quarta-feira, 25 de julho de 2007

Polícia Federal inicia a busca pelos bois de Renan Calheiros

Começa hoje a investigação da Polícia Federal nos documentos apresentados pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) em sua defesa no Conselho de Ética do Senado. O prazo para a conclusão é de 20 dias, mas pode ser estendido.

O presidente do Senado precisa justificar que tem renda suficiente para os pagamentos de pensão e outros gastos que teve com a jornalista Mônica Carvalho. Em análise feita antes do recesso parlamentar, a polícia já havia detectado 20 indícios de irregularidades nesses documentos. Antes, uma reportagem da Rede Globo comprovou que os supostos compradores de bois do senador não tinham condições financeiras para fazer os negócios alegados por Calheiros em sua defesa.

Agora, antes dessa segunda perícia da PF, técnicos do Conselho de Ética informaram ter comprovado que não existem pelo menos duas das empresas apresentadas pelo senador como compradoras. Segundo informa o “Blog do Noblat” Os técnicos, que retornaram hoje de Alagoas, disseram que as empresas GF da Silva Costa e Carnal Carnes não existem. Essas duas constavam da reportagem feita pela Globo e que primeiro desmascarou a farsa armada por Calheiros.

As histórias contadas pelo senador são todas suspeitas. No início da crise ele dissera ter vendido bois ao frigorífico alagoano Mafrial. Depois, apresentou recibos, entre os quais não consta nenhum do Mafrial.

Em entrevista ao jornalista Josias de Souza, do “Blog do Josias”, um dos integrantes do Conselho, o deputado Renato Casagrande (PSB-ES), disse que eles vão esperar a conclusão da perícia feita pela PF. “Se ela for conclusiva, dizendo que o Renan tem responsabilidade ou que não tem, já resolveu o nosso caso”, disse ele. Se a perícia não for conclusiva, Casagrande afirmou que o Conselho de Ética deve abrir outras linhas investigativas.
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POR José Pires

Um comentário:

Anônimo disse...

MAIS UMA VERGONHA PARA O PAÍS:
Os servidores estaduais do Pará ganharam uma vantagem extra do governo local. Um decreto da governadora Ana Júlia Carepa (PT) estabeleceu ponto facultativo para os funcionários públicos nas sextas-feiras de julho. A medida já valeu para os dias 13 e 20 de julho e será adotada novamente depois de amanhã. O governo admite que a decisão facilita as viagens até as praias paraenses.
A petista já tomou outras medidas polêmicas, como a nomeação de parentes para empregos na administração local. Em maio, teve de exonerar o irmão Luiz Roberto de Vasconcelos Carepa, diretor de Saúde Pública. Já tinha indicado outro irmão, José Otávio Carepa, para a subsecretaria de Esportes. Outras nomeações controvertidas foram a de sua cabeleireira Manuella Figueiredo Barbosa e da esteticista Franciheli da Costa, como assessoras especiais.