sexta-feira, 7 de outubro de 2022

A briga de Lula e Bolsonaro pelo legado da ruína na vida dos brasileiros

Foi Geraldo Alckmin quem definiu muito bem o projeto político de seu parceiro de chapa, quando disse, numa eleição anterior, que Lula queria “voltar à cena do crime”. Com espírito empreendedor e de olho nas boas oportunidades, este ano Alckmin está de vice, colaborando com o petista para o retorno ao poder. Quem somos nós para discordar da definição de Alckmin, que pelo jeito conhece Lula muito bem.


Só posso apontar que durante o tempo em que mandou no governo federal, por quatro mandatos, Lula foi autor de um crime perfeito, comandando a ruína econômica que o PT causou ao país. Foi uma espécie de investimento em mercado futuro.


Ele obteve resultados favoráveis, como pode-se ver nas ruas. Imaginem a dificuldade que seria para o petista, se ele fosse forçado a expor publicamente ideias ao menos razoáveis para enfrentar os graves problemas do país, com ideias bem fundamentadas e não a demagogia sem pé nem cabeça do projeto de governo da picanha e da cervejinha.


Lula deixou o país em tal precariedade que, como ele próprio afirma como uma filosofia política, no desespero, “o povo só quer alguém que cuide dele”.


Lula criou uma herança bendita para si próprio. Maldita, só para nós. Tem à sua disposição uma vasta quantidade de brasileiros que não tiveram acesso a uma boa educação e por isso não contam com um conhecimento claro do que foi feito ao país nos últimos anos — incluindo o eleitor que está na casa dos trinta anos, que pouco sabe do que ocorreu em nossa história recente, com a demolição moral e a tremenda incapacidade administrativa que resultou neste caos, legado por Lula e seu partido.


Na trágica condição do país, esses jovens não contam nem com a possibilidade profissional de um bom emprego, da constituição de uma família com relativo bem estar, numa residência que caiba os filhos com algum conforto, uma geladeira que não esteja sempre quase vazia, roupas e calçados, algumas coisas legais para a alegria das crianças, uma sobra de salário para o lazer, a possibilidade de viver com dignidade, tendo a garantia de que os filhos estarão em situação ainda melhor no futuro.


Colher votos nesta massa de seres humanos desesperados até com a subsistência do dia a dia é muito mais fácil do que seria com uma população com independência financeira, com boa formação que permitisse exigir e participar de uma discussão séria sobre o nosso destino coletivo.


Mas não é assim, porque como eu disse, o crime foi perfeito: Lula criou uma massa de manobras que favorece seu caráter de demagogo, para oferecer assistência social com algum dinheiro para amenizar a miséria, sempre sem abrir portas para que a pessoa se livre dessa dependência, nessas esmolas dadas como se fosse do bolso dele, de uma forma que o caracteriza muito bem como político.


E vejam só, com sua vocação de destruidor da moral e do progresso, por consequência, Lula ganhou uma legião de desesperados para trabalhar de graça para sua campanha — ou mais que isso, essa pobre gente financiando os produtos com trabalho suado, botando dinheiro do próprio bolso para vender as toalhas com a sua cara, pelo Brasil afora.


Só que teve um empecilho no seu plano quase perfeito. Apareceu alguém tão ruim quanto ele, que aprimorou a desgraça causada ao país, reforçando a massa de desesperados que penduram lado a lado a cara dos dois cínicos, na tentativa de ganhar uns trocados para não passar fome. A herança maldita de Lula encontrou em Bolsonaro um herdeiro que não quer sair da cena do crime.


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