sexta-feira, 26 de abril de 2013

Armando golpes

É bastante simbólica deste lamentável tempo em que vive o Brasil a foto publicada ontem na capa de "O Globo" dos dois deputados mensaleiros do PT, José Genoino e João Paulo Cunha, durante a reunião que aprovou a emenda à Constituição que submete decisões do STF ao Congressso Nacional. A decisão foi da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, da qual os dois fazem parte mesmo estando condenados por corrupção pelo mesmo STF. E isso reforça a imagem como representação desta época sem respeito até ao bom senso.

Genoíno esbraveja. Ele voltou ao combate. Saiu do papel de humilde vítima de circunstâncias que o penalizaram até por distração. O deputado era um dos chefes da cúpula do PT enquanto o partido mantinha em atividade o esquema de suborno a parlamentares que garantia maioria favorável ao governo na Câmara Federal. É dele a desculpa mais incrível do mensalão: assinou o documento de um empréstimo de milhões de reais sem saber do que se tratava. A justificativa faz dele um idiota, mas Genoíno aceita este papel. O militante disciplinado é capaz de tudo para ajudar a sustentar o poder do partido.

Genoíno vem de uma linha de militância de esquerda intensivamente treinada para o combate intensivo mesmo nas situações mais adversas, como aconteceu agora nesta sua condenação à cadeia por causa da participação no esquema de conspiração contra a democracia que foi o mensalão. Sua origem política é o Partido Comunista do Brasil, o PCdoB, de longa história de luta contra a democracia. É um partido que nasceu de uma teimosia contra a história: foi criado pelos comunistas que jamais aceitaram a denúncia dos crimes de Stálin feita pelos dirigentes da própria União Soviética no final da década de 50.

A primeira notícia que se teve de Genoíno foi no final da década de 70 quando ele foi pego pelo Exército Brasileiro na região do Rio Araguaia, no Pará, durante os combates contra a conhecida guerrilha do Araguaia, organizada pelo PCdoB. Até hoje a esquerda tenta fazer da luta armada do período da ditadura militar uma história de heróis que lutavam pela democracia, mas isso é mentira.

O nosso exército realmente representava uma ditadura, mas casos específicos como o do Araguaia não podem ser vistos da mesma forma que as ações repressivas contra a resistência democrática ao regime. Não foi pela democracia que o PCdoB organizou aquela guerrilha no norte do país. O plano político do partido era a partir dali instalar uma ditadura comunista no Brasil. Da mesma forma que agiu também contra verdadeiros democratas, o exército errou quando atentou contra os direitos humanos, desobedecendo até convenções de tempos de guerra que condenam o extermínio e a tortura. Porém, o lado de Genoíno e seus companheiros do PCdoB tinha para o Brasil planos até piores que os da ditadura militar.

O partido de Genoíno daqueles tempos tinha apoio externo. O PCdoB então oscilava entre o radical comunismo maoísta da China e o da Albânia, país atrasadíssimo e de regime ainda mais fechado. Naquele época esta esquerda brasileira que optou pela luta armada era até comandada de fora, por dirigentes estrangeiros que determinavam o que devia ser feito aqui no Brasil. Isto é confirmado por documentação oficial que apareceu depois da queda do comunismo, especialmente na União Soviética.

De Cuba também vinha dinheiro e instruções aos participantes da luta armada. O doutrinamento político e treinamento militar também eram feitos lá. O companheiro de partido de Genoíno e chefe da quadrilha do mensalão, José Dirceu, passou uma temporada sendo treinado por cubanos e veio na clandestinidade ao país também na década de 70 para implantar aqui o comunismo. Faltou-lhe coragem para enfrentar este tipo de luta e ele acabou arrumando um jeito de se homiziar no interior do Paraná, mas isso é outra história.

