sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Mais um Silva na Polícia Federal

O filho do residente Lula vai ter de ser ouvido pela Polícia Federal. Fábio Luís da Silva, o “Lulinha” é aquele gênio dos “Games” que saltou do subemprego para a condição de feliz proprietário de uma empresa que recebeu, de uma tacada, um investimento de R$ 5 milhões da Telemar. A PF terá de ouvir também Antoninho Marmo Trevisan, amigo de Lula e intermediário da excelente transação que beneficiou “Lulinha”.

Primeiro foi o irmão Vavá, agora é o filho a ser investigado pela PF. Como diz Mainardi em seu "Podcast", “É muita PF para uma família só”.

O procurador da República Rodrigo Ramos Poerson afirma em sua requisição que teria havido "desproporcional aporte de recursos" à Gamecorp, empresa de “Lulinha”, "única e exclusivamente em razão de contar com a participação acionária do filho" de Lula. Isso poderia caracterizar tráfico de influência.

O problema do filho de um presidente da República receber uma fortuna em investimento da Telemar é que ela, apesar de privada, é uma empresa cuja boa parte do capital vem do setor público, via BNDES e fundos de pensão de estatais.

A desproporção citada pelo procurador está na grande diferença entre o capital da empresa do filho do Lula e o aporte de recursos da Telemar. A “Gamecorp”, com um capital de menos de R$ 500 mil, recebeu R$ 5 milhões da Telemar.

E o mais interessante é que o primeiro passo dessa grandiosa ascensão empresarial não custou um tostão para Lulinha ou para o seus sócios, Kalil Bittar e Fernando Bittar, filhos Jacó Bittar, outro velho amigo de Lula. Bittar foi um dos primeiros prefeitos eleitos pelo PT. Teve um mandato conturbado em Campinas até 1992, repleto de denúncias de corrupção. Hoje o amigo de Lula responde a oito processos na Justiça.

A empresa da rapaziada começou com um capital social inicial de 100.000 reais, ,mas sem a necessidade de um deles tirar dinheiro do bolso. Em uma reportagem da revista “Veja” de julho de 2005 Kalil Bittar disse que o capital “seria integralizado ao longo do ano".

"Veja" também perguntou sobre a função do sócio, Lulinha. Bittar respondeu de pronto: “O Fábio detona nos Games, conhece todos”.
.......................
POR José Pires

Nenhum comentário: