segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ajuda estrangeira

Essas histórias da presidente Dilma Rousseff dando conselhos à Europa e até prometendo ajuda devem ser motivo de risos entre as autoridades estrangeiras quando os políticos saem da frente dos jornalistas e comentam as pataquadas dos brasileiros nos bastidores.

Não é improvável até que um ou outro lembre em forma de piada que o último grande amigo da diplomacia brasileira foi Muammar Kadhafi, que era tratado pelo ex-presidente Lula como "amigo, irmão e líder". Alguém se lembra disso? Deve ter líder estrangeiro que não esquece de bobajadas desse tipo da diplomacia do mestre da Dilma. E caso o líder esqueça, sempre existirá um assessor colocar isso num briefing como recordação.

Nenhum petista vai mandar ajuda ao "amigo, irmão e líder", nem para evitar a desmoralização da diplomacia lulista? Antes de dar uma mão para a Grécia ou Portugal seria melhor dar uma força para o Kadhafi. Bem, mas acho que a ajuda ao irmão Kafhafi deve ficar mesmo por conta apenas da blogosfera petista que de vez em quando solta uma nota a favor de Kadhafi e em condenação ao "imperialismo" que quer se apossar dos tesouros da Líbia.

Na verdade, na relação entre o Brasil e os europeus o que ajuda muito é o Oceano Atlântico. Calma, já explico. O que você acham que seria da Europa hoje se não existisse essa imensa barreira de água entre os dois continentes? É claro que a Europa estaria tomada de brasileiros, que entrariam por todos os lados. Os europeus teriam de aturar mais brasileiros imigrantes do que suportam de africanos hoje em dia.

E o comparativo não é para diminuir brasileiros ou africanos. Eu poderia falar até em argentinos, mas deixemos os hermanos lá em seu canto com sua soberba. Mas penso que não deve haver dúvida de que qualquer país estrangeiro vai melhor sem a ajuda de brasileiros ou africanos. Até uma prova em contrário, que deve levar décadas para ser construída, esses povos têm que mostrar serviço primeiro em seus próprios países.
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POR José Pires

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