencial do fato. E nem mesmo chamam as coisas pelo devido nome.
Todos os sites dizem que o problema de Rafinha Bastos foi com uma “piada” (aspas minhas), uma fala que todos já devem estar sabendo. Num comentário rápido sobre Wanessa Camargo o “humorista” (aspas também minhas) disse que “comeria ela e o bebê”. Soube depois que a moça é cantora e está grávida. Fecha o pano, não?
Piada? É mesmo? Ele disse que "comeria" (e a afirmação foi com sentido sexual) a criança e a mãe da criança e isso foi ao ar numa rede de televisão? Pois foi assim. E ainda tem gente querendo passar por inocente nesta irresponsabilidade coletiva.
Para começar, não é correto chamar um comentário tolo desses de “piada”. Isso não é humor. No geral, a televisão brasileira é uma porcaria, mas historicamente sempre teve bons humoristas. Não é o caso desse tipo de programa que busca audiência de forma sensacionalista constrangendo artistas e políticos.
O comentário de Rafinha Bastos é apenas grosseiro e seria de pronto anulado até numa mesa de bar, onde se pode jogar conversa fora, porém sem aceitar qualquer lixo. Um cara desses está mais para espalha rodinhas do que para humorista. Por força do trabalho (ou do hábito, o que dá no mesmo) fui atrás do que ele vem fazendo e vi trechos desse negócio que agora todo mundo faz, o tal “stand up”, algo que Chico Anysio e Jô Soares fizeram há década com muita competência, mas que sempre chamaram de show.
Se for catalogado dentro do humor brasileiro, o que vi do Rafinha Bastos é uma involução. Fraco mesmo. E sempre grosseiro. Impressiona-me que alguém pague ingresso para ver esse tipo de coisa. Tem uma piada que também ficou famosa no rol de suas grosserias. Nela ele diz que mulher feia tem que agradecer se for estuprada, que é de uma falta de graça total. Noutro texto sem graça ele fica tentando fazer piada com um estado de que não me lembro o nome: a tentativa de humor consiste em repetir muitas vezes que neste lugar as pessoas são feias. É espantoso que alguém diga tamanhas besteiras e que ainda tenha quem pague para ouvir.
Mas, voltando ao caso da demissão pela fala de mau gosto. O assunto fecha no fato de que não é a primeira vez que o tal Rafinha Bastos apronta uma grosseria, mas enquanto deu para faturar a direção do programa e da Rede Bandeirantes foi explorando a popularidade do apresentador. A bem da verdade, a direção da TV só acordou para a dimensão do problema bem tarde.
Será que na emissora não tem alguém que veja problema num absurdo desses de "comer a mãe e a criança" sem precisar esperar a indignação geral?
Dizem que a besteira saiu ao vivo. Não sei, não assisto ao programa e até pensei que tudo seria gravado. Mas, no vídeo que está na internet o âncora do programa, Marcelo Tass, teve apenas uma reação boboca quando Rafinha Bastos falou a barbaridade. Tass já está bem velhinho para discernir na hora o que pode dar problema, não?
E se não tiver essa habilidade, não serve para ser o apresentador responsável pelo tom de um programa metido a engraçado. Tass não fez de imediato nenhuma condenação à grosseria, ele que tentou passar como um homem de espírito liberal no episódio da entrevista polêmica do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).
O caso Rafinha Bastos é muito simples. Ele disse uma grosseria que em muitas mesas de bar seria uma boa justificativa para expulsá-lo do bar e dependendo da turma isso poderia ser feito até aos tapas.
A demissão de Rafinha Bastos foi injusta. Mas só porque toda a equipe do programa não recebeu também um pé na bunda.
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POR José Pires
É o caso do caso do apresentador do CQC, Rafinha Bastos. O assunto até que vem durando e hoje veio com a informação de que o muito citado acabou sendo demitido do programa.
