terça-feira, 20 de abril de 2010

Amor não correspondido

Na nota Namoro sério, onde analiso a revolucionária técnica do ollho no olho, que Lula pretende estabelecer como padrão das relações externas de seu governo, Newton Moratto escreveu um comentário que merece ser destacado aqui. Lá vai:


"Esse namoro de Lula por Ahmadinejad não é um amor correspondido. Só ele e o Marco Aurélio Garcia é que não viram ou não entenderam isso. O que os cegam é que eu gostaria de saber.

Dizem que entre o céu e a terra há mais coisas do que a nossa vã imaginação possa conceber. E entre o Brasil de Lula e o Irã de Ahmadinejad há o quê? Não entendo a razão pela qual Lula se apaixona tanto por ditadores. Talvez a psicanálise explique. Na política é difícil encontrar uma compreensão lógica para a postura que assume no plano internacional, nesse e em outros casos.

Lula é contraditório, pois se diz um homem de diálogo, e assim quer ser reconhecido, o que só é possível dentro de um contexto democrático. Contudo não se cansa de pedir em casamento ditadores, em cuja essência viceja exatamente a imposição de posturas unilaterais, que não admite ponderações e interação entre as partes.

Nesse drama, sem excluir outros, sua postura está mais para um monólogo do que para um diálogo. Ninguém o ouve. Quando o ouve, coitado!, é protocolar o encontro e ainda assim tem que dividir o tempo com o primeiro-ministro da Turquia.

Fico envergonhado. Sério mesmo. Por mim e por todos os brasileiros. Só não pelo Marco Aurélio Garcia.


Lula que gosta tanto de frases de efeito e populares deveria saber ou ter apreendido que “quando um não quer dois não brigam”. E, nem conversam."

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