terça-feira, 31 de outubro de 2023

O terror do Hamas e do Irã no plano do domínio cruel sobre as mulheres do mundo

Está morta a jovem artista Shani Louk, que foi vista seminua e subjugada na carroceria de um veículo de terroristas do Hamas, depois de raptada violentamente em 7 de outubro durante a invasão terrorista de um festival de música eletrônica perto do kibutz Reim, onde foram mortas 260 pessoas. Durante mais de três semanas a família ainda sustentou alguma esperança de que Shani Louk estivesse viva, mas a notícia da sua morte foi dada nesta segunda-feira.


Na verdade, a cena do vídeo do dia do massacre no festival de música parecia prever coisas muito ruins para a pobre moça. Ela estava desfalecida, com homens armados com as pernas sobre seu corpo, excitados no meio da gritaria e de tiros, durante a matança. O bando armado mostrava prazer com o sofrimento daqueles moços e daquelas moças. Davam tiros nas costas dos que corriam apavorados.


De onde vem esse impulso fanático religioso que movimenta para este espetáculo de violência e crueldade, como punir os responsáveis por tal doutrina e como impor um limite não só para que seja barrada, mas também impedir que se dissemine com o falso argumento da defesa de direitos de povos que, na realidade, sofrem com o fundamentalismo islâmico até mais que o Ocidente? São questões que levantam os acontecimentos de outubro, podendo servir para alterar a excessiva tolerância de países democráticos, até agora, com essas barbaridades.


O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, explicou em parte essa doutrina do horror, no que disse sobre a morte de civis, em entrevista depois dos massacres, afirmando que “nós precisamos desse sangue, para que ele desperte o espírito revolucionário entre nós”. Ele só deixou de relatar que esse doutrinamento leva a militância masculina a ter um excitado prazer na humilhação das mulheres.


Na semana que passou foi também identificada outra mulher sequestrada, a jovem que aparece em um vídeo do Hamas com as mãos amarradas até sangrar e as calças ensanguentadas, sendo arrastada da traseira de um jipe para o banco de trás. Os terroristas em volta zombam dela, enquanto ouvem-se gritos de Allahu Akbar. O nome dessa refém é Naama Levy. Ela tem 19 anos, é estudante de diplomacia e química e começou recentemente o serviço militar nas Forças de Defesa de Israel.


A cena de violência contra Naama Levy ficou bastante conhecida entre nós depois da indignação provocada nas redes sociais pelo militante de esquerda Sayid Marcos Tenório, depois de ele zombar da israelense sequestrada pelo Hamas. Tenório, que é filiado ao PCdoB e era assessor de um deputado do partido, 


Demitido no último dia 11 de um cargo comissionado da Câmara dos Deputados por zombar de uma mulher israelense sequestrada pelo Hamas, o militante do PCdoB Sayid Marcos Tenório construiu uma longa e discreta atuação no Congresso a favor dos interesses do Irã e do Hezbollah, grupo paramilitar criado no Líbano e financiado pelo regime xiita de Teerã, através de uma rede de contatos controversa. Ele zombou, comentando sobre uma mancha de cor escura na calça da vítima: "Isso é marca de merda. [Ela] Se achou nas calças".


Com a indignação nas redes sociais, Tenório foi demitido, mas ele deve depois encontrar um cargo na obscuridade do aparelhamento esquerdista. Militante da causa palestina, ele ocupou cargos na Câmara e no governo federal nos últimos 13 anos. Depois da polêmica descobriu-se que faz tempo que ele atua como lobista do Irã e do Hezbollah.


A jornalista documentou sua reportagem com fotos de Tenório com várias autoridades iranianas, algumas feitas no Irã. O militante aparece inclusive com com o aiatolá Mohsen Araki, que tem relações diretas com o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Tenório nega o papel de lobista, mas é assim mesmo. É capaz de ele dizer também que é comum alguém se encontrar com um aiatolá do governo teocrático do Irã, considerado um dos mais radicais do regime e que além disso é interlocutor do Hezbollah.


É o Irã que está por detrás do Hamas, que no embate geopolítico do Oriente Médio é apenas um instrumento, com sua militância armada servindo como bucha de canhão e provocadores, que permite ao regime dos aiatolás impor um clima de tensão e violência não só no Oriente Médio. É preciso ter consciência de que o objetivo dessas figuras que usam a religião de forma aterradora é o de conquistar um poder de amplidão mundial.


O 7 de outubro não é só contra Israel. A ambição violenta do terror é contra todos nós e para isso suas lideranças contam de início com a intimidação à discussão crítica e à liberdade do pensamento, especialmente a de pensar que esse tipo de opressão cotidiana é uma infelicidade para a vida. E neste projeto ditatorial o papel da mulher é como figura subalterna, sem os direitos e a liberdade individual que vem ocupando cada vez mais nas democracias ocidentais.


É esta crença fanática, doutrinária, que está por detrás da assustadora crueldade com as mulheres, que se viu na invasão criminosa ao território israelense. Ressentimento com a beleza humana, a alegria juvenil e a liberdade do indivíduo foi o que os comandados de lideranças do fundamentalismo islâmico mostraram no ataque ao festival da juventude, de onde Shani Louk e Naama Levy foram arrancadas à força, para depois serem filmadas sofrendo humilhações e sabe-se lá o que mais. 


A artista Shani Louk foi decapitada pelos terroristas do Hamas, bancados pelo Irã e sob a doutrina religiosa da ditadura dos aiatolás. O presidente de Israel, Isaac Herzog, disse na segunda-feira que o crânio dela foi encontrado pelas tropas israelenses na Faixa de Gaza. “esses animais bárbaros e sádicos simplesmente lhe cortaram a cabeça enquanto atacavam, torturavam e matavam israelenses”, ele disse. 