Fatos como este geralmente nunca são explicados direito. O interesse geral é esticar o assunto. Na mão de um bom jornalista e em um site com orientação editorial de mínima qualidade seria um assunto que não passaria de um único texto curto. Mas o caso vai se alongando sem que haja preocupação em tocar no essencial do fato. E nem mesmo chamam as coisas pelo devido nome.
Todos os sites dizem que o problema de Rafinha Bastos foi com uma “piada” (aspas minhas), uma fala que todos já devem estar sabendo. Num comentário rápido sobre Wanessa Camargo o “humorista” (aspas também minhas) disse que “comeria ela e o bebê”. Soube depois que a moça é cantora e está grávida. Fecha o pano, não?
Piada? É mesmo? Ele disse que "comeria" (e a afirmação foi com sentido sexual) a criança e a mãe da criança e isso foi ao ar numa rede de televisão? Pois foi assim. E ainda tem gente querendo passar por inocente nesta irresponsabilidade coletiva.
Para começar, não é correto chamar um comentário tolo desses de “piada”. Isso não é humor. No geral, a televisão brasileira é uma porcaria, mas historicamente sempre teve bons humoristas. Não é o caso desse tipo de programa que busca audiência de forma sensacionalista constrangendo artistas e políticos.
O comentário de Rafinha Bastos é apenas grosseiro e seria de pronto anulado até numa mesa de bar, onde se pode jogar conversa fora, porém sem aceitar qualquer lixo. Um cara desses está mais para espalha rodinhas do que para humorista. Por força do trabalho (ou do hábito, o que dá no mesmo) fui atrás do que ele vem fazendo e vi trechos desse negócio que agora todo mundo faz, o tal “stand up”, algo que Chico Anysio e Jô Soares fizeram há década com muita competência, mas que sempre chamaram de show.
Se for catalogado dentro do humor brasileiro, o que vi do Rafinha Bastos é uma involução. Fraco mesmo. E sempre grosseiro. Impressiona-me que alguém pague ingresso para ver esse tipo de coisa. Tem uma piada que também ficou famosa no rol de suas grosserias. Nela ele diz que mulher feia tem que agradecer se for estuprada, que é de uma falta de graça total. Noutro texto sem graça ele fica tentando fazer piada com um estado de que não me lembro o nome: a tentativa de humor consiste em repetir muitas vezes que neste lugar as pessoas são feias. É espantoso que alguém diga tamanhas besteiras e que ainda tenha quem pague para ouvir.
Mas, voltando ao caso da demissão pela fala de mau gosto. O assunto fecha no fato de que não é a primeira vez que o tal Rafinha Bastos apronta uma grosseria, mas enquanto deu para faturar a direção do programa e da Rede Bandeirantes foi explorando a popularidade do apresentador. A bem da verdade, a direção da TV só acordou para a dimensão do problema bem tarde.
Será que na emissora não tem alguém que veja problema num absurdo desses de "comer a mãe e a criança" sem precisar esperar a indignação geral?
Dizem que a besteira saiu ao vivo. Não sei, não assisto ao programa e até pensei que tudo seria gravado. Mas, no vídeo que está na internet o âncora do programa, Marcelo Tass, teve apenas uma reação boboca quando Rafinha Bastos falou a barbaridade. Tass já está bem velhinho para discernir na hora o que pode dar problema, não?
E se não tiver essa habilidade, não serve para ser o apresentador responsável pelo tom de um programa metido a engraçado. Tass não fez de imediato nenhuma condenação à grosseria, ele que tentou passar como um homem de espírito liberal no episódio da entrevista polêmica do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).
O caso Rafinha Bastos é muito simples. Ele disse uma grosseria que em muitas mesas de bar seria uma boa justificativa para expulsá-lo do bar e dependendo da turma isso poderia ser feito até aos tapas.
A demissão de Rafinha Bastos foi injusta. Mas só porque toda a equipe do programa não recebeu também um pé na bunda.
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POR José Pires
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Ajuda estrangeira
Essas histórias da presidente Dilma Rousseff dando conselhos à Europa e até prometendo ajuda devem ser motivo de risos entre as autoridades estrangeiras quando os políticos saem da frente dos jornalistas e comentam as pataquadas dos brasileiros nos bastidores.
