domingo, 29 de março de 2020

Bolsonaro e seu passeio de sabotagem da luta contra o coronavírus

Pode-se discordar do isolamento social que vem sendo aplicado por prefeitos e governadores e que até o momento é indicado pelo Ministério da Saúde, no entanto ninguém que tenha sensatez coloca em dúvida que o Covid-19 espalhou-se por todo o país e que seu contágio é perigoso, não só para quem adquire a doença como também para os que convivem com o portador. Evita-se o vírus não só em defesa própria como também em respeito ao próximo.

Só alguém muito estúpido não estaria sabendo que o risco do contágio está em aglomerações humanas, de modo que, além de evitar o contato com muitas pessoas ao mesmo tempo, jamais iria estimular que isso seja feito. Claro que esta consciência é exigida muito mais dos que ocupam cargos públicos ou qualquer posição como dirigente, quando a obrigação com a coletividade está acima do interesse individual.

Daí que o passeio do presidente Jair Bolsonaro, na manhã deste domingo em Brasília, provocando aglomerações e fazendo selfies com apoiadores e até mesmo com menores de idade, fortalece a necessidade de encontrar um caminho democrático para retirá-lo do cargo. Bolsonaro atenta contra a integridade física da população. Um político que coloca em perigo até sua própria integridade, já que está com 65 anos, numa faixa perigosa da doença, certamente não tem estabilidade psicológica para o comando do país.

Imaginem a insegurança social causada no povo de uma nação, durante uma crise sanitária mundial que com certeza causará graves estragos na economia de todos os países, vendo sua maior liderança se expondo ao risco de contrair uma doença perigosa, podendo perder dessa forma uma figura essencial numa difícil luta, com efeitos desastrosos que seguiremos enfrentando nos próximos anos.

Bem, haveria essa preocupação se o presidente da República não fosse um sujeito sem noção como Bolsonaro, de quem cada vez menos brasileiros esperam uma atitude de qualidade ou minimamente decente. É impossível encontrar qualidades em um governante que desde que assumiu o mandato faz todo esforço para provar que é um imprestável.

Ninguém está nem aí para Bolsonaro, cuja estupidez não causa espanto, mesmo ele sendo até desumano no que fala e tenta impor aos outros. Só não se sabe ainda como os brasileiros vão se livrar de um problema tão grave, que como eu já disse, é a saúva que pode acabar com o país. O episódio patético desta manhã de domingo mostra um alto grau de falta de empatia até dentro de seu círculo familiar. Qual é o filho que deixaria um pai já idoso arriscar sua saúde do modo que ele fez neste domingo? Ora, os filhos do Bolsonaro.
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POR José Pires

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