Trago José Dirceu para fechar este raciocínio porque me parece evidente que é um negócio casado a maquinação para dar aos deputados a exclusividade da decisão final sobre as patifarias praticadas por eles mesmos. A proposta que elimina o poder jurídico do STF sobre a corrupção é do mesmo feitio da PEC 37 que acaba com o poder de investigação do Ministério Público. Não é por acaso que ambas têm o entusiasmado apoio de políticos da mesma laia.

E não é só pelo fato de Genoíno e Dirceu estarem juntos nessa parada que fiz a análise histórica buscando lá atrás os antecedentes históricos deste setor da esquerda que inclusive tem hoje o máximo poder sobre o partido do governo. É porque essas duas emendas são parte de um plano autoritário. E para isso eles trazem o mesmo argumento mentiroso que usaram tantas vezes numa história cheia de tentativas de golpes: é para o bem da nossa democracia.
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Por José Pires

Os seguidores de Feliciano

Andava sumido o deputado Jean Wyllys, do Psol, mas ontem ele reapareceu para manifestar novamente sua fixação no deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que preside atualmente a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Pode parecer ironia minha, mas estou falando sério sobre esta fixação. Já passou da hora de acabar com esta farsa que faz do deputado Feliciano um diabo de um tamanho que ele não tem. Se o problema dos direitos cívicos no Brasil fosse este deputado ou qualquer outro pastor, seria muito fácil consertar o Brasil.

Wyllys esteve numa manifestação a favor dos direitos humanos e contra o deputado pastor em São Paulo, tendo ao lado e presidindo a mesa dos trabalhos o cartunista Laerte. Este é outro que faz parecer palhaçada a questão dos direitos civis no país. Laerte quer tornar sua mania de se vestir de mulher (ou de perua, pelas roupas que escolhe) uma questão cívica de primeiro plano. A mídia pelo menos faz isso. E a impressão que dá é que ele gosta muito dessa atenção ao que ele veste.

A histeria que o deputado do Psol faz da questão dos direitos individuais sobre a sexualidade tem feito mais mal à causa homossexual do que a mais empedernida campanha reacionária. Esta é minha opinião e a de muita gente que detesta ver problemas sérios servirem de plataforma política de quem só pensa na reeleição no ano que vem. Este oportunismo costuma ser muito prejudicial quando o tema usado de forma manipuladora é de fato relevante.

A manifestação estrelada pelo deputado do Psol foi na mesma quinta-feira em que a Comissão de Justiça da Câmara aprovou a emenda que passa para o Congresso atribuições do STF relativas ao julgamento de corrupção. É óbvio que uma emenda como esta terá um efeito imediato no país que transcende em muito qualquer outro dano aos direitos cívicos, no entanto lá está o senhor Wyllys distraindo a atenção da mídia de perigos reais muito mais sérios. Não sei se o Psol e seu deputado fazem essas coisas de acordo com a pauta estabelecida pela base aliada do governo de ataques ao Estado de Direito. Porém, mesmo se não for coisa combinada, o serviço está sendo feito direitinho.
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Por José Pires

terça-feira, 23 de abril de 2013


Educação lucrativa

A rede de ensino privado Kroton Educacional anunciou um acordo para incorporar a Anhanguera Educacional. A fusão das duas maiores companhias de ensino privado do país é avaliada em R$ 5 bilhões e vai criar um gigante com valor de mercado de R$ 12 bilhões. É claro que isso é mais uma jogada no lance dos negócios na Bolsa de Valores e maior lucratividade. Ou alguém acredita que o gigantismo comercial é capaz de promover uma boa educação? Obviamente isto não virá, no entanto as ações já disparam.


A fusão formará o maior grupo privado de educação do mundo e as duas empresas anunciam isso como uma grande vantagem para um país que tem um sistema educacional que permite uma coisa dessas. Em teleconferência, o presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, disse com orgulho que o peso financeiro da empresa que terá ele como presidente-executivo será “o dobro do valor da segunda maior companhia do mundo, a New Oriental”. Este é o momento em que o brasileiro sensato deveria perguntar por que em vários países muito melhores em educação não existe este interesse em ter a “primeira” companhia de educação privada do mundo. O negócio ainda precisa ser aprovado pelo CADE, mas quando colocam algo assim em andamento é sinal de que tem malhas abertas naquele órgão.


