sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A indubitável participação de Palocci

Indubitável e incontroverso são palavras fortes. Ambas tem o mesmo sentido: de algo incontestável. As duas ressaltam que o fato não admite discussão.

Pois o Ministério Público Federal afirma que é “indubitável” e “incontroversa” a constatação da participação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. A denúncia afirma que também tomaram parte na quebra o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o ex-assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Neto.

Em sua denúncia, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza − o mesmo do caso do mensalão, no qual denunciou 40 −, lista vários telefonemas trocados e encontros mantidos entre os três nas horas anteriores à publicação da notícia no site da revista Época.

A intenção aparente da notícia era colocar Francenildo Costa sob suspeição. Seus depoimentos à CPI do Bingo, em março de 2006, haviam deixado o então ministro da Fazenda, Palocci, em situação bastante difícil. Entre outras coisas, Francenildo, que era caseiro da mansão mantida por lobistas em Brasília, disse que Palocci também a frequentava. A mansão era da chamada “República de Ribeirão Preto”, um grupo de lobistas com ligações antigas com Palocci.
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POR José Pires

E a incontroversa participação da Época

A quebra do sigilo bancário de Francenildo Costa e a participação de setores da mídia no caso é um dos casos mais sórdidos do governo Lula. E vai ficar na história da República entre os piores fatos da política. O depoimento do caseiro foi no dia 16 de março. Um dia depois a notícia de que ele teria movimentação financeira incompatível com a renda saiu no site da Época.

Para publicar com urgência a notícia, com a suposta intenção de abafar o depoimento de Francenildo, a revista lançou naquele dia um blog na internet. O blog foi aberto no dia 17 de março de 2006 postando às 18:45:02 a notícia sobre depósitos na conta do caseiro. Evidentemente a revista não conta como obteve a informação. Hoje o blog está abandonado. Fui ver como ele está agora. A última postagem data de 17 de março de 2007, ou seja, durou exatamente um ano. Dez dias depois, no dia 27, Palocci caiu do ministério.

O procurador da República lista seis telefonemas para a revista Época no dia 17 de março: nos horários de 10h03, 12h33, 12h40, 15h38, 16h43 e 17h40. A notícia saiu no blog às 18:45:02, como disse acima. O dia foi bem corrido, na revista e no ministério. Além disso, um dia antes aconteceram 12 ligações entre Palocci e seu assessor de imprensa. No dia 17 falaram nove vezes.

O primeiro a revelar que o então assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Netto, estava envolvido no vazamento do sigilo foi Diogo Mainardi em sua coluna na Veja. No mesmo texto, Mainardi deu também uma importante notícia: um dos filhos de Marcelo Netto, Matheus Leitão, era repórter da Época. Escreveu então Mainardi: “O episódio é ilustrativo dos esquemas de aliciamento, apadrinhamento e cumplicidade do petismo. Um protege o outro. Um defende o outro. Um conluia com o outro. Um contrabandeia mercadoria ilícita para o outro. Toda essa história surgiu porque o caseiro Francenildo Costa não sabia quem era seu pai. O jornalista Matheus Leitão sabe perfeitamente quem é o seu. É Marcelo Netto”.

A alusão ao pai de Francenildo Costa se deve ao fato de que o depósito em sua conta havia sido feito por seu suposto pai (Francenildo teria nascido de uma relação extraconjugal) como parte de um acerto entre os dois. O vazadores do sigilo não tinham tido tempo para saber que, na verdade, o que estava em suas mãos era apenas uma “bombinha” jornalística, cujo efeito ao invés de desmerecer acabou aumentando a credibilidade do caseiro.

Helena Chagas, chefe da sucursal do jornal O Globo em Brasília, também esteve implicada no caso. A jornalista morava, que morava ao lado da mansão do grupo de Palocci, soube da alta movimentação na conta do caseiro. Nem pensou em fazer uma matéria jornalística: passou a informação para Palocci.

