quinta-feira, 1 de junho de 2023

Lula e o ditador chavista Nicolás Maduro: amizade antiga, compromissos eternos

Lula e seu partido são uma infelicidade para o Brasil, ainda mais agora, quando o país necessitava quase desesperadamente de um governo de transição, com um perfil moderado, com habilidade e disposição para acabar com essa desunião improdutiva entre os brasileiros, focando no interesse comum de encaminhar a vida nacional para uma condição ao menos razoável.


São imensas as necessidades deste país, mas nada pode ser feito antes que as pessoas se entendam sobre o que é básico, reatando nossas vidas ao menos à normalidade. Propostas mais audaciosas, transformações radicais em qualquer setor, essas coisas poderiam ficar para depois, até porque não é possível fazer grande coisa sem arrumar a casa e estabelecer um mínimo de entendimento do que realmente se quer para o país, independente do ponto de vista político ou ideológico que se queira dar a esses passos adiante.


Claro que essa pauta nunca foi do PT, embora Lula, no início de seu primeiro mandato, tenha fingido ter em mente algo parecido, com o compromisso simbolizado pela “Carta aos brasileiros”, que mais que apaziguar o mercado, tinha o propósito de amenizar o clima de temor com a vitória do PT. Mas não demorou para que os petistas mostrassem que de fato havia motivo para se ter medo.


Enquanto apaziguava os ânimos com a carta, Lula foi construindo na escuridão o mensalão, que é interpretado mais como um processo de corrupção do que pelo seu real objetivo: o de dominar completamente o Legislativo, articulando um domínio total do governo sobre o país. O mensalão não era só um plano de propinas para parlamentares. O controle das votações no Congresso Nacional tinha como objetivo impor o projeto petista de poder.


Foi por mero acaso que Lula e seu partido acabaram sendo desmascarados. Um conflito sobre pagamentos de caixa dois ao PTB levou a uma reclamação pública do então deputado e presidente do partido, Roberto Jefferson, com a denúncia de que o governo do PT estava comprando deputados. Estava em curso o plano de hegemonia petista, bancado por verbas públicas. Foi em 2005 que surgiu o escândalo. Na época, Lula disse que não sabia de nada.


Num detalhe pouco lembrado da entrevista que revelou o mensalão, dada pelo cacique político do PTB à Folha de S. Paulo, Jefferson conta que Lula caiu no choro quando ele contou sobre o pagamento de mesadas a parlamentares. Fingimento do chefão petista, é claro. Lula passou anos repetindo seu jargão conhecido, de que “não sabia de nada”.


Depois, veio o petrolão, dando continuidade ao processo de corrupção, que teve continuidade no segundo mandato de Lula e avançou nos governos de Dilma Rousseff. Não foi só de commodities que viveu o petismo. O petrolão foi um forte produto de exportação da era petista, os esquemas de corrupção que envolvem empreiteiras brasileiras foram levados até para a África. É interessante que os identitários não reclamem aos companheiros petistas por esta destruição moral em países libertados do colonialismo e jogados na miséria nos esquemas exportados por um governo de esquerda.


Nem os Estados Unidos foram poupados da roubalheira. No último ano do governo de Dilma Rousseff, a Odebrecht e a Braskem foram obrigadas a assinar acordos de leniência e pagar US$ 3,5 bilhões, como multa por envolvimento no esquema de corrupção, “o maior caso de suborno internacional da história”. O acordo, que ressarciu também o Brasil e a Suiça, foi feito no âmbito da Operação Lava Jato. Com os americanos não houve jeito do STF brasileiro interferir, perdoando ou até deixando de condenar corruptos.


A Venezuela de Nicolás Maduro também entrou nessa festa, só que por lá a impunidade venceu, até porque o próprio Maduro pegou diretamente sua parte. Embora Lula diga que a ditadura de Maduro é só uma questão de narrativa, denúncias de corrupção dão cadeia — e até a morte — é para quem denuncia. É mais ou menos o que pode começar a acontecer por aqui. Tranquilizem-se, poderei até dizer que avisei, porém, só com o meu advogado.


Por enquanto, ainda podemos dar os números. A ditadura chavista está em segundo lugar em distribuição de suborno pela Odebrecht. O cálculo é de cerca de 98 milhões de dólares, entre 2006 e 2015. Rolou muita grana nas campanhas do chavismo, azeitando a “democracia” que tanto orgulha Lula. Uma das campanhas de Maduro foi presenteada pela empresa com 30 milhões de dólares.


Essa farra milionária teve um custo alto para os cofres brasileiros, pois conforme o próprio Maduro disse na sua visita ao Brasil, eles nem sabem direito quanto é que devem ao Brasil. Isso falando em números oficiais, pois ninguém vai se ocupar com uns milhõezinhos não oficializados. A mamata correu enquanto Lula mandava no governo, seja com ele como presidente ou a sua apadrinhada Dilma Rousseff. O chefe sempre foi ele, que nunca sabe de nada.


Mas e o tapete vermelho, nesses dias de euforia incontida com o ditador venezuelano? Ora, que ninguém venha alegar a existência de compromissos ou de cumplicidades, usando esses “lawfares” de intimidação contra os que só querem o bem da América Latina. O tapete vermelho foi só uma deferência oficial própria de inocentes narrativas democráticas.

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Por José Pires

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