O desastre da Seleção Brasileira tinha que ter um fecho bastante significativo no dia da derrota de sete a um para a Alemanha: o cartola José Maria Marin expulsou o campeão Cafu dos vestiários do time que ele comanda. Ou melhor, onde ele é o chefão. Cafu foi tentar dar um apoio aos jogadores depois do jogo. A arrogância de Marin não é surpreendente dentro da estrutura da CBD. É esta forma grosseira de lidar com a vida que criou o clima para a humilhação mundial sofrida pelo futebol brasileiro.
A carantonha do cartola não tem mesmo como combinar com a simpatia do Cafu. E este mau humor contagia. Já vejo na internet tentativas de desqualificar as críticas que vieram de tantos brasileiro depois dessa vergonha. Em parte, é a reação de governistas e sua desprezível militância, numa manobra para livrar o governo do PT da terrível enrascada que eles mesmos arrumaram para si. Misturaram política com futebol de tal jeito, que até maquinaram junto com a Fifa para a decisão acontecer no espantoso dia 13, o número do PT. E tomaram na cara. Imposições politiqueiras como esta foram também responsáveis em parte por esta humilhação histórica. São intromissões que fortalecem uma política corrupta e incompetente dentro da CBD e da Fifa. Dessa politicagem resultou o desastre dentro de campo.
E aí vem esta patrulha tentar desqualificar o humor, que deveria ser parte integrante do futebol na hora do jogo. Pior ainda, a patrulha tenta manipular o sentido dessas críticas, como se na gozação os internautas estivessem apontando exclusivamente para o nosso time. É a mesma safadeza do governo do PT, que tentava fugir de sua responsabilidade na desorganização desta Copa do Mundo atacando quem pede respeito e melhor uso do dinheiro público. Nós éramos chamados de "catastrofistas", até que veio esta catástrofe.
As piadas (aliás, muito boas) são contra esta cúpula arrogante e medíocre que está destruindo uma marca importante do nosso país, o futebol. O humor é contra este conluio de cartolas do esporte e cartolas da política, que estão esmagando tanta coisa boa feita no passado e eliminando até nossa capacidade de reação. Precisamos de um resgate do humor, da satisfação e da alegria de fazer as coisas bem feitas e também — viu, patrulheiros? — de um país onde o outro tenha liberdade de crítica e até de fazer a piada que quiser. Queremos um futebol com as portas abertas para gente como o Cafu e onde sejam barrados políticos nefastos como o cartola Marin e seus companheiros.
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POR José Pires
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