quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Vladimir Putin: o vingador do passado

 Toda vez que Vladimir Putin aparece ameaçando o Ocidente, me chama a atenção o ambiente de filme antigo onde ele faz seus pronunciamentos, com os telefones fixos ao fundo e o fax, pronto para disparar ordens aos seus batalhões. Se as sanções internacionais apertarem, o ditador da Rússia pode abrir um brechó. A estética local, digamos assim, faz lembrar bastante aquele outro legado estúpido do comunismo, o ditador Kim Jong-Un, que costuma ser filmado fazendo disparos de mísseis em um cenário de “Perdidos no espaço”.

Tempos difíceis, não? Quem diria que no Terceiro Milênio viveríamos aterrorizados por uma figura de antiquário. Putin não só parece um ditador dos anos 1950, talvez um tanto mais atrás. Seu anacronismo é autêntico, inclusive pela base de seu poder, uma potência nuclear sustentada pela exportação de commodities.


O clima político de Guerra Fria fica perfeito nestas cenas que parecem de histórias de vilão do comunismo, em filmes americanos de décadas atrás. Só ficaria mais no tom se fosse Ronald Reagan o presidente dos Estados Unidos, mas aí seria pedir demais em matéria de metalinguagem.


É de dar medo. Poderá ser o fim do mundo se acabar o papel do fax ou um telefone desses não der linha na hora de reverter a ordem do ataque nuclear.


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