quarta-feira, 11 de maio de 2016

O PT em busca de ocupação

Tristeza geral em Brasília entre a massa petista grudada em cargos públicos. A política virou meio de vida para os filiados do partido que prometia uma revolução no campo da economia, política e da ética e o que fez no poder foi demolir tudo o que havia sido construído antes. Em 13 anos o PT virou um clube das facilidades, com emprego certo e benefícios para os que baixassem a cabeça para a cúpula do partido. São quase 22 mil cargos de livre nomeação, além desse empreguismo estender-se a variadas instituições, inclusive na iniciativa privada, em locais onde petistas vão sendo instalados por força da influência partidária, que esteve em alta nos últimos tempos em razão da ocupação do poder.
Com a saída de Dilma Rousseff, a ação política petista imediata será agora correr atrás de boquinhas em administrações estaduais e nos municípios, para a militância manter-se financeiramente e com isso dar prosseguimento à doutrina partidária do uso ideológico da máquina pública. Para a sorte do Brasil, o determinismo político e intelectual desse pessoal fez deles profissionais de uma incompetência similar a da presidente que sairá do poder, uma dificuldade de se empenhar seriamente no trabalho que é também parecida com o que fez nesses anos todos o ídolo máximo de todos eles, o ex-presidente Lula.
Esta dificuldade de se aprimorar é um dos efeitos de quem tem o marxismo como raiz política e intelectual, mesmo para os esquerdistas que não têm consciência plena dessa influência nas suas vidas. É a fé religiosa no socialismo que contamina todo marxista, sintoma político que já desgostava Karl Marx em vida, mas que, para o azar dele, depois de sua morte passou a dominar seus seguidores. Uma filosofia que tinha a pretensão de não só organizar a História como também conduzir sua rotação acabou sendo um atrativo de doidos. Mas é menos mal. Se a esquerda tivesse competência para estabelecer seu poder sobre a sociedade o PT jamais sairia do poder.
Mas que os brasileiros se preparem. A debandada forçada pelo impeachment levará a uma correria de petistas nos estados e municípios em busca de boquinhas para a continuidade da sustentação da militância partidária e a luta pela volta ao poder. O risco é muito grande e não só pelo perigo ideológico do autoritarismo e da tremenda confusão causada pela esquerda em todo lugar onde se instala. O outro problema é que nos estados e municípios os petistas vão dar continuidade às suas especialidades desenvolvidas nesses 13 anos de poder, que é o de administrar muito mal o que é do interesse público e se aproveitar ao máximo do que é do interesse do partido. E fazem tudo de forma tão atrapalhada que o resultado é de um parasitismo destrutivo sobre tudo que os abriga. Como já se sabe, com o tempo eles acabam caindo, no entanto é preciso se prevenir porque o legado petista é terrível. Como o Brasil aprendeu de forma dura, eles arruínam tudo por onde passam.
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POR José Pires

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