O foco de uma associação dessas é a rentabilidade e não o aprimoramento da educação. O mercado de ações é um excelente balcão de negócios. Hoje o site da revista Exame publica um gráfico interessante das duas empresas. Vejam na imagem. Antes do acordo, as ações da Anhanguera vinham numa queda impressionante e no dia 1º de abril, no que até parece até uma ironia, começou uma notável recuperação. Até que em 8 de abril as ações deram um vigoroso e llucrativo salto.


Por este gráfico a gente vê como é importante aprender algumas lições no lugar certo. Se no final de março eu tivesse a informação sobre esta fusão eu poderia ter ganhado um dinheirinho ao menos para comprar em sebos uns livros usados para aprimorar a minha educação.
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POR José Pires

domingo, 21 de abril de 2013


A volta da amiga íntima do Lula

A semana começa com um assunto que incomoda muito a harmonia familiar no mais conhecido apartamento de cobertura de São Bernardo do Campo. Rosemary Noronha, a Rose, volta às páginas da imprensa e logo na Veja. A revista traz uma reportagem de capa retomando o escândalo que tem à frente a amiga íntima que o ex-presidente Lula mandou a presidente Dilma Rousseff nomear como chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo. Como o Brasil inteiro já sabe, ela aprontava por lá o que queria, amparada pela amizade poderosa.

A revista teve acesso ao relatório final feito por técnicos do Palácio do Planalto, com o resultado da investigação sobre o que Rose andou fazendo na chefia do escritório do governo até ser demitida do cargo. A amiga de Lula gozava de tanto poder no governo do PT que foi até recebida com honras de chefe de estado na embaixada brasileira em Roma. Ela teve motorista oficial da embaixada à sua disposição e foi convidada pelo embaixador José Viegas a ficar hospedada no luxuoso Palazzo Pampini. O quarto oferecido tem um detalhe muito interessante. Rose ficou com o marido no "quarto vermelho". A identificação desta forma é do próprio embaixador, que também desejou "benvenuti!" à ela em mensagem pessoal. Como este tipo de denominação é desconhecido no Itamaraty, a revista sugere que pode ser algo como "telefone vermelho", menção a um privilégio concedido apenas ao chefe.

O relatório levou à instalação de um processo administrativo contra Rose, com a recomendação de que ela seja investigada por enriquecimento ilícito. O processo já foi aberto na Controladoria Geral da União. A investigação que levou ao relatório foi feita pela Casa Civil da Presidência, de uma forma que segundo Veja " destoa da tradição dos governos petistas de amenizar os pecados de companheiros pilhados em falcatruas". Sentindo-se abadonada e vendo que pode acabar pagando sozinha pelos malfeitos, Rose também estaria manobrando para mostrar ao parceiros que pode revidar causando um prejuízo geral.

Um sinal disso é que ela trocou de advogados. Abandonou os advogados escolhidos pelo PT e contratou um escritório conhecido por representar maiorais do PSDB. Seus novos advogados já fizeram a defesa até em processos enfrentados pela ex-governadora gaúcha Yeda Crusius. Rose tem razão de estar ressabiada. Como gozou da intimidade de Lula deve saber muito bem que ele não tem nenhum escrúpulo em abandonar companheiros pelo caminho para se safar de responsabilidades.

Outro aviso que Rose pode estar mandando estaria na escolha das suas testemunhas no processo administrativo. Gilberto Carvalho e Erenice Guerra são dois nomes de peso relacionados por ela. Carvalho é secretário-geral da Presidência e ex-chefe de gabinete de Lula, além de ser amigo dele de longa data, frequentando até as exclusivas festas juninas organizadas pela ex-primeira dama, dona Marisa. E Erenice Guerra foi o braço direito de Dilma Rousseff, até ser demitida do governo por causa do envolvimento em um escândalo de corrupção.