Em depoimento à Polícia Federal o ex-ministro Palocci disse que foi por meio de Helena Chagas que tomou conhecimento de que Francenildo Costa tinha uma movimentação atípica em sua conta bancária. À polícia, Palocci disse que a jornalista contou-lhe que seu jardineiro conhecia o caseiro e que este lhe passara a informação. Helena Chagas acabou sendo demitida de O Globo.

A denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, já está na a Justiça. Caso seja acatada, será um empecilho ético para o trânsito fácil do profissional Palocci na política brasileira.
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POR José Pires

As fontes

Fui atrás dos blogs citados na denúncia do Ministério Público. Para quem quiser conferir, aqui vão os links. A notícia sobre a movimentação financeira de Francenildo Costa está aqui. E a última publicação no blog, que parou um ano depois, o que pode comprovar que foi aberto unicamente para vazar a conta do caseiro, está aqui.

Mas quem quiser checar, aconselho que o faça rápido. Não duvido que tirem tudo do ar.
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POR José Pires

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Pé na estrada

Notícia quentíssima, publicada agora há pouco no site da BBC, revela que o príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão ao trono britânico, está há mais de dois meses participando de combates no Afeganistão.

Eu já soube de muitos modos de fugir de casa para ficar longe das chateações da família, mas este é de longe o mais radical.
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POR José Pires

Nunca neste país

Lula fala tanta asneira que pode conseguir um feito inédito na política brasileira: vai acabar fazendo os tucanos serem oposição.
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POR José Pires

Em ninho alheio

Por falar em profissionalismo (veja o texto abaixo), caiu o delegado que comandou as investigações sobre as denúncias de falcatruas na coleta do lixo em Ribeirão Preto. As suspeitas sobre a existência de uma “máfia do lixo” na cidade surgiram durante o mandato de Antonio Palocci como prefeito.

O delegado Benedito Valencise foi exonerado ontem, após quatro anos na cidade. A Secretaria de Segurança Pública (do governo Serra, notem bem, do tucano Serra) explicou que trata de mudança administrativa.

Bem, a gente sabe que quando delegado cai neste país, raramente é pelo fato de estar fazendo as coisas de modo errado. Com a exoneração do delegado Valencise, o governo Serra plantou uma baita dúvida em praça pública.

Fica parecendo que o profissionalismo de Palocci é mesmo de uma excelência admirável. Será que o homem manda até em governo tucano?
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POR José Pires

Palocci, o profissional


O ex-ministro da Fazenda e atual deputado federal Antonio Palocci é um um homem cercado de suspeitas. Mas ninguém pode negar que ele é um profissional. Como prefeito de Ribeirão Preto, entre outras coisas, revolucionou a culinária brasileira com o molho de tomate com ervilha. Depois teve uma ascensão rápida na carreira, passando de deputado a coordenador da campanha de Lula para presidente em 2002 − um golpe de sorte seu e de azar de Celso Daniel, o prefeito de Santo André, que seria o coordenador caso não fosse assassinado − e logo depois para ministro da Fazenda.

No ministério foi uma festa. Reinava em Brasília com a “República de Ribeirão Preto”, grupo que o chamava de chefe e que até tinha uma mansão em Brasília para festanças que causavam inveja naquela terra de tantos lupanares. Era uma turma unida, mas aconteceram desavenças. E dizem até que a briga era por mulher.

Mas a festa acabou. Palocci caiu do ministério após se envolver na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Já estava encalacrado na CPI dos Bingos em razão dos depoimentos de Rogério Buratti, seu parceiro de sempre, mas o episódio da quebra do sigilo foi o golpe final.