Não é improvável até que um ou outro lembre em forma de piada que o último grande amigo da diplomacia brasileira foi Muammar Kadhafi, que era tratado pelo ex-presidente Lula como "amigo, irmão e líder". Alguém se lembra disso? Deve ter líder estrangeiro que não esquece de bobajadas desse tipo da diplomacia do mestre da Dilma. E caso o líder esqueça, sempre existirá um assessor colocar isso num briefing como recordação.
Nenhum petista vai mandar ajuda ao "amigo, irmão e líder", nem para evitar a desmoralização da diplomacia lulista? Antes de dar uma mão para a Grécia ou Portugal seria melhor dar uma força para o Kadhafi. Bem, mas acho que a ajuda ao irmão Kafhafi deve ficar mesmo por conta apenas da blogosfera petista que de vez em quando solta uma nota a favor de Kadhafi e em condenação ao "imperialismo" que quer se apossar dos tesouros da Líbia.
Na verdade, na relação entre o Brasil e os europeus o que ajuda muito é o Oceano Atlântico. Calma, já explico. O que você acham que seria da Europa hoje se não existisse essa imensa barreira de água entre os dois continentes? É claro que a Europa estaria tomada de brasileiros, que entrariam por todos os lados. Os europeus teriam de aturar mais brasileiros imigrantes do que suportam de africanos hoje em dia.
E o comparativo não é para diminuir brasileiros ou africanos. Eu poderia falar até em argentinos, mas deixemos os hermanos lá em seu canto com sua soberba. Mas penso que não deve haver dúvida de que qualquer país estrangeiro vai melhor sem a ajuda de brasileiros ou africanos. Até uma prova em contrário, que deve levar décadas para ser construída, esses povos têm que mostrar serviço primeiro em seus próprios países.
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POR José Pires
Não é improvável até que um ou outro lembre em forma de piada que o último grande amigo da diplomacia brasileira foi Muammar Kadhafi, que era tratado pelo ex-presidente Lula como "amigo, irmão e líder". Alguém se lembra disso? Deve ter líder estrangeiro que não esquece de bobajadas desse tipo da diplomacia do mestre da Dilma. E caso o líder esqueça, sempre existirá um assessor colocar isso num briefing como recordação.
Nenhum petista vai mandar ajuda ao "amigo, irmão e líder", nem para evitar a desmoralização da diplomacia lulista? Antes de dar uma mão para a Grécia ou Portugal seria melhor dar uma força para o Kadhafi. Bem, mas acho que a ajuda ao irmão Kafhafi deve ficar mesmo por conta apenas da blogosfera petista que de vez em quando solta uma nota a favor de Kadhafi e em condenação ao "imperialismo" que quer se apossar dos tesouros da Líbia.
Na verdade, na relação entre o Brasil e os europeus o que ajuda muito é o Oceano Atlântico. Calma, já explico. O que você acham que seria da Europa hoje se não existisse essa imensa barreira de água entre os dois continentes? É claro que a Europa estaria tomada de brasileiros, que entrariam por todos os lados. Os europeus teriam de aturar mais brasileiros imigrantes do que suportam de africanos hoje em dia.
E o comparativo não é para diminuir brasileiros ou africanos. Eu poderia falar até em argentinos, mas deixemos os hermanos lá em seu canto com sua soberba. Mas penso que não deve haver dúvida de que qualquer país estrangeiro vai melhor sem a ajuda de brasileiros ou africanos. Até uma prova em contrário, que deve levar décadas para ser construída, esses povos têm que mostrar serviço primeiro em seus próprios países.
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POR José Pires
De bate pronto
Piada pronta quando chega tem ser logo despachada. Dos jornais: "Ônibus de Milionário e José Rico bate e mata um".
Bem, se o ônibus é de milionário e de rico é óbvio que não vai dar em coisa alguma.
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POR José Pires
Bem, se o ônibus é de milionário e de rico é óbvio que não vai dar em coisa alguma.
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POR José Pires