Entrou até um apoio à revisão do Estatuto do Desarmamento, certamente encaixada por uma direita muito inoportuna que vem tendo uma excessiva interferência na organização das manifestações. É até difícil debater um negócio desses, centrado na visão totalmente sem sentido de que a arma na mão de um cidadão pode ter um papel positivo contra a insegurança que aí está.
Se o debate de uma ideia tosca como esta não tem sentido, fica ainda mais difícil apoiar nas ruas um troço desses. Mas era uma das pautas, além de outras de apoio a medidas do governo de Michel Temer, um governo que definitivamente não empolgou a população, até pelo fato de ter perdido gradativamente e num ritmo bastante rápido qualquer credibilidade para propor transformações radicais.
Dentre essas questões que dificultam bastante a unidade política essencial num movimento de massas tem também o partidarismo de estrelas do movimento, vistas agora, como já falei, em apoio a um governo chocho como o de Temer, além de servirem como apressadinhos cabos-eleitorais de João Dória para presidente, um prefeito do qual até tenho gostado, mas que nem teve tempo ainda de comprovar se tem realmente qualidade.
Não vamos discutir méritos. Não cabe neste raciocínio nenhum juízo de valor sobre o apoio em si ao presidente Temer e muito menos ao Doria como prefeito. Podia ser a qualquer um outro. Acontece que a atitude do apoio político bate forte exatamente contra o conceito que foi a razão mais forte do sucesso das outras manifestações, que é o do apartidarismo e a imparcialidade frente ao papel dos políticos na vida brasileira.
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POR José Pires
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