Uma das das reclamações dos novos defensores de Rose é pelo vazamento de informações “de dentro do próprio do governo federal”. Esta liberação de informações para a imprensa, que eles consideram "distorcidas", seria para "agredir a imagem de Rosemary". Ou seja, os indicativos são de que Rose está mesmo sendo descartada politicamente e não contará mais com os mecanismos de defesa não só do partido como também do poderoso que foi seu amigo íntimo. Ao contrário disso, a movimentação que vem de dentro do próprio Palácio do Planalto mostra com clareza que está armada uma artilharia pesada contra ela.
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POR José Pires

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Mal na foto

Por conta das maracutaias em que se mete, o ex-presidente Lula acumula um desgaste imenso em sua imagem. Tem muita coisa: a mudança da lei de telecomunicações feita por ele para beneficiar uma transação entre grandes empresas telefônicas, numa triangulação que acabou beneficiando seu filho em um negócio de milhões; aconteceu o julgamento do mensalão, com a condenação de seus amigos que acertavam os subornos a parlamentares na sala ao lado da sua no Palácio do Planalto; a lista de malfeitos (como eles dizem para amenizar) é bem grande; é uma longa esteira de corrupção, que veio até ao governo da sucessora que ele fez com um dedaço; por causa de corrupção, ela teve que demitir uma porção de ministros indicados diretamente pelo ex-presidente; o golpe mais recente no governo Dilma foi o da amiga íntima Rosemary Noronha, nomeada a mando dele para o escritório da Presidência da República, onde ela e um bando com cargos nomeados negociavam atestados falsos; foi neste caso que ficou muito claro publicamente que Lula envolve seu poder político até nas "amizades íntimas"; em Brasília já se comentava há muitos anos que os dois eram amantes.

O acúmulo de lama respingou bem alto na semana que passou, com o pedido feito à Polícia Federal pela Procuradoria da República do Distrito Federal para a apuração do envolvimento de Lula no esquema do mensalão, que fez cair toda a cúpula do PT, envolvida em suborno de parlamentares

Tanto desgaste exige que marqueteiros se virem para ao menos amenizar a sujeira grossa. Daí o monte de encontros de Lula com personalidades variadas, especialmente do mundo artístico. Ele teve reunião recente com Bono, do U2, um cantor que felizmente nunca foi do meu gosto musical. Bono é um tipo de artista que fatura bastante em auto-promoção fazendo o papel de salvador dos pobres. Mesmo se não houvesse má fé de sua parte, de qualquer forma o resultado não é nada digno.

Já nesta semana o material de limpeza de imagem para se plantar na mídia foi produzido em exposição do fotógrafo Sebastião Salgado, uma retrospectiva de sua obra em Londres. Lula esteve lá e claro que o foco dos jornalistas teve que ser o recente pedido para que a polícia dê uma guaribada no que ele andou fazendo na época do mensalão. Ele se negou a responder sobre o mensalão. E ainda bem que nada falou sobre fotografia, um dos inumeráveis assuntos de que não entende nada.

Lula foi à abertura da exposição à convite do próprio fotógrafo. Foi esta a versão oficial para sua a presença, que acho lamentável. Sempre gostei das fotos de Sebastião Salgado. Vejo nele uma alta qualidade técnica e uma admirável disciplina profissional, algo sempre essencial em qualquer arte e de muito peso na fotografia. A presença do ex-presidente na exposição não é lamentável por ser o Lula. Podia ser o Fernando Henrique Cardoso e ainda assim haveria um equívoco de Salgado. Mas é claro que a forma que Lula foi encaixado no evento torna a coisa bem pior. É evidente a intenção de destacar uma ligação política entre o político e o artista, num período de sério desgaste de Lula. E na minha visão é necessário uma separação nítida entre o compromisso político e a arte.