A relação de Palocci com Buratti deixou pelos menos dois mistérios. O primeiro é a razão de Buratti abrir o bico e acusar o ex-ministro de Lula. O outro mistério é sobre o porquê de agora Buratti voltar atrás sobre o que disse sobre Palocci, a quem atribuiu fraudes e envolvimento em esquema de propinas. Ele desdisse tudo e ainda registrou a negação em cartório. Buratti retirou o que afirmou em agosto de 2005 perante promotores de Justiça e um delegado. E também negou suas declarações à CPI dos Bingos. O fato foi descoberto na semana passada, mas o desmentido está registrado desde 28 de junho do ano passado.

São mistérios da política brasileira. E que devem ficar encobertos por mais uns tempos, afinal, como já disse, envolve um político que, acima de tudo, é um profissional.
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POR José Pires

O país do conchavo

O cara é profissional, mas o país é amador em suas mínimas regras éticas e de Justiça. Durante as negociações em torno da votação da CPMF chamou a atenção a desfaçatez com que Palocci, como deputado federal, encaminhou negociações com a oposição com autoridade certamente conferida a ele lá do mais alto gabinete do Palácio do planalto.

Em que país uma autoridade pública que comete um crime abominável como o da quebra do sigilo do caseiro Francenildo volta à vida pública com esta projeção e poder? Não vale citar o Paraguai.
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POR José Pires

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

¡Arriba hermanito!


A esquerda passou tanto tempo falando do Grande Irmão − o notório Big Brother, o poderoso ditador do futuro criado por George Orwel no livro 1984 − e Cuba acabou sendo o primeiro país a ter no poder, senão um Grande Irmão, mas pelo menos o irmão menor, el hermanito Raul Castro.

O irmão de Fidel Castro assumiu o comando de Cuba nesta semana. Na ilha, quem manda agora é o Grande Irmãozinho.
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POR José Pires

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Corruptos já cobram seus direitos

As gravações feitas pela Policia Federal que mostram deputados estaduais de Alagoas cobrando o recebimento de parcelas de corrupção são o retrato do estado a que chegou a corrupção no Brasil.

Os corruptos cobram o seu como se estivessem tratando de direitos adquiridos. Se a coisa continua do jeito que está − e no curto prazo nada indica que mudará − logo teremos corrupto cobrando seus direitos na Justiça.

Como funciona desde 2001, o esquema de Alagoas já passou por várias legislaturas. Isso significa que a gatunagem não é obra deste ou daquele deputado, mas uma corrupção instituída, parte do Legislativo daquele estado.

Veja o diálogo entre o ex-deputado Gilberto Gonçalves (PMN) com o então diretor de recursos humanos da Assembléia, Roberto Menezes. Saiu na Folha de S. Paulo, que também colocou na internet a gravação, que você pode ouvir aqui.
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POR José Pires

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Padrão de qualidade

O logotipo da Olimpíada de Pequim faz jus ao padrão de qualidade chinês que conhecemos tão bem. É um logotipo genuinamente made in China: mal feito, feio e pouco prático. Desconfio até que faz mal à saúde. Afastem as crianças dele.
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POR José Pires

Vítima de sempre

Para o presidente Lula, o Brasil é “vítima do desmatamento”. Bem, por esta linha de raciocínio seu governo é vítima dos maus gastos do cartão corporativo.
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POR José Pires

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Economizando dinheiro público

Jornal mostrando serviço é coisa boa de ver. Só corrupto e petista no poder não gostam de imprensa que investiga, denuncia e cobra explicações. Os corruptos nunca gostaram, já os petistas só gostam quando estão na oposição.

E, se ninguém vai preso neste país, a Folha de S. Paulo comprova na edição de hoje que jornalismo bem feito pode, ao menos, economizar uns cobres para os cofres públicos.

O jornal fez uma matéria denunciando que o reitor UnB (Universidade de Brasília), Timothy Mulholland − ele mesmo, o paladino das cotas raciais que tinha cotas muito especiais para gastar − recebeu diária de R$ 3.953,06 para ir a um congresso ao qual não compareceu. O reitor recebeu essa grana de uma fundação mantenedora da UnB e recebeu também outra diária de R$ 550,63, esta paga pela secretaria de Educação Superior do MEC.