A fronteira Gaza-Israel se encheu do sangue que o líder do Hamas revelou ao mundo de que eles precisam para seu “espírito revolucionário”. Como o mundo pode assistir no 7 de outubro, até porque os próprios terroristas fizeram questão de filmar sua barbárie, a  violência e o desprezo desumano dos terroristas se dirigiu especialmente às mulheres. Isso cria uma contradição espantosa, quando a gente vê pelo mundo afora mulheres da esquerda proporcionando, na prática, o fortalecimento de um sistema que no final tem como meta doutrinária colocar a vida feminina sob a implacável tutela religiosa e política dos homens. 

. . . . . . . . . . . . . . .

Por José Pires

domingo, 29 de outubro de 2023

Israel e o Hamas: a reação do povo judeu contra os terroristas sanguinários

Em três semanas de reação aos massacres de 7 de outubro, Israel já causou um considerável estrago na estrutura da organização terrorista Hamas. Desde a invasão no sábado religioso de 7 de outubro, quando este agrupamento de criminosos bancado pelo Irã entrou de surpresa no território israelense e passou horas de horror torturando e matando mais de um milhar de inocentes, o mundo vem assistindo a queda literal das estruturas da organização, com edifícios inteiros sendo postos abaixo e a morte de seus chefes, localizados um por um e devidamente eliminados.

 

Neste sábado, as Forças de Defesa de Israel anunciaram a morte de Asem Abu Rakaba, que coordenou os membros do Hamas que invadiram o território israelense usando parapentes. Eles desceram atirando nas pessoas. Os terroristas invadiram o festival de música próximo à Faixa de Gaza atirando nos jovens, jogando bombas, sequestrando, estuprando mulheres. Vários comandantes do Hamas foram eliminados nos últimos dias.


Até este final de semana os bombardeios também já devem ter inviabilizado uma parte considerável dos túneis que tomam a Faixa de Gaza, muitos deles construídos estrategicamente embaixo de edificações civis, fazendo da população escudos humanos na proteção de terroristas. Israel procurou resolver em parte esta questão, avisando antecipadamente dos bombardeios e focando nas sedes mais importantes do aparato militar da organização. Porém, o Hamas não deixa a população se deslocar para longe do perigo.


Os edifícios que vimos caindo, um atrás do outro, são peças fundamentais do funcionamento do terror fundamentalista islâmico bancado pelo Irã com bilhões todo ano. Nos vídeos, no entanto, parecem ser apenas locais de moradia. As televisões e sites passaram a repetir as cenas durante todo o tempo, criando uma confusão sem nenhum sentido jornalístico, embaralhando aleatoriamente cenas de edifícios em queda, como se as Forças Armadas de Israel estivessem lançando mísseis sobre a cidade, sem objetivo militar mais claro.


Nas redes sociais, no Instagram ou no Twitter, é possível encontrar materiais informativos que destacam objetivos estratégicos de Israel alcançados até agora, inclusive postados pelas Forças de Defesa de Israel, que teve uma espantosa demora na entrada da batalha da informação, que é parte essencial numa guerra. Até agora Israel vinha perdendo do Hamas nesta batalha.


Já falei desse problema há alguns dias. Parece haver uma questão cultural nessa deficiência. Não houve nenhum escrúpulo do Hamas em expor mortos e feridos nos bombardeios a Gaza, de forma até sensacionalista, procurando chocar com cenas de hospitais e salvamento de gente soterrada. Esta exposição de horrores é obviamente um plano político do Hamas. Nada se faz em Gaza sem o consentimento da organização terrorista.


Também é evidente que Israel tem material de informação muito mais chocante do que Hamas dispõe na exploração do sofrimento dos palestinos. Foram mortas 1400 pessoas pelos terroristas do Hamas no primeiro dia desse drama. Mais de 200, até idosos e crianças, foram sequestradas com violência. Os israelenses sofreram uma invasão de tropas de assassinos, que tinham como meta não só agir de forma absolutamente monstruosa como a de documentar a crueldade. Parte das cenas filmadas, em poder das Forças de Defesa de Israel, veio de câmeras dos próprios terroristas presos ou abatidos por soldados israelenses.


Nesta semana foi feita uma exibição da edição de parte do que foi filmado pelos militares israelenses nos locais em que pessoas foram atacadas e também de trechos extraídos de câmeras de terroristas. A sessão foi exclusiva para a imprensa. Jornalistas veteranos chegaram a chorar ao ver as cenas. Teve profissional que não aguentou assistir até o final.


Cheguei a ver algumas cenas do que aconteceu no sábado fatídico. Realmente não é fácil de suportar. E cabe dizer que no ataque terrorista a Israel não se trata de vítimas de danos colaterais numa guerra, mas de torturas e humilhações feitas de propósito, com intenção não só de ferir mas de criar cenas chocantes com objetivo político. Esta diferença conta muito. E a cobertura da imprensa não vem dando a devida importância ao que não se iguala nesta guerra.


Mas é claro que Israel não poderia expor seu sofrimento do mesmo modo que o Hamas determinou que fosse feito em Gaza. Há nisso um fator cultural, na oposição entre o humanismo e o fanatismo fundamentalista de um grupo de assassinos que exerce um domínio cruel sobre seu próprio povo. Além disso, há um paradoxo, também advindo, em parte, desta questão moral: uma exposição desse tipo de cena seria recebida com severas críticas se fosse feita por Israel. 


Mas existem formas equilibradas de trabalhar a informação contra o inimigo e as Forças de Defesa de Israel recuperaram esta capacidade nesta semana. Passaram a explicar sobre a real função de prédios que aparecem sendo derrubados por mísseis. Foram exibidos áudios e vídeos de autoridades do Hamas, com a revelação do caráter manipulativo de chefes terroristas e a determinação cruel da exploração da violência, sem distinção, até com a deliberada exposição da população civil com este objetivo.


