Não fiquei surpreso com a multiplicação por 20 do patrimônio de Antonio Palocci, o sempre ministro dos governos petistas, antes ministro da Fazenda de Lula, cargo do qual teve que sair correndo por causa da quebra criminosa do sigilo bancário do caseiro Francenildo, e agora ministro da Casa Civil de Dilma. A conta feita pela Folha de S. Paulo se refere a quatro anos, desde 2006, quando Palocci teve que declarar seu patrimônio para a Justiça Eleitoral.
Quando se elegeu deputado, coitado, ele um patrimônio estimado em R$ 375 mil. Um pouco antes de assumir a Casa Civil no governo Dilma Rousseff, o ministro comprou um apartamento em São Paulo por R$ 6,6 milhões. Um ano antes, já havia comprado um escritório também em São Paulo por R$ 882 mil.
Acho pequenos os valores, tanto os da primeira declaração quanto os dessa última. Palocci vale muito mais. Porém, de qualquer forma, pelo que foi declarado de fato é um portentoso crescimento de patrimônio. Mas, repito, não é nada espantoso vindo dessa gente. Em nenhum outro governo ganhou-se tanto dinheiro quanto nos dois mandatos de Lula. E neste governo da Dilma Rousseff, pelo que se vê só das contas de Palocci, a coisa também promete ser braba. Dentro de poucos anos o cofre do Adhemar vai ser fichinha para a História.
Mas se escarafunchar os números relativos aos ganhos do ministro Palocci pode-se achar muito mais. Tem que se achar. Um ministro desse porte não pode ser diminuído dessa maneira. O ministro foi sempre muito poderoso no PT e nos três governos do PT, de Lula a Dilma. E antes disso também já havia sido prefeito de uma grande cidade paulista, Ribeirão Preto, onde, aliás, também foi várias vezes acusado por corrupção.
Na administração de Palocci naquela prefeitura até se inventou um alimento especial para a merenda escolar: molho de tomate com ervilha. Não adianta procurar no supermercado, pois você não vai encontrar. É coisa especial, só da administração Palocci. Falei sobre este assunto aqui no blog em fevereiro de 2008. A latinha da ilustração criei nessa época.
Em 2006, quando apresentou esse patrimônio de R$ 375 mil, havia passado 4 anos como poderoso ministro de Lula. Parece meio mixuruca num governo em que até o filho do presidente, o gênio dos games, Lulinha, ganhou numa só tacada R$ 5 milhões da Oi, que era então a Telemar.
A conta não bate nem nos R$ 7 milhões de patrimônio que Palocci tem agora oficialmente, se compararmos com os milhões do empresário de sucesso da família Lula da Silva. Está certo que o garoto é um gênio, mas o Palocci... bem, o Palocci é o Palocci, não é mesmo?
Não fiquei nem um pouco surpreso com a história desse aumento de patrimônio. O que é espantoso mesmo é o José Serra sair na defesa de Palocci no mesmo dia da denúncia feita pela Folha. Não esperou nem um aprofundamento do fato.
Serra falou na saída de um encontro com o presidente do PT, Rui Falcão, uma reunião já bem estranha, mas que ficou menor em razão do que o tucano falou sobre o caso Palocci. “Acho normal que uma pessoa tenha rendimentos quando não está no governo e que esses rendimentos promovam uma variação patrimonial”, ele disse.
Nem um petista faria melhor. Ao contrário, alguns petistas até estão exigindo que Palocci explique mais essa fantástica multiplicação. Mas o Serra, não. Ele já absolveu o ministro por antecipação.
Serra ainda vai acabar criando uma nova situação eleitoral, oposta àquela do eleitor que lamenta um voto errado no político que ganhou e governou mal. É a do eleitor que, algum tempo depois de votar, fica aliviado porque seu candidato perdeu.
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POR José Pires
Quando se elegeu deputado, coitado, ele um patrimônio estimado em R$ 375 mil. Um pouco antes de assumir a Casa Civil no governo Dilma Rousseff, o ministro comprou um apartamento em São Paulo por R$ 6,6 milhões. Um ano antes, já havia comprado um escritório também em São Paulo por R$ 882 mil.
Acho pequenos os valores, tanto os da primeira declaração quanto os dessa última. Palocci vale muito mais. Porém, de qualquer forma, pelo que foi declarado de fato é um portentoso crescimento de patrimônio. Mas, repito, não é nada espantoso vindo dessa gente. Em nenhum outro governo ganhou-se tanto dinheiro quanto nos dois mandatos de Lula. E neste governo da Dilma Rousseff, pelo que se vê só das contas de Palocci, a coisa também promete ser braba. Dentro de poucos anos o cofre do Adhemar vai ser fichinha para a História.
Mas se escarafunchar os números relativos aos ganhos do ministro Palocci pode-se achar muito mais. Tem que se achar. Um ministro desse porte não pode ser diminuído dessa maneira. O ministro foi sempre muito poderoso no PT e nos três governos do PT, de Lula a Dilma. E antes disso também já havia sido prefeito de uma grande cidade paulista, Ribeirão Preto, onde, aliás, também foi várias vezes acusado por corrupção.
Na administração de Palocci naquela prefeitura até se inventou um alimento especial para a merenda escolar: molho de tomate com ervilha. Não adianta procurar no supermercado, pois você não vai encontrar. É coisa especial, só da administração Palocci. Falei sobre este assunto aqui no blog em fevereiro de 2008. A latinha da ilustração criei nessa época.
Em 2006, quando apresentou esse patrimônio de R$ 375 mil, havia passado 4 anos como poderoso ministro de Lula. Parece meio mixuruca num governo em que até o filho do presidente, o gênio dos games, Lulinha, ganhou numa só tacada R$ 5 milhões da Oi, que era então a Telemar.
A conta não bate nem nos R$ 7 milhões de patrimônio que Palocci tem agora oficialmente, se compararmos com os milhões do empresário de sucesso da família Lula da Silva. Está certo que o garoto é um gênio, mas o Palocci... bem, o Palocci é o Palocci, não é mesmo?
Não fiquei nem um pouco surpreso com a história desse aumento de patrimônio. O que é espantoso mesmo é o José Serra sair na defesa de Palocci no mesmo dia da denúncia feita pela Folha. Não esperou nem um aprofundamento do fato.
Serra falou na saída de um encontro com o presidente do PT, Rui Falcão, uma reunião já bem estranha, mas que ficou menor em razão do que o tucano falou sobre o caso Palocci. “Acho normal que uma pessoa tenha rendimentos quando não está no governo e que esses rendimentos promovam uma variação patrimonial”, ele disse.
Nem um petista faria melhor. Ao contrário, alguns petistas até estão exigindo que Palocci explique mais essa fantástica multiplicação. Mas o Serra, não. Ele já absolveu o ministro por antecipação.
Serra ainda vai acabar criando uma nova situação eleitoral, oposta àquela do eleitor que lamenta um voto errado no político que ganhou e governou mal. É a do eleitor que, algum tempo depois de votar, fica aliviado porque seu candidato perdeu.
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POR José Pires
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