terça-feira, 28 de agosto de 2007

Fama de quadrilheiro nenhum político quer

José Dirceu andou bravateando nos últimos dias sobre o julgamento do “Mensalão”, mas é difícil acreditar que ele desejaria o que já está acontecendo em torno de seu nome. Segundo informações da mídia, Dirceu ficou abatido com a aceitação da denúncia contra ele de corrupção ativa. O fato de a acusação ter sido aceita por unanimidade também o deixou desgostoso. Nesta terça-feira, 28, o STF decide se aceita a denúncia de formação de quadrilha.

O jornal “O Estado de S. Paulo” acentua em sua edição de hoje o que seria o maior temor do núcleo político do “Mensalão”: a tipificação de crime de quadrilha, a fama de quadrilheiro. O efeito político é terrível.

O CHEFE VAI SE MORDER Dirceu teme também, com certeza, as inúmeras vezes em que será lembrada a acusação a que terá que responder no banco dos réus: a de "chefe" da quadrilha e a de articulador de uma "organização criminosa". Qual será o efeito cumulativo disso para um político? Péssimo, com certeza. Maluf, agora da base aliada de Lula, que o diga.
O ex-ministro de Lula e deputado cassado é useiro e vezeiro de uma prática de que os maiorais petistas chegam até a abusar: a de processar seus críticos. Não aceitam o debate, processam.
Mas neste caso, Dirceu fica totalmente sem ação (literalmente) pois a citação dos crimes a que responde não configura delito nenhum de expressão.

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POR José Pires

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