Mas não é por isso que vou fazer como a militância azucrinadora e começar a falar mal das fotografias de Salgado. Continuam boas, mas na carreira do fotógrafo permanecerá esta nódoa. Ele ficou parecido com marqueteiro. Em qualquer obra isso deixa sempre uma mancha negativa.
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POR José Pires

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Imagem: Lula e Sebastião Salgado posam para o fotógrafo oficial do ex-presidente, em imagem distribuída pelo Instituto Lula.

segunda-feira, 8 de abril de 2013


Alegria fúnebre

Duas mortes de personalidades de destaque na política mundial servem como referência para uma questão importante no debate público: qual é o tom aceitável de crítica diante da morte? Na morte do venezuelano Hugo Chávez aconteceram alguns excessos, na confusão que alguns fazem entre a análise da ação política do dirigente político e o ódio pessoal que pode ser gerado pelo que ele fez. Agora, na morte da ex-primeira-ministra britânica Margareth Thatcher, o clima ficou bem mais pesado. A esquerda parece ter menos capacidade de conter os mais abusados ou talvez não queira que haja moderação nem nas ocasiões fúnebres.

Nas redes sociais a militância azucrinadora vibra com a morte como se fosse uma queda política de Tatcher e não sua ida pelo caminho que todos deveremos seguir um dia. Da Inglaterra vieram fotos de ingleses comemorando com champanhe. Repete-se uma grotesca euforia que vimos também na morte de Chávez. Foi em dose muito menor, como eu já disse. Não teve nem champanhe.

Mas seja da direita ou da esquerda, são equivocos com o mesmo teor espantoso de desumanidade e também do mesmo peso em ignorância política. Mira-se na pessoa e não no que ela fez ou nos conceitos políticos e morais que deixou como legado.

Comemorar a morte de Chávez, de Thatcher ou de qualquer outro político não faz sentido algum, antes de tudo pela desumanidade do gesto. E quanto aos dois citados, suas obras estão completadas e isso é o que interessa. Sobre a morte de Chávez é preciso até lamentar que ele tenha ido embora sem arcar com as conseqüências do desastroso regime imposto na Venezuela. E quanto à Margareth Thatcher, só alguém muito tolo pode comemorar sua morte. Esta completou de fato sua obra, que acredito que até o esquerdista mais ferrenho terá a obrigação de concordar que é imensamente maior que a do venezuelano.

Concordando ou não com o que Tatcher fez, seu legado transformou o mundo de uma forma que nenhum outro governante realizou no final do século passado. Comparável com as mudanças promovidas por ela só tem o que foi feito na década de 80 por Mikhail Gorbachev, que resultou no desmantelamento do comunismo na União Soviética. Não só por coincidência, foi em período semelhante ao de Tatcher como primeira-ministra britânica. A derrocada do comunismo deve-se também ao papel dela no mundo e essa é uma das coisas que a esquerda não perdoará jamais. Outro que deu uma mãozona para a direitização do mundo neste período foi o americano Ronald Reagan, mas a marca liberal na economia mundial ficou mesmo por conta de Thatcher.

Ela viveu bastante para ver sua obra em andamento e influenciando a economia do mundo. Foi tão sortuda que ainda teve a satisfação de ver interpretando seu papel num filme de Holywood a grande atriz Meryl Streep, que até ganhou um Oscar por isso. Quem abre champanhe para celebrar a morte de Thatcher, na verdade está comemorando a própria derrota.
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POR José Pires

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Imagem: Margareth Thatcher em caricatura das mais ácidas feitas pelo grande desenhista inglês Gerald Scarfe. Ela devora um adversário político, o que foi usual durante seus anos de poder. Nem é preciso dizer o que desenhista achava dela, não é mesmo? Scarfe é também autor dos admiráveis desenhos que marcam o filme "The Wall", que Alan Parker fez em 1982 com a banda inglesa Pink Floyd.