Capa do jornal Correio Braziliense de hoje. Uma bela edição de capa, bastante ousada, que avança para a criatividade que é necessária para tratar de um fato do dia anterior. Deram destaque ao material de leitura, com um bom uso de uma figura bastante falada nos últimos dias, o escritor Nelson Rodrigues, e abaixo publicaram as matérias factuais. Ninguém vai ficar sem a tabela dos jogos, as manifestações nas ruas ou as notícias do vexame das autoridades vaiadas na abertura.
Mas isso é bastante incomum em nossa imprensa diária. A maioria das redações brasileiras vem fazendo um produto impresso que não faz sentido. Dão em manchete algo que todo mundo passou o dia anterior lendo e comentando na internet. E nas páginas internas é a mesma coisa. Esqueça a boa leitura e o aprofundamento em qualquer assunto. Os jornais publicam as mesmas coisas que já foram esgotadas pelos internautas em todo o dia anterior, inclusive em blogs, páginas pessoais e na rede social. E o texto desses jornais... Ah, meus amigos, também vocês exigem demais de um jornalista. E quando esses impressos entram em falência a gente ainda tem que aguentar a lorota de que a culpa é da internet.
O Estadão deu a seguinte manchete tomando toda a parte de cima da capa: "Brasil vence Croácia de virada; Dilma é hostilizada pela torcida". O ponto e vírgula e a troca de vaiada por hostilizada é por conta do jornal. E a Folha de S. Paulo não foi melhor. "Brasil abre a Copa com gol contra, virada e vaia a Dilma" foi a chamada, que até pode dar a entender que a Seleção Brasileira vaiou a Dilma. Espero que o escrete não tenha jogado uma banana ou uma coxinha pra ela. Mas eu fiquei curioso com esta virada do Brasil e a hostilidade com a presidente. Logo mais vou pegar a bicicleta e compro o jornal nas bancas para contar pra vocês de quanto foi que o Brasil venceu a Croácia e que encrenca foi essa com a Dilma.
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Por José Pires
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