quinta-feira, 27 de junho de 2013

O conto da PEC 37

Ora, ora, ora, mas então uma emenda tão essencial para a democracia como era a PEC 37 acabou tendo apenas 9 votos favoráveis na Câmara. Como é que foi acontecer isso com uma preciosidade dessas? A resposta óbvia é que as manifestações que vem acontecendo em todo o país causam tanto medo nos políticos que até a bancada do PT recuou em bloco na apreciação de uma proposta que funcionaria como uma peça de ataque nas contendas que o partido vem tendo com o Ministério Público desde que teve seus maiorais flagrados no escândalo do mensalão.

Depois da votação que enterrou a proposta teve até a ridícula comemoração de deputados, quando o Brasil inteiro sabe que se não fossem as passeatas a emenda teria grandes chances de ser aprovada. A aprovação era tão importante para o governo que haviam acionado até as tropas de propaganda política que atuam em sites e blogs na divulgação de temas do interesse petista. Há semanas que se espalhavam pela internet falsos argumentos favoráveis à PEC 37.

Como eu já disse, dos nove votos favoráveis nenhum é do PT. E entre esses apoiadores têm até um deputado que merece o troféu de palerma de 2013, mesmo ainda não tendo terminado nem o primeiro semestre. Dificilmente antes que o ano acabe alguém fará bobagem maior que a dele, que é ainda mais grave porque até o mês passado ele era presidente do PSDB, cargo que ocupava desde 2007. É o deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE), que disse ter se confundido na hora da votação da proposta e por isso votou errado.

Além de Guerra, votaram a favor da PEC-37 os seguintes deputados: Abelardo Lupion (DEM-PR), Valdemar Costa Neto (PR-SP), Mendonça Prado (DEM-SE), Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG), Eliene Lima (PSD-MT), João Lyra (PSD-AL), João Campos (PSDB-GO) e Lourival Mendes (PTdoB-MA). Os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Paulo Cesar Quartiero (DEM-RR) se abstiveram e não votaram.
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Por José Pires

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