O dinheiro acabou sendo devolvido quando souberam que o caso estava para ser noticiado. A devolução foi feita no mesmo dia em que os jornalistas questionaram os gastos, mas duas semanas depois do pagamento.

Bem, jornalismo serve ao menos para isso: os cofres públicos foram poupados de R$4.503,69 de prejuízo. Ou alguém acredita que esse dinheiro iria sair do bolso do reitor se a Folha não estivesse atrás do assunto?
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POR José Pires

Agenda

Na agenda de Lula: hoje, às 9h30, teve uma “Reunião de coordenação”. Não seria mais apropriado “reunião de descoordenação”?
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POR José Pires

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Eppur si muove! Alguém do PT reconhece o mensalão

Finalmente um dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores reconheceu aquilo que todo o Brasil sabe que existiu: o mensalão. O deputado José Eduardo Cardozo, agora na secretaria-geral do partido, disse o seguinte em entrevista para a revista Veja desta semana: “Vou ser claro: teve pagamento ilegal de recursos para políticos aliados? Teve. Ponto final. É ilegal? É. É indiscutível? É. Nós não podemos esconder esse fato da sociedade e temos de punir quem praticou esses atos e aprender com os erros”.

No PT, reconhecer a existência do mensalão é algo como dizer que a Terra não é o centro do universo. Agora o deputado Cardozo tem que tomar o máximo cuidado para não ir para a fogueira.
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POR José Pires

Atriz gorda e Preta Gil: aparece cada coisa

Em relação a certos dissabores da vida a melhor reação é nada fazer. Não, este não é um texto sobre o Zen. É sobre a internet. Na rede mundial de computadores, reagir para conter certos abusos pode ter o efeito inverso.

Alguém devia ter ensinado isso para a cantora Preta Gil. Fizeram com ela uma patifaria usando um recurso bem comum com o Google, o conhecido sistema de busca. Foi feita uma associação entre o nome dela e as palavras “atriz” e “gorda”.

O internauta que for até o Google, clicar em “Imagens” e teclar “atriz gorda” verá aparecer, além de uma dezena de imagens (entre elas, estranhamente, de Geraldine Chaplin, uma da atrizes mais magras do cinema) verá também, como sugestão de busca, a frase “Experimente também: Preta Gil”.

Isso é coisa conhecida na internet. É um truque que faz a relação entre duas palavras para forçar a entrada de determinado assunto no resultado da busca. É usado como crítica política ou apenas como gozação. O presidente Lula e George W. Bush, por exemplo, já foram alvos. É tão usado que até ganhou nome: "Google bomb". E de tão deteriorado pelo uso acabou ficando chato.

Acontece que Preta Gil ficou muito brava e colocou um advogado na parada. E ameaça processar o Google por causa da brincadeira, que aparentemente começou no Kibe Louco, um site que faz piada com todo mundo − um pouco mais com a Preta Gil, de quem pega muito no pé, muitas vezes com piadas grosseiras sobre sua obesidade. O site só não faz piada com Luciano Huck, provavelmente porque Antonio Tabet, responsável pela página, é empregado do bizarro apresentador da TV Globo.

Bem, mas eu dizia que para lidar com esse tipo de caso na internet a melhor reação é ignorar. A própria velocidade do meio se incumbe de sepultar a piada. Mas a Preta Gil resolveu fazer um escarcéu e até eu − um dos blogueiros mais sérios de toda a WEB − estou escrevendo sobre o caso. E fiquei sabendo da coisa depois que ela resolveu brigar. E o pior resultado de sua reação é que agora, quando se escreve “atriz gorda” em qualquer site de busca, surge o assunto que sua reação tornou muitíssimo famoso: o da Preta Gil e a “atriz gorda”.
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POR José Pires

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Uma receita revolucionária petista


Alguém já ouviu falar de molho de tomate industrializado com ervilha? É uma novidade petista, uma revolucionária receita criada no adentrar do século 21, lá no ano 2000, e aplicada na prefeitura de Ribeirão Preto, administrada então por Antonio Palocci.