Sobre este uso do sofrimento e da morte de civis palestinos, chamou a atenção nesta semana uma entrevista de Ismail Haniyeh, líder do Hamas que vive longe de Gaza, no luxo, entre o Catar e a Turquia. Falando para o canal de televisão libanês do Hezbollah, ele disse o seguinte: “Nós precisamos desse sangue, para que ele desperte o espírito revolucionário entre nós”. 


Não é nada diferente do discurso histórico de muitas personalidades da esquerda na América Latina, de Perón a Fidel Castro, passando por Che Guevara, Daniel Ortega, Hugo Chávez, entre outros, inclusive de figuras políticas do Brasil, até hoje exaltadas pelos esquerdistas como heróis da pátria. Em parte, serve para explicar a ligação emocional absurda com grupos terroristas como o Hamas, que brota na esquerda brasileira, às vezes com a falsa alegação de que é um apoio à causa dos palestinos ou de qualquer outro povo injustiçado.

. . . . . . . . . . . . . . .

Por José Pires

sábado, 21 de outubro de 2023

Os terroristas do Hamas e seus passadores de pano no Brasil

Durante uma explicação sobre o que vem ocorrendo no Oriente Médio, depois da invasão ao território de Israel e os massacres cometidos pelo grupo terrorista Hamas, um jornalista da CNN contou que durante uma cobertura estava certa vez em um hospital da Faixa de Gaza, quando próximo ao grupo com que ele conversava de repente abriu-se um alçapão e dele saíram vários membros do Hamas. O jornalista foi o único que ficou surpreso e ficou observando com curiosidade a cena. Para os palestinos aquilo era uma normalidade.


Os alçapões também se abriram por aqui, no Brasil, com uma incontrolável preferência da esquerda pelo Hamas neste embate, com o governo do PT e o próprio partido do Lula expondo enfim sua simpatia pelo grupo que mesmo depois da mortandade cruel. O grude é antigo. Deputados do PT já haviam assinado manifesto de apoio ao Hamas em 2021, com o título “Resistência não é terrorismo!”, posicionando-se contra a classificação do Hamas como “organização terrorista”. Alexandre Padilha e Paulo Pimenta, ministros atuais de Lula assinaram o apoio. 


O assessor especial de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, também contribuiu para a passada de pano para terroristas. Amorim afirmou que "anos de tratamento discriminatório" de Israel contra palestinos levaram ao ataque do Hamas. É uma teoria diplomática tradicional da esquerda, uma cobrança de justiça histórica, neste caso com a justificativa de que vale matar jovens pacíficos em um festival ao ar livre e criancinhas no berço.


No sábado, o Hamas havia mostrado como é sua “resistência”, ao torturar e matar centenas de jovens no festival de música. Nos últimos dias, em vez de condenar e chamar o Hamas do que eles são de fato, o PT ficou atacando os representantes das vítimas, a embaixada de Israel. E o presidente Lula teve a desfaçatez de evitar dizer o nome da organização criminosa, em notas de pêsames à vítimas brasileiras mortas pelo Hamas. Mesmo com vídeos feitos pelos próprios terroristas enquanto massacravam inocentes, Lula ainda mantém-se firme na tese do crime sem autor.


Na quarta-feira ficou escancarado outro alçapão, obrigando o governo petista a demitir o presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Hélio Doyle, que publicou um post chamando de “idiota” os apoiadores de Israel. "Não precisa ser sionista para apoiar Israel. Ser um idiota é o bastante", diz a postagem. Com a revelação desse insulto, surgiram uma série de posts anteriores do malcriado, com críticas grosseiras a Israel. E a figura é professor aposentado de comunicação da UnB. Creio que não é necessário falar do que um mestre como este enfiou na cabeça dos alunos durante a formação deles como jornalistas.


Mais episódios foram aparecendo na cobertura nesta guerra, especialmente com a reação do governo de Israel depois dos cruéis massacres com mais de mil mortes de imediato, no sábado, dia 7. Houve um absurdo desequilíbrio na mídia durante esta semana, praticamente desaparecendo as graves razões dos bombardeios à Faixa de Gaza. Parecia até que foi Israel que começou tudo. Recapitulando: primeiro, pessoas foram fuziladas em Israel, enquanto o Hamas lançava cinco mil foguetes no território israelense. Muitas dessas vítimas sofreram humilhações e torturas antes de serem mortas, os terroristas estupraram mulheres antes e depois de mortas, cortaram cabeças, queimaram gente viva, fizeram horrores até a fuga de volta à Gaza com muitos reféns, matando alguns deles pelo caminho.  


Com a reação de Israel, mesmo com os avisos antecipados sobre bombardeios, começaram a acontecer os efeitos colaterais da morte de civis do lado palestino. Alertas sobre locais a serem atacados não funcionam com o Hamas. Faz parte da estratégia do grupo fundamentalista islâmico o uso dos palestinos como escudos humanos não só em situações de combate como para camuflar instalações militares e administrativas do esquema de terror. Gaza é um campo de concentração que tem como carcereiros os militantes do Hamas, de modo que neste lugar só é possível fazer o que a organização terrorista permite.


Quando fica sabendo onde será um bombardeio é mais fácil o Hamas encher de civis o local onde vai cair a bomba. Não vão proteger civis, muito menos deslocar a população para longe de riscos. Isso nunca fez parte da sua estratégia. E agora partem também para a guerra de narrativas, enchendo as redes sociais de imagens com crianças sofrendo, expondo corpos das pessoas e o sofrimento de feridos. É uma óbvia política de contra-informação, na guerra de narrativas que sempre dominou qualquer guerra, mas que ficou mais fácil agora, quando basta um celular nas mãos para expor o inimigo como um agente do mal.


