quinta-feira, 14 de julho de 2016

Caiado versus Lindbergh Farias: o antidoping na pauta do Senado

O senador petista Lindbergh Farias costuma bater forte em seus discursos, fazendo ataques pessoais e desqualificando os adversários. Na internet rolam vários vídeos que mostram este estilo da porretada verbal, com o petista geralmente levando a pior, pois na maioria dos casos ele perde feio no contra-ataque de quem se sentiu atingido. Ontem, do jeitão mal educado que é seu modo de ser, no plenário do Senado ele resolveu atacar o senador Ronaldo Caiado, com quem cultiva uma rivalidade bastante antiga. Depois de ser chamado de incoerente e cara de pau pelo petista, Caiado pediu a palavra e devolveu o insulto de uma forma que deve se destacar historicamente nos anais daquela honrosa Casa.
Ele disse o seguinte: “Eu tenho sempre mantido o debate em alto nível. Eu sei me dirigir aos colegas com todo o respeito e não adjetivando-os de maneira a desqualificá-los porque sou homem preparado para o debate. Mas esse senador que me antecedeu, eu não me dirijo a ele como senador mas como médico porque tenho notado que ele está salivando muito ultimamente e está com as pupilas muito dilatadas. Ele deveria primeiro apresentar em que condições ele está aqui no plenário para depois entrar no debate. Ele não tem as condições mínimas para isso". No final, um pouco antes do presidente do Senado, Renan Calheiros, interromper a sessão por causa do tremendo bate-boca, Caiado ainda lançou uma proposta ao microfone: “Deveriam fazer exame antidoping aqui”.
Certamente não vão acolher o pedido de Caiado, que, falando como médico, pode até ter razão na suspeita que lançou sobre o senador Lindbergh. Depende do exame, é claro. Mas, independente do antidoping no preclaro companheiro, um bom exame psicotécnico viria bem para todo senador, antes de cada sessão do Senado. Pelo que dá para observar do comportamento de uns e outros nas sessões, os trabalhos seriam muito mais proveitosos com um exame do tipo. Acompanhei os trabalhos da Comissão do Impeachment e estes eu garanto que teriam se desenvolvido com muito mais qualidade com um rigoroso psicotécnico barrando os abilolados. O clima teria sido no mínimo mais sociável. Pelo menos até a bancada do PT encontrar um jeito do ministro Ricardo Lewandovski anular o exame.
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POR José Pires

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