O Ministério Público Estadual é que definiu bem a receita petista. “Uma forma quase mágica de direcionamento de licitação”, conforme ação protocolada na Vara da Fazenda Pública do Fórum de Ribeirão contra Palocci, que é acusado de favorecer um grupo de empresários contratados sem licitação pela prefeitura de Ribeirão Preto, dirigida por ele entre 2000 e 2002. Palocci saiu no meio do mandato para coordenar a campanha de Lula e depois vieram as farras na mansão de Brasília, o rompimento do sigilo do caseiro, o mensalão, os cartões corporativos e tanta coisa mais que fazem o molho do Palocci um caso até menor entre as maracutaias petistas.

Mas o Ministério Público trouxe agora essa precursora fraude para exame dos tribunais. É claro que a mágica essencial da receita do molho de tomate com ervilha é o fato de que poucos fabricavam o insólito produto. E adivinha quem é que fabricava?

A promotoria calcula um prejuízo de R$ 2,19 milhões aos cofres municipais de Ribeirão Preto, em valor não corrigido, e afirma que outras prefeituras, a maioria administradas por prefeitos do PT, experimentaram a receita revolucionária. E com razão. Afinal, o PT não surgiu para fazer uma revolução na política? Pois começaram pela culinária.
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POR José Pires

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Fenômenos



As notícias do dia comprovam: de Ronaldo pode esperar, que vem contusão. Do governo Lula, espere sempre confusão.
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POR José Pires

Notas frias na comitiva de Lula

E o TCU detectou 27 notas fiscais frias na prestação de contas de cartões corporativos para a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Ponta Porã (MS), em março de 2003, onde participou da inauguração de um assentamento de sem-terra.

E mais: para a viagem, o Planalto liberou pelo menos R$ 206 mil para a locação de carros, mas o dono da empresa que prestou o serviço disse ter cobrado apenas R$ 40 mil. É menos de um quinto do valor apresentado nas notas da prestação de contas da Presidência.

Corre PT! Corre em busca de alguma nota fria em governos do PSDB. Menos no do Aécio Neves, é claro, pois este é chapa do presidente Lula.
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POR José Pires

Pergunta quente

Será que o Lula viu alguém dar nota fria na sua comitiva?
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POR José Pires

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Direto do bunker: Lula e os cartões corporativos

Esse vídeo vale a pena ver, recomendar para os amigos, enviar por e-mail e tudo o mais possível para que muita gente veja a performance de Lula, às escondidas em seu bunker. O ator que faz o Lula está perfeito no papel.

O ano mal começou mas este, seguramente, ficará como um dos vídeos mais engraçados deste ano no Youtube. E também um dos mais vistos.

Clique aqui para ver também. Mas corra, antes que o governo petista consiga tirar o vídeo do Youtube. Afinal, esse pessoal é bastante chegado numa censura quando a liberdade de expressão é contrária aos seus interesses.
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POR José Pires

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Ministro oficializa a inépcia do governo Lula

Veio do ministro Franklin Martins, da Comunicação Social, a mais evidente comprovação de que Lula não tem o mínimo controle administrativo sobre o que passa sob suas barbas e que dirige um governo perdido, sem controle ou até conhecimentos básicos do andamento da máquina administrativa.

Martins é um ministro especial. Além dos afazeres formais, tem um compromisso direto com a imagem de Lula. Despacha todos os dias com o presidente e fica ainda mais operoso em situação de crises.