Os israelenses poderiam também expor imagens bastante chocantes, muito antes dos mísseis contra terroristas caírem sobre Gaza, logo no começo, com a espantosa ação dos terroristas do Hamas no sábado, dia 7. Mas é uma questão de cultura e de obrigações, políticas e jurídicas, que o governo israelense tem que cumprir. O Hamas é uma ditadura religiosa. Este é o cenário político: um país democrático de um lado deste drama e do outro uma organização de sádicos que age violentamente, inclusive contra seu próprio povo.


Vídeos registrando a violência do ataque a Israel foram feitos pelos próprios terroristas, durante a invasão. Assisti a vários deles, uma das gravações tendo sido feita dentro de um dos bunkers, onde jovens do festival de música se abrigaram para fugir dos criminosos. Nunca mais vou esquecer o pavor dessas pessoas, algumas machucadas. Lembro sempre, nos poucos segundos da gravação, de um moço de pé num dos cantos do abrigo, como o rosto paralisado, em close, com o espanto absoluto de estar vivendo aquela situação inviável. 


Foram exibidas imagens feitas pelas Forças Armadas de Israel do que se viu depois da reação do exército israelense, combatendo os terroristas em vários kibutz e salvando jovens nas imediações do festival de música. Porém, nada foi exposto de forma explícita, muito menos corpos de vítimas de violência. Já falei: é uma questão de cultura. Não é difícil imaginar as cenas de horror que foram encontradas em Israel, em casas incendiadas, quartos de crianças metralhados, uma porção de coisas horrorosas feitas pelo Hamas, que demonstram que, além do método calculado, esta organização foi definitivamente tomada por um espírito diabólico que somente com muita ingenuidade pode-se acreditar que é possível regenerar com diálogo e negociação.


Eles não são loucos. Existe uma doutrina nisso, da intolerância, da negação até de aceitar que se possa acreditar em algo fora dessa doutrina. Mas o Hamas não é um exército regular, também não é um partido, muito menos um organismo de Estado que pode servir como referência política ou diplomática. O PT e parte da imprensa fazem de conta que seria possível para Israel estabelecer negociações civilizadas com o Hamas, criando “corredores humanitários” e a defesa da integridade física dos civis. Francamente, para isso não haveria a obrigação de contar com a colaboração dos cortadores de cabeças?


O raciocínio que iguala o único país democrático do Oriente Médio a uma organização que invade quartos infantis e massacra crianças dormindo, se adotado teria que levar inevitavelmente Israel a praticar a diplomacia com o bando de assassinos que matou mais de mil pessoas, primeiro em um festival de música e depois em kibutzes onde judeus guardavam um feriado religioso. Será que não entra na cabeça de nenhum desses virtuosos idealizadores de um improvável acordo que a matança do Hamas só podia ter um propósito contrário a qualquer diálogo razoável?


Mas passamos esta semana assistindo a certas figuras e a imprensa sugerindo ao governo de Israel um recuo dos ataques, quando as autoridades israelenses já deixaram claro o objetivo de eliminar a capacidade militar do Hamas, prendendo ou matando seus dirigentes. Pela lista divulgada até agora, as baixas são grandes entre os dirigentes terroristas. Os bombardeios planejados já demoliram prédios inteiros da organização. É evidente que estão fazendo ruir pelo menos as instalações subterrâneas mais importantes. Mas vá lá: aceitemos que um caminho mais ponderado e pacífico fosse aceitável. 


Bem, então os israelenses poderiam desistir de seu país, que estaria anulado na sua segurança em todos os aspectos: na vida pessoal, no trabalho, na economia ou em qualquer outra atividade que proporciona sustentação a uma nação. Para citar apenas um dos sérios problemas criado pelo Hamas, vale perguntar como fica a indústria de turismo, importante economicamente também para os palestinos. Empregos se foram de imediato, lançando na miséria uma população que já não estava bem. Como será restabelecida no local a própria reverência religiosa de três religiões importantes da humanidade?


Nem vou perguntar que forma de “resistência” é essa, pois lançar países em conflitos irresponsavelmente desqualificados é um fator histórico de extremistas. O ataque do Hamas deixou a região em um estado precário de segurança, que se não for restabelecida condenará todos a uma vida à beira do pânico, com um prejuízo ainda mais grave para Israel. Alguém acha mesmo que a partir dos massacres de 7 de setembro, em Israel poderia haver a possibilidade da convivência com a ideia da permanência de um Hamas pronto a atacar de novo?


Me parece claro, até pelo esforço do próprio grupo terrorista na construção deste cenário político que impõe a necessidade absoluta da sua própria destruição, que a possibilidade de uma razoável segurança — pelo menos sem a ameaça permanente de uma força política violenta pronta para o bote traiçoeiro — não tem como ser obtida numa negociação de um acordo de paz em que teria de haver a confiança na palavra de uma organização que corta a cabeça de criancinhas em seus quartos de dormir.

. . . . . . . . . . . . . . .

Por José Pires

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

O cancelamento do chocolate que apostou na integridade moral de Felipe Neto

O youtuber Felipe Neto passou um péssimo final de semana e vai entrar numa semana de muita tensão. Ele arrumou uma baita encrenca para o chocolate Bis, depois da sua contratação recente como garoto-propaganda do produto. Por causa do patrocínio, seus inimigos lançaram nas redes sociais uma campanha pedindo o boicote ao chocolate, envolvendo também a Lacta, fabricante do Bis.


A imprensa vem noticiando que o boicote é proposto por “bolsonaristas”, mas esta afirmação traz o desconhecimento sobre motivações muito mais amplas do que a relação com um outro lado de uma polarização política, que na verdade nem tem essa densidade, em um tema explorado em excesso por um jornalismo que acaba elevando Jair Bolsonaro ao centro de questões sociais e políticas em que ele apenas surfa, como fazia sempre em escalas menores, quando boquejava como representante do baixo clero da política.


Existe atualmente um debate acirrado nas redes sociais sobre liberdade de expressão e posicionamento quanto a questões de comportamento e da moral. Também recebe muita atenção as propostas de controle das redes sociais. É nesses assuntos que está a treta com Felipe Neto, que também é um adepto feroz de campanhas de cancelamento nas redes. O boicote pode ter começado com bolsonaristas, mas tem motivações que colocam na briga pessoas interessadas em outras questões e que nem simpatizam com Bolsonaro.


A adesão ao boicote pode ser até a simples razão de fazer tilintar o caixa. Está aí algo que anima quem lida, digamos, profissionalmente com redes sociais. Com youtuber famoso no meio, qualquer polêmica terá como base a luta por audiência de internautas. Isso traz propaganda nas várias plataformas, aumenta a monetização no Youtube. Serve também para vender produtos próprios e fazer propaganda, como é o caso agora da parceria entre o Bis e Felipe Neto. 


O debate político também entra nessa caixa registradora. A política, que já era profissão antes da popularização da internet, virou um estimulante precioso para ganhar dinheiro. Muitos dos mais animados bolsonaristas ou petistas estão na verdade caçando likes para faturar. Nas últimas duas campanhas eleitorais e nos quatro anos terríveis do governo Bolsonaro, além desse quase um ano muito difícil com Lula, o que esse pessoal vem fazendo é brigar para ganhar monetizações. Até políticos publicam vídeos monetizados.


Claro que o boicote ao chocolatezinho da Lacta também entra nessa jogada. A hashtag #BisNuncaMais foi um dos assuntos mais comentados do Twitter neste sábado, fazendo sucesso também em outras plataformas. A campanha da direita teve realmente um alto engajamento e dizem que mexeu até com a posição da Lacta na Bolsa de Valores. É impressionante a quantidade de material produzido nas redes sociais para o boicote, que vai além de textos curtos no Twitter, no Instagram ou em outra plataformas. São vídeos, logotipagem, memes dos mais variados. 


Enfim, com a contratação de Felipe Neto o marketing da Lacta arrumou o que nenhum produto quer encontrar pela frente: uma contra-propaganda agressiva, que a partir do impulsionamento vai estimulando a participação de forma espontânea de criadores de conteúdo, caseiro ou não, que chega a casa de milhões.


A complicação do envolvimento de uma marca comercial em um processo negativo desses nem é só pela perda de dinheiro, que é claro que preocupa, mas pelo risco de colar-se à imagem da empresa e do produto uma fama muito ruim. E tem pouca coisa pior do que um produto entrar em um debate político que qualquer um sabe que é dos mais agressivos, pelo que tem na origem e no que virá pela frente, ainda mais grudado a um lado da questão. 


Tudo fica ainda mais perigoso se a confusão tem cerca de 50 milhões de eleitores de cada lado, sem falar nos milhões que detestam os dois lados que foram para o segundo turno da eleição presidencial. E que não se pense que a esquerda vai começar a comer bis por causa de Felipe Neto. O estrago pode vir do outro lado, mas nem é o fato do Bis vender menos ou mais que demonstra o erro crasso de marketing.


Se a pecha pega, será um trabalho duro desfazer-se depois da carga negativa. O próprio Felipe Neto parece não ter entendido o risco comercial de imagem. Logo que começou a confusão nas redes, a Mondelez Brasil, detentora da Lacta, correu para justificar a entrada do youtuber como propagandista da marca, afirmando em nota que as contratações de influenciadores "estão relacionadas unicamente" à relevância deles no universo gamer e de entretenimento, "sem qualquer vínculo ou apoio político de qualquer natureza".


No entanto, Felipe Neto foi em direção contrária, alimentando a polêmica nas redes sociais com textos e vídeos com conteúdo político, falando do boicote. Ele chegou a lembrar as discussões que aconteceram durante a pandemia da Covid, sobre atitudes de prevenção contra a doença. Ora, mas é desse modo, fazendo de qualquer assunto um motivo para pancadaria, que Felipe Neto ficou rico. 


Quando começou o fuzuê, houve também o que se pode chamar de dano colateral, com a entrada de petistas no confronto. Aí é que entra o pior: a solidariedade da esquerda, que atualmente anda passando pano para o grupo terrorista Hamas nas redes sociais. Como exemplo de como piorou o problema sério da Lacta, os senadores Randolfe Rodrigues e Humberto Costa postaram vídeos nas redes sociais exibindo-se com o chocolate. Na foto patética, eles posam como se fossem esteio moral para alguma coisa. Para não perder o trocadilho, deram bis ao prejuízo da Lacta. 


Não é surpresa a falta de seriedade dessas duas figuras, mas as complicações da Lacta não é só pelo que ambos representam. Entra também a rejeição pessoal de cada um. Ressalte-se nessa encenação ridícula a demonstração da incapacidade das duas lideranças do governo Lula de compreender as dificuldades que essa politização inadequada pode criar para uma empresa, independente neste caso de qualquer juízo de valor sobre a honestidade política deles.


Com o garoto-propaganda, a Lacta comprou uma montanha de complicações. Coisas assim é que fazem pensar como é composto o setor de propaganda dessas indústrias. Será que a aparelhagem política, que em várias áreas universitária fazem os jovens saírem com um diploma tecnicamente precário e a lavagem cerebral esquerdista completa, contaminou também os cursos de propaganda?


Quem conhece as redes sociais sabe o que Felipe Neto representa como chamariz de treta. Expliquei acima que é disso que youtubers como ele usam como impulso para ganhar dinheiro. E não importa o lado ideológico. Direita e esquerda adotam do mesmo modo as provocações, às vezes até mudando de lado. Felipe Neto começou a carreira batendo no PT, inclusive xingando Lula diretamente. Agora trocou de lado, mas não do caráter dessa mudança. O negócio é “money”, entendem? 


Felipe Neto é um antigo arranjador de tretas na internet, desde que essa plataforma começou a se popularizar no Brasil. Conquistou fama, explorando um artifício comum até hoje: tratando de temas com o único sentido de causar confusão e debates inúteis, armando as maiores polêmicas e arrumando brigas com outros youtubers ou personalidades da política, da cultura ou de qualquer coisa que traga audiências, com os chamados likes e evidentemente a monetização do Youtube, que lhe deu uma dinheirama. Ficou milionário com suas tretas.


Na última eleição, ele foi um agressivo cabo-eleitoral de Lula, batendo firme em qualquer crítico do petista. Ele posa de “antibolsonarista”, mas isso é uma fraude. Foi tremendamente agressivo também com quem queria debater com mais profundidade a escolha do presidente, tratando mal a chamada “terceira via”, que foi demolida ainda no primeiro turno, em um esquema que juntou adeptos de Lula, figurões do judiciário e da política, liderados por uma aliança que tinha basicamente o interesse de afrouxar o rigor contra a corrupção no país.


Individualmente este espalhamento de sujeira pode ser lucrativo. Dá fama e dinheiro para quem vive de produzir porcaria em comunicação, sem nenhuma responsabilidade com as pessoas. Mas a consequência pode ser o contrário do ponto de vista dos benefícios de uma empresa, no fortalecimento do prestígio de um produto, na sua venda direta e na sustentação de longo prazo.


Sem dúvida, essa preocupação com a sustentação da qualidade sobre o que diz ou o que vende não faz parte da visão de mundo de alguém como Felipe Neto, que passou a vida lucrando com a disseminação de confusão e sujeiras, chegando a criar uma estrutura para manter vigorosamente ativa essa fábrica de dinheiro, a partir da desgraça na comunicação entre as pessoas. Alguém acredita que disso poderia sair um garoto-propaganda benéfico para uma marca comercial? Parece que o departamento de propaganda da Lacta acreditava que sim.

. . . . . . . . . . . . . . .

Por José Pires

sábado, 14 de outubro de 2023


 

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Israel cortando a organização terrorista Hamas pela raiz

Uma forma eficiente de ganhar um debate é igualar situações que são completamente diferentes. Com os ataques terroristas do Hamas em Israel, essa forma de argumentar espalhou-se pela internet, vinda da parte de esquerdistas com uma desconfiável relação política com o Hamas e o hábito de passar pano para a violência deste grupo de bandidos e de outras organizações armadas.


No caso, essa fórmula simples de comparação sempre aparece no debate, na advertência de sempre, condenando à violência contra a população civil. Na tentativa de anular a previsível reação depois dos bandidos ideológicos terem barbarizado, o militante vem com a conversa sobre a população civil.


O recurso chega a parecer idiota, afinal quem pode ser favorável ao ataque à civis inocentes? E parece que o bico entortou irremediavelmente depois de tanto uso. Essa conversa voltou, mesmo a reação do governo de Israel ocorrendo exatamente porque os terroristas do Hamas massacraram civis inocentes.


Parece fácil escapar dessa armadilha política, mas não se engane. Em uma discussão equilibrada, com exigência de fundamentação de qualidade e sustentada pela lógica, essa conversa fiada é facilmente derrubada. Mas o debate é de massa, com sustentação de militância treinada, pronta para fazer acusações falsas, cancelar as pessoas e até apelar para processos judiciais.


Esse pessoal tem apoio partidário, além do abraço psicológico do espírito de grupo. Muitos contam com sustentação financeira, por meio de cargos nomeados de longos anos. Fazem só isso na vida. São profissionais da destruição de reputações e da elevação até mística de certas ideologias e idolatrias pessoais.


A observação do “repúdio a atos de violência contra a população civil” coloca de imediato a militância numa condição virtuosa e mantém em segundo plano (ou até sem nenhuma menção) os autores da violência que detonou o embate. 


Essa argumentação hipócrita também exige que, no debate, o adversário fique explicando o óbvio. Como eu já disse, quem é que pode ser favorável ao ataque a civis inocentes? E onde existe alguém que não concorda que os palestinos têm o direito a um lugar para viver dignamente?


Mesmo assim, o assunto pode ser desviado para o sofrimento do “povo palestino”. O tema pode consumir horas de debate, sem que fique claro que além de Gaza os palestinos habitam outro território, a Cisjordânia governada pela Autoridade Palestina, que é rival do Hamas. Na Cisjordânia vivem cerca de três milhões de palestinos, Gaza tem cerca de dois milhões. Em Israel vivem aproximadamente 1,9 milhão. E claro que outros países do mundo também acolhem palestinos. 


Portanto, o Hamas não representa os palestinos. Pela força, o grupo terrorista se impõe aos palestinos de Gaza, onde hoje em dia existe uma ditadura religiosa islâmica. O Hamas manda até mesmo no comércio local, com o controle sobre empregos, fornecedores e toda a estrutura econômica. Ninguém faz nada sem a aceitação do grupo terrorista, que nem é preciso dizer como se relaciona com a oposição. Neste sábado que deu para sentir do que o Hamas é capaz. Não existe a necessidade de explicar o que faz em casa um grupo terrorista que pratica as atrocidades vistas em Israel.


Pela via democrática os palestinos certamente não escolheriam um governo do Hamas, até porque fora da área de poder desses terroristas as mulheres exercem hoje em dia um papel destacado entre os palestinos, expandindo a liberdade no ambiente familiar e no trabalho. Este ponto essencial da liberdade feminina vai de encontro à doutrina fundamentalista do Hamas. Os terroristas são linha dura com o mulherio, o que deixa muito mal as feministas brasileiras de esquerda, que ficam caladinhas, aumentando o silêncio esquerdista por aqui.


Voltemos, no entanto “à violência contra a população civil”. A frase é desonesta, porque induz a avaliar danos colaterais como ação planejada. O Hamas atua taticamente de uma forma que não deixa espaço algum para a defesa da população civil. Os terroristas sequestraram civis neste sábado em Israel e com certeza muitos reféns foram colocados em alvos militares em Gaza. Não duvido que mais à frente apareçam denúncias de mortes causadas por bombardeios de Israel.


Para evitar a morte de civis, o governo de Israel teria de abdicar da reação militar aos massacres praticados no seu território. O Hamas sabe que isso é impossível, pois planejou com rigor para que tenha que ocorrer a reação. A invasão do grupo terrorista a Israel foi seguida de assassinatos violentos, mataram e sequestraram centenas de pessoas, exatamente para atiçar no inimigo a necessidade da reação.


Na imagem, veja como ficou o quarto de uma criança em um kibutz, depois da passagem do Hamas, organização armada que umas figuras têm dificuldade de chamar de terrorista. A foto é das Forças Armadas de Israel.


O grupo terrorista mantém também um método militar de usar a população civil como escudo humano. Instalações militares e escritórios políticos são dispostos estrategicamente entre casas e edifícios com moradores, ao lado de ambientes comerciais e de indústrias. Qualquer alvo militar do Hamas está cercado de população civil. As mortes fazem parte do planejamento posterior da propaganda política.


Nas operações militares esta semana, o governo israelense vem avisando antecipadamente sobre os locais bombardeados. É uma chance dos civis saírem de perto do alvo. Mas aqui cabe uma questão em que a esquerda não toca: a população civil deveria sair da proximidade dos locais ocupados pelo Hamas ou em respeito ao povo o Hamas deveria ter instalações longe de lugares habitados por civis? Não há muito que discutir. É dessa forma, mantendo os civis longe de riscos, que um exército, regular ou não, age em relação à população de seus países. 


O Hamas faz o contrário, com o objetivo de usar politicamente o sofrimento de civis no caso de uma reação aos seus crimes terroristas. O setor de propaganda deve babar de prazer quando uma bomba dirigida a um dirigente do Hamas atinge também as famílias que vivem próximas aos chefes do terror.


Qual é a razão, então, dessa dificuldade da esquerda classificar como terrorista o Hamas? Ora, os motivos estão dispostos bem acima desses terroristas. São compromissos anteriores, com figuras de poderes maiores, entre os quais o Irã, que traz inclusive a suspeita de dívidas, políticas ou talvez até financeiras, que deixam o credor com o controle da, digamos, amizade.


Existe também a férrea criação de um inimigo político de décadas, apontado como um ente demoníaco: o capitalismo, que na visão da esquerda concentra os males da civilização. Aqui cabe apontar de novo o bico deformado pelo cachimbo totalitário, afinal a ladainha permanece, mesmo após tantas mudanças geopolíticas e mesmo tecnológicas, especialmente nos últimos anos. 


Os massacres em Israel explodiram como uma impactante surpresa em meio a tanto delírio ideológico. Por óbvio, até o atual governo beligerante de Israel foi pego de calça curta. Na minha visão, houve um grave erro de cálculo  na ação do Hamas. A vitimização hipócrita de que falei acima pode até ter um forte efeito na opinião pública internacional quando os terroristas se abrigam atrás da população civil depois do ataque a objetivos militares.


Não foi o que aconteceu neste sábado. O horror vivido por inocentes nas mãos do Hamas foi de uma crueldade impressionante, além de que foi possível assistir em todo mundo, quase na mesma hora, muitos desses massacres. Isso lançou a tática de vitimismo do Hamas  para o passado. Creio que já deixei claro que é natural como sentimento humano a contraposição ao sofrimento de civis inocentes. Não sei se houve um desacerto dos terroristas com o efeito atual da tecnologia ou se foram cegados pelo fanatismo.


O efeito do horror, no entanto, teve como consequência a aceitação da inevitabilidade do dano colateral do sofrimento da população civil, que o Hamas torna impossível de evitar ao posicionar inocentes estrategicamente para serem aniquilados. A violência dos bandos de terroristas em Israel foi desmedida até para os padrões da crueldade fundamentalista, no método e na quantidade. Tanto é assim, que compara-se este 7 de setembro em Israel com o 11 de setembro nos Estados Unidos.


O erro de cálculo do terror parece ter trazido a aceitação da necessidade de uma reação com rigor contra os autores da desumanidade da invasão e dos massacres em Israel. A eliminação de toda a base de sustentação do Hamas acaba sendo vista como necessidade absoluta, uma solução prática para que não se efetive o plano da manutenção indefinidamente do clima de terror, prolongando no tempo as décadas perdidas até agora com tanta violência. 


O ataque rigoroso ao Hamas pode também ser uma lição prévia, servindo como um alerta a poderes muito acima do grupo terrorista, que de outro modo, com a impunidade imperando, poderiam ceder à tentação de agir em outros lugares, em crueldade e proporções militares muito  maiores ao que esses bandidos fizeram em Israel.

. . . . . . . . . . . . . . .

Por José Pires

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Os terroristas do Hamas que Lula e o PT não querem ver

O que dizer de um governo que não é capaz de identificar o terrorismo mesmo quando ocorrem atentados praticados com uma crueldade impressionante, vitimando inclusive brasileiros? Isso não é surpresa quando se trata do PT no governo, ainda mais quando os terroristas são bancados pelo Irã, de antiga parceria internacional com Lula e seu partido. Até agora o governo do PT reconhece apenas como “atentados” os massacres praticados pelo grupo terrorista Hamas em Israel. 


O presidente Lula já teve que dar os pêsames por duas mortes de brasileiros e em ambas classificou a causa das mortes apenas como “atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel”. E por malandragem política asquerosa, o petista ainda procura colocar em dúvida a necessária reação do governo de Israel, destacando o “total repúdio do governo brasileiro  a todos os atos de violência contra a população civil”. Na imagem, a brasileira Bruna Valeanu, assassinada pelo grupo terrorista que o presidente brasileiro não consegue nominar.


É o jargão adotado pelo governo do PT. O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, identifica exatamente da mesma maneira a matança do último sábado: “atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel”. O grupo terrorista Hamas invadiu Israel, fuzilou centenas de pessoas desarmadas, perseguiu, espancou e degolou inocentes. E fez questão de deixar clara sua autoria. Mas mesmo assim o governo do PT não consegue digitar a palavra “terror”, “terrorista”, muito menos “Hamas”, o nome do grupo criminoso.


O ministro dos Direitos Humanos demorou quatro dias para falar do atentado terrorista. No caso de Almeida, que deve ter ganhado muito dinheiro vendendo livros com a sua teoria absurda do “racismo estrutural”, existe até um contrassenso nesta dificuldade de chamar um crime pelo nome e identificar a autoria, pois do lado do Hamas o racismo contra os judeus é uma importante motivação dos massacres.


As duas vítimas brasileiras estavam no festival de música eletrônica onde houve um dos ataques terroristas na manhã de sábado. Provavelmente foram fuzilados pelos militantes do Hamas, podendo ter sofrido violência antes de serem mortos. Os terroristas islâmicos fizeram do final de semana um dia de horror que fatalmente será lembrado por muito tempo e que terá muita consequência pela frente.


Além das notícias sobre os atentados do Hamas, no mesmo dia passaram a ser espalhados pelo internet vídeos e fotografias com o registro das impressionantes maldades praticadas pelos terroristas. Do ataque ao festival de músicas podemos ver imagens chocantes em vídeos de centenas de jovens correndo com pavor, enquanto os terroristas atiram indiscriminadamente nas pessoas.


Várias dessas pessoas foram sequestradas, na conhecida tática do Hamas de usar reféns como escudos humanos, fazendo também outro uso indecente dos cativos. Inocentes servem como moeda de troca com bandidos terroristas presos em Israel. Antes disso, são vítimas do sadismo dos terroristas. Uma cena terrível que pode ser vista na internet é de uma mulher muito jovem com as mãos amarradas e marcas de espancamento, que é levada pelos cabelos e empurrada violentamente por um grupo de terroristas para dentro de um  automóvel.


Noutro vídeo, uma jovem aparece seminua e com as pernas quebradas, deitada de costas na caçamba de uma picape. É a moça alemã, que antes de ser sequestrada ainda conseguiu falar com a mãe pelo celular: estava em pânico. Terroristas armados a imobilizam. Militantes em volta comemoram gritando o nome de Alá. Aconteceram fuzilamentos nas ruas, na beira de estradas, houve espancamentos e até degolas, além de sequestros que vitimaram também crianças e idosos. Um vídeo filmado pelos próprios militantes islâmicos mostra uma senhora de 80 anos com um fuzil dos bandidos colocado no colo, sendo obrigada a fazer gestos de apoio para a câmera.


Nesta terça-feira, outra barbaridade foi descoberta por militares israelenses, que encontraram duas centenas de pessoas assassinadas no kibutz Itai Veruv, próximo à divisa da Faixa de Gaza, entre elas 40 crianças, algumas delas decapitadas. Só na manhã desta terça-feira os militares israelenses derrotaram os terroristas que invadiram o kibutz, incendiando casas e matando moradores. Segundo o general Itai Veruv, que comandou a operação de resgate, foram encontrados corpos de famílias inteiras com sinais de extrema violência.


Isto é o registro de apenas um pouco da quantidade de atrocidades que podem ser vistas pelas redes sociais. Numa andada pelo Twitter, especialmente em páginas com o foco em assuntos internacionais, podem aparecer coisas tão aterrorizantes — ou até mais, já que neste caso não estamos no terreno místico da ficção — quanto as que Dante Alighieri nos mostra do seu Inferno.


Não há outro nome para dar a isso do que terror. E os autores de tamanha monstruosidade não devem ser chamados de outra coisa que terroristas. O Hamas não é um partido: é um grupo terrorista, adepto  que se impõe pela violência até mesmo ao povo palestino. Para mim, esses criminosos não precisavam ter praticado o horror de agora. Já faz tempo que os vejo como terroristas, que usam a causa palestina como justificativa para sua doentia ideologia e a violenta mística fundamentalista que querem impor ao mundo.


Com seu fanatismo cruel, o próprio Hamas desmentiu quem até então queria deixar encoberto seu comportamento bárbaro. No entanto, mesmo com tudo o que vimos com espanto até agora, sem falar no que possivelmente poderá surgir mais adiante em matéria de horror, ainda assim, com todas essas provas fotográficas e filmadas, os testemunhos e reportagens, mesmo com tudo isso, Lula e seu partido, todos neste governo hipócrita e covarde, ninguém consegue dizer a palavra “terrorista”, ainda menos se acompanhada do nome Hamas.

. . . . . . . . . . . . . . .

Por José Pires