No afã de desmontar a crise criada com a farra dos cartões corporativos, Martins enviou um e-mail a todos os ministérios com questões sobre os cartões. As treze − número casual ou coisa de marqueteiro para lembrar o partido?− perguntas do ministro esclarecem bastante sobre o caos do governo Lula. Vejam abaixo.
1 - Como é definido o montante de suprimento de fundos de cada órgão?
2 - Quem é o responsável pela gestão dos recursos destinados a pequenas despesas e gastos emergenciais?
3 - Como é feita a distribuição de recursos aos servidores responsáveis pelas compras e contratações?
4 - Quais os tipos de despesas permitidas por cada órgão?
5 - Por que são feitas retiradas em dinheiro?
6 - Como é feita a prestação de contas?
7 - Quem confere? Quem fiscaliza?
8 - Como é possível saber se a despesa realizada não foi de caráter pessoal?
9 - Como saber se o gasto foi efetivamente realizado para a finalidade alegada?
10 - Onde ficam guardados os comprovantes e notas fiscais?
11 - Por que certos gastos da Presidência da República são sigilosos?
12 - Qual o perfil dos funcionários responsáveis pelo pagamento e fiscalização dessas despesas?
13 - Por que os cartões foram distribuídos a tantos funcionários espalhados por todo o país?
Bem, Franklin Martins é um dos ministros mais próximos de Lula e, se ele teve que produzir este inédito documento oficial sobre a incompetência do governo de seu chefe, é óbvio que o próprio Lula e assessores não detém as informações administrativas necessárias para, em primeiro lugar, fazer propaganda e trabalho de contra-informação.

O documento do ministro é muito importante. A incompetência do governo Lula é notória, mas o reconhecimento oficial disso é coisa nova. Martins mostra que no sexto ano de mandato o governo Lula não sabe como funcionam os cartões, o que é muito preocupante: se nada sabem sobre um instrumento administrativo tão banal, então o que sabem da administração como um todo?

É uma pergunta que surge das treze perguntas do documento oficial sobre a incompetência de Lula, formulado pelo seu homem de comunicação. Com certeza não adianta perguntar para o Franklin Martins.
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POR José Pires

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Lula, Marcos Valério e a Granja do Torto

Diogo Mainardi faz uma pergunta interessante na Veja desta semana. Lula recebeu Marcos Valério na Granja do Torto?

O assunto foi levantado a partir da intervenção do advogado de Marcos Valério no interrogatório de Delúbio Soares há duas semanas. Uma das perguntas encaminhadas a Delúbio, insinua que ele teria acompanhado Marcos Valério numa visita à Granja do Torto.

Lula recebeu Marcos Valério? A questão é interessante. Mas não podemos esquecer que Mainardi é notório encrenqueiro, um subversivo que quer derrubar o governo Lula. Não é difícil que Valério tenha estado na Granja do Torto sem que o presidente o tenha visto. Lula pode, por exemplo, apenas ter emprestado a churrasqueira para Delúbio e o publicitário.
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POR José Pires

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Obama lá?

Sei que do ponto de vista político a distância entre o EUA e o Brasil é grande − afinal, como diz Lula, a terra do Tio Sam “fica do outro lado do Atlântico”. As dimensões históricas e econômicas tornam qualquer comparação sempre muito distorcida em razão da brutal desproporção em qualquer aspecto (a menos, é claro, quando o Lula acorda invocado e liga para o Bush), mas vejam aí como o candidato Barack Obama anima a esquerda norte-americana, a porção “petista” de lá.

No início da campanha o próprio candidato veio com a conversa de “esperança vencendo medo”, um papo que conhecemos bem. O papo é esse: Barack is hope. Dá até vontade de mandar a Regina Duarte aos EUA para explicar no que deu essa história por aqui.
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POR José Pires

Axé só com cachê

A modelo Naomi Campbell é que está certa. Foi ao carnaval de Salvador pela primeira vez. E cobrou cachê. Quem pagou foi o publicitário Nizan Guanaes, que comercializou o patrocínio da festa.

Além de ser paga, Naomi Campbell teve seguranças e esteve apenas nos camarotes. Nada de descer à rua para pular no meio da massa.

Sabe aquela malemolência, aquele gingado, aquela cor, o charme, o ritmo e o axé? Só se for com cachê.

Está aí um bom modo de passar o carnaval na Bahia. Apesar de que, para alguns, e nisso me incluo, carnaval na Bahia nem se pagarem.
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POR José Pires

Vai um cartão aí, companheiro?



sábado, 2 de fevereiro de 2008

Igualdade já

Parafraseando o Barão de Itararé, ou distribuem o cartão corporativo − com direito, inclusive, a compras no free shop − para todos os brasileiros ou restaure-se a moralidade.
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POR José Pires

Utilidade pública


Matéria para a ex-ministra Matilde Ribeiro ler no final de semana, aqui. Tudo bem, é texto de revista velha, mas sempre é tempo de se aprender alguma coisa para prevenir futuros pés-na-bunda.
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POR José Pires

Mais coisa fina no cartão

Matilde Ribeiro saiu praticamente demitida (recebeu um ultimato: ou saía ou seria demitida) da Secretaria da Igualdade Racial, mas a verdade é que ainda tem muito maioral usufruindo do bom e do melhor e colocando a conta no cartão corporativo.

Descobriram mais um grande gastador. E ele gosta de comprar só em lugares chiques: loja de vinho, delicatessen, boutique de carnes e supermercados de alto padrão.

As despesas estão em nome de José Henrique Souza, assessor especial do gabinete do presidente e responsável, entre outras coisas, pelos gastos do gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No ano passado os gastos foram de R$ 114,9 mil. Além de compras no supermercado Pão de Açúcar em área nobre de Brasília, chamam a atenção as compras na Reisman Carnes, especializada em carnes importadas e exóticas, cortes especiais e frutos do mar, lugar bem caro. O cartão do assessor de Lula era só para coisa fina. Também há compras em outros lugares de gente rica de Brasília, lojas com preços altíssimos mesmo para a capital federal, onde os preços já são normalmente altos.

E essa agora, como Lula vai dizer que não sabia? Bem, ele pode dizer que era coisa tão boa que comeu e bebeu de olhos fechados.
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POR José Pires

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Igualdade? Põe no cartão

Se apenas aceitasse a demissão de seus ministros que caem em desgraça, Lula os deixaria em situação melhor do eles ficam com suas falas ou cartas após o pé-na-bunda. Primeiro porque o país inteiro sabe que nenhum deles pediu demissão. Foram demitidos. E depois, bem, depois é pela qualidade do que Lula fala ou escreve para amenizar a situação dos desgraçados.

Com a demissão da ministra Matilde Ribeiro agora há pouco, no meio da tarde, já são nove os ministros que caem metidos em escândalos. E pra ninguém dizer que não há igualdade racial no governo, dois são negros (além da atual, a ministra Benedita da Silva) e um é descendente de japonês (Luiz Gushiken).

A justificativa de Matilde Ribeiro é difícil de engolir e a carta de Lula aceitando a demissão é de doer. A ex-ministra disse que a farra no uso dos cartões foi culpa de funcionários que a orientaram mal. Segundo ela, já foram demitidos. Está certo, só por maldade alguém deixaria de dizer para a ministra que o cartão corporativo não é para o chopinho no Leblon e nem para compras no free-shop.

Na carta aceitando a demissão, Lula fala das “imensas dificuldades” para a ministra trabalhar, fruto de “séculos de preconceito”. Ele não explica o que isso tem a ver com gasto indevido, mas se o problema com o cartão da ministra é o racismo, então é só fazer uma cota especial de cartões para o ministério da Igualdade Racial. Em nome dos “séculos de preconceito” o futuro ministro pode gastar quanto quiser. E pra ter justiça histórica maior fica liberado até compras no free-shop.
